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Ir com esperança no encalço da cura

Da edição de agosto de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


Você está buscando a cura pela Ciência Cristã? Parece-lhe que ela está tardando a vir? Gostaria você de saber o que a está retardando?

A Ciência Cristã nos ensina que Deus é o único criador, que Ele faz tudo bom, e que o homem real, agraciado por Deus, é perfeito agora já.

Ora, as pessoas que se encontram frente a problemas têm dificuldade em aceitar a revelação da realidade como espiritual, perfeita e sempre presente.

Cristo Jesus foi inspirado por Deus a mostrar à humanidade a maneira de se livrar das discórdias do materialismo para aceitar um modo de vida espiritual. Ele disse: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” João 8:31, 32;

No livro-texto, Ciência e Saúde, a Sr.a Eddy escreve: “Jesus via na Ciência o homem perfeito, que lhe aparecia ali mesmo onde o homem mortal e pecador aparece aos mortais. Nesse homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de ver o homem curava os doentes.” Ciência e Saúde, pp. 476-477; E em outro livro ela afirma: “Deus cria o homem perfeito e eterno à Sua própria imagem. Portanto, o homem é a imagem, a idéia, ou a semelhança da perfeição — um ideal que não pode decair de sua união intrínseca com o Amor divino, de sua pureza imaculada e perfeição original.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 262.

O lar de minha infância ficava numa área quente e seca, mas todo verão meu pai nos levava a uma zona de veraneio nas montanhas. À medida que nosso carro subia a estrada sinuosa, minha expectativa aumentava. Pelas viagens anteriores, eu já sabia o que estava à frente e deleitava-me com a pureza do aroma e a temperatura mais fresca. Cheia de esperança, eu aguardava um ponto especial onde faríamos uma curva e poderíamos ver a nossos pés um vale lindo como uma jóia. A meus olhos ele era sempre perfeito — a relva verde luxuriantemente debruada por elevados pinheiros e cortada por um rio serpenteante. Oh, como eu gostava daquele vale!

Em anos mais recentes, o relembrar a minha expectativa da ida anual ao vale ensinou-me uma lição espiritual. Em cada ocasião, aquele vale perfeito já estava lá. Para vê-lo, precisávamos apenas alcançar o ponto antecipado.

Cada um de nós está viajando em seu próprio ritmo, de um sentido pessoal e restrito da existência como material para o reconhecimento e a vivência do reino do Espírito. É essa uma jornada mental. Cada fardo terrestre que deixamos cair pelo caminho, faz despertar nossa percepção do ser verdadeiro, de nossa perfeição divina que já está estabelecida.

Ao buscar a cura, o que deveríamos desejar mais — mudança no corpo ou na consciência? A cura manifesta-se em mudança no corpo, como conseqüência da elevação do pensamento, tirando-o de uma crença angustiada para a compreensão de Deus e a confiança nEle. Quanto tempo isso deve levar? Tanto quanto leva para a crença consentir em ceder à Verdade. A crença material e falsa não faz parte do homem, não faz parte do seu eu verdadeiro. Por isso, quando persistentemente reconhecemos que essa crença é irreal e está desprovida de poder, ela não pode continuar a oprimir nossa consciência.

O homem espiritual, completo e perfeito já está criado. De fato, por ser a imagem de Deus, o homem está constantemente refletindo seu Criador. Ele não pode ser uma imagem distorcida. Ele é, agora e eternamente, perfeito, maravilhoso e completo.

Qual é a diferença entre o homem à imagem de Deus e o homem mortal? O homem real está sempre refletindo as qualidades e idéias de Deus. Ele não é corpóreo, físico. O homem real espelha continuamente a realidade. O homem mortal, a contrafação, foi criado, segundo a crença, de células materiais. O conceito mortal de homem é um produto do erro, portanto, nunca é real. Uma vez que a matéria não é substância, mas apenas uma imagem na mente mortal, a crença na existência finita, o conceito mortal de homem é apenas uma acumulação de pensamentos errôneos, nenhum dos quais jamais foi verdadeiro.

Em que consiste o tratamento pela Ciência Cristã? Consiste em negar a realidade, a presença e o poder dos pensamentos materiais específicos que pretendem ser a causa da condição discordante, e, em ater-se, em espírito de oração, às idéias da Mente divina, o Espírito, as quais estão de fato governando harmoniosamente. Consiste em desvendar e corrigir com fatos espirituais esses pensamentos que não provêm de Deus.

O trabalho, então, consiste em corrigir o sentido mortal de homem — e isso é trabalho. A cura cristã não é um mero sistema de botões que a gente aperta. Ninguém pode, simplesmente, pedir a ajuda de Deus e, então, continuar inalterado a ocupar-se dos negócios materiais. Nem podemos murmurar certas frases e esperar milagres. Há um preço a pagar.

Toda desarmonia, seja social, mental ou física, é causada por alguma fase de pecado, medo ou ignorância acerca de Deus e do homem. A vontade humana precisa ser domada pela Verdade até subordinar-se de bom grado às exigências divinas. Principalmente quando se trata de discórdia crônica, será preciso agitar os modos de pensar de cunho mortal há muito acalentados. Será preciso que os desarraiguemos e os destruamos se não se coadunam com a Mente que é Deus. Será preciso que as crenças de hereditariedade, astrologia, nacionalidade, raça, economia decadente, superstição religiosa e assim por diante, sejam postas de lado.

A crença mortal não abre mão facilmente de suas ilusões. Precisamos orar, lutar, arrepender-nos, tentar novamente. Disciplinar o ego humano é, muitas vezes, um trabalho árduo, algumas vezes desanimador, mas que está caracterizado gloriosamente por vitórias. Quando a perspectiva de progresso é a companhia constante, verificamos que freqüentemente aparecem vislumbres de nossa perfeição espiritual e original. Cada panorama encontra-nos bem avançados em nosso caminho.

O caminho da cura pelo Cristo é triunfante. À medida que nos apressamos para a frente, damos entusiásticas boas-vindas a cada nova visão espiritual. Ainda que algum tempo possa haver decorrido entre a época em que desejamos a cura espiritual e a de sua consecução, a cura vem no instante em que nossa consciência espiritualizada faz a curva esperada e vemos perante nós — a realidade.

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