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Como podemos amar o nosso próximo como a nós mesmos?

[Original em alemão]

Da edição de agosto de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


Nenhuma exigência é mais premente do que a que requer que amemos o nosso próximo como a nós mesmos.

Isso é mais fácil dizer do que fazer. Como é que podemos amar nosso próximo que parece ser tudo, menos amoroso, e que foi capaz de nos irritar e ferir? Esta parece ser uma exigência injusta, até que a compreensão acerca da unidade e totalidade de uma Mente infinita, suprema e divina surge em nosso pensamento. Como é que podemos chegar a tal compreensão?

O Cientista Cristão sabe que a presteza em espírito de oração, a humildade e intensa busca a Deus, o bem, e o esforço sincero e autêntico no sentido de levar uma vida em harmonia com a Verdade e o Amor divinos, eleva seu pensamento, tirando-o de um sentido humano das coisas para a percepção espiritual. Essencial para que se alcance este fim é o estudo diário da Bíblia sob a luz da Ciência Cristã — um estudo que a Lição Sermão, encontrada no Livrete Trimestral da Ciência Cristã, lhe delineia semanalmente, e que o Cientista pesquisa mais a fundo nas obras da Sr.a Eddy. Mediante esse estudo vem a reconhecer a distinção que ela faz entre os assim chamados mortais — homens pecadores, sofredores e mortais, como demasiadas vezes são considerados — e o verdadeiro homem imortal que Deus criou. Diz ela em Ciência e Saúde: “O homem mortal é o antípoda do homem imortal, em origem, em existência e em sua relação com Deus ” Ciência e Saúde, p. 215;

Sob o ponto de vista mortal vemos as pessoas em suas aparências e imperfeições externas — um homem constituído de um corpo que pode ser atraente ou feio, belo ou deformado. Será isso o que constitui o homem que Cristo Jesus nos recomendou que amássemos?

A Bíblia diz: “Disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” Gênesis 1:26; Quantas vezes, porém, lemos ou ouvimos este trecho sem a devida iluminação espiritual que nos teria despertado para a totalidade dessa verdade!

Para que reconheçamos nosso próximo como ele verdadeiramente é, na imagem de seu criador, temos que em primeiro lugar reconhecer Deus. Em Ciência e Saúde, o livro-texto da Ciência Cristã, a Sr.a Eddy revela a natureza de Deus por meio de sete sinônimos: “Deus é Mente, Espírito, Alma, Princípio, Vida, Verdade, Amor, incorpóreos, divinos, supremos, infinitos.” Ciência e Saúde, p. 465; Deus, a Mente divina, é o Princípio criador, a Verdade orientadora, o Amor penetrante, a Alma perceptiva, o Espírito todo-sábio, a Vida infinita. O homem, a idéia espiritual que procede desta Mente, reflete sua fonte de origem em todas as qualidades. É seu único Ego.

Deus é absolutamente bom, perfeito e harmonioso, e Ele é infinito, e não inclui coisa alguma que Lhe seja contrária. Ele é todo o poder, toda a sabedoria, e de Sua plenitude ilimitada flui tudo o que é real. Sua natureza ecoa em todo o bem que vemos à nossa volta, em toda palavra e ato de verdade e amor. Ele é perpetuamente ativo, e está constantemente animando-nos com bons impulsos. À medida que despertamos para este fato, encontramo-Lo sempre presente, levando-nos sempre a nutrir bons pensamentos e a expressar e fazer somente o bem.

O que é verdade a nosso respeito é verdade sobre nosso próximo. Ele é na realidade idéia espiritual, expressão individual da totalidade divina. Ele é criação do Princípio divino, ou Mente, não o rebento da matéria. Ele está impregnado da ternura do Amor, é guiado pela Verdade, governado pelo Espírito todo-inteligente, e animado pela Alma totalmente perceptiva. Reflete a Vida eterna. Este homem de Deus nunca está separado de seu Princípio, Deus. Ele nada pode perder daquilo que perpetuamente recebe da plenitude de Deus, a Mente, nem pode mudar a si mesmo, porque essa Mente é imutável e perfeita, e permanece eternamente sendo imutável e perfeita.

Conseqüentemente, nosso próximo, como ele é na realidade, é incapaz de fazer o mal ou de ser rude. Então, de onde provém as más qualidades — qualidades como vontade própria, amor próprio, inveja, ódio, malícia? Esses falsos traços de caráter procedem do pensamento mortal, que está acorrentado aos sentidos materiais — pensamento que se desenvolve a partir de uma assim chamada mente mortal, oposta a Deus. A Bíblia referindo-se a este adversário de Deus, o bem infinito, diz: “Quando ele profere a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” João 8:44; Precisamos reconhecer como mentira tudo o que a mente mortal nos apresenta. Precisamos nos recusar a crer e a agir de acordo com suas pretensões.

Esse fato explica o que impede que nosso próximo pareça digno de ser amado, e como devemos curar essa situação. Quando nosso próximo cede às sugestões do mal acerca de vontade própria, indelicadeza e orgulho, e o vemos como se procedesse dessa forma, não estamos vendo o homem, mas um falso quadro apresentado pela mente mortal. Os quadros da mente mortal precisam ser reconhecidos como mentira e como tal devem ser corrigidos, e fazemos o que nos compete por corrigi-los exatamente onde os defrontamos — em nosso próprio pensamento. Por meio da razão e da percepção espiritual podemos reconhecer que o homem está subordinado somente ao governo divino, e que, na verdade, todos são iguais em origem e existência, apesar de as habilidades e possibilidades serem individuais em expressão e aplicação.

É dessa forma que se torna possível amar verdadeiramente a todo nosso próximo. O estudo intenso da Ciência Cristã nos conduz do testemunho errôneo do sentido humano para as eternas verdades acerca de Deus, que na realidade governam o homem e o universo. Se nossa compreensão cresceu a ponto de reconhecermos nosso próximo e nós mesmos como idéias individuais no universo do Espírito, e nos apegamos a essa perspectiva, e nela progredimos, perceberemos com gratidão e com alegria expressaremos o amor que envolve a todos. Amaremos nosso próximo como a nós mesmos tendo certeza de que somente o Amor divino está em ação. A Sr.a Eddy nos assegura que: “O poder da Ciência Cristã e do Amor divino é onipotente.” Ciência e Saúde, p. 412.

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