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O maior dos desafios

(carta a uma jovem amiga)

Da edição de janeiro de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


[Original em francês]

Querida Marta:

Durante nossa agradável visita à sua casa a outra noite, você desafiou vigorosamente a situação da mulher na sociedade humana e a desigualdade que se estabelece entre meninos e meninas desde a infância. Você também lamentou a situação dos jovens e dos menos afortunados de todas as idades em nossa sociedade.

De início, e sem sucesso, apresentei a você algumas das razões para se ter esperança: o lento progresso da humanidade, os sinceros esforços de homens e mulheres de boa-vontade. Então deixei de argumentar com você e tentei, em primeiro lugar, compreender melhor o porquê de seu protesto.

Pareceu-me que essa crescente rebelião, que se manifesta de muitas e variadas maneiras, é uma prova de contínuo progresso no conceito humano de justiça. A submissão que era considerada, até há pouco, o destino natural da mulher, é considerada cada vez mais injustiça que não pode ser tolerada. A Ciência Cristã, da qual sou seguidor, e que foi descoberta e estabelecida no século passado por uma mulher da Nova Inglaterra, Mary Baker Eddy, vai na mesma direção de seu protesto, indo, no entanto, muito mais longe.

A Sr.a Eddy contestou não só a injustiça na sociedade de sua época, e a sorte que reservava tanto para homens como mulheres, mas também as limitadas crenças religiosas de então. Não admitia como real e inevitável nenhuma forma do mal. Para ela, a mais elevada forma de justiça, ou do bem, era o Próprio Deus; e esse Deus era o Princípio divino, o Amor. Ela discernia a natureza infinita do Espírito, no qual o homem criado por Deus é totalmente espiritual, completo, refletindo todas as qualidades masculinas e femininas ideais — o que coloca um ponto final no suposto antagonismo entre homens e mulheres e lhes proporciona uma meta comum.

Talvez você argumente: “Trata-se de uma bela teoria, mas como pode resolver os nossos problemas e os da sociedade?”

A Ciência Cristã abre o caminho para a harmonia. Pede-nos que sejamos criteriosos naquilo que aceitamos como verdadeiro e bom — que reconheçamos a falsidade de certas formas de informações e a exatidão de outras. Coloca na primeira categoria as informações apoiadas apenas pela crença, pela tradição ou pelo testemunho dos cinco sentidos materiais; na segunda categoria, aquilo que resulta de profundo discernimento espiritual — um discernimento inerente a cada um de nós — do que é totalmente justo, bom, inteligente. Na Ciência Cristã denominamos “sentido espiritual” a esta última faculdade. Em seu livro Ciência e Saúde a Sr.a Eddy escreve: “O sentido espiritual é o discernimento do bem espiritual.”Ciência e Saúde, p. 505;

Por um lado — mediante o sentido espiritual — você está consciente da legitimidade do bem; e por outro lado — mediante os sentidos materiais — você vê o mal que se manifesta no mundo. Sua rebelião é o resultado da absoluta incompatibilidade existente entre essas duas formas de conhecimento; você encontrará paz, felicidade e a solução prática dos problemas com que se depara, à proporção que compreender a verdade do sentido espiritual e a falsidade dos sentidos materiais, através de cuja imperfeição todas as formas do mal nos são apresentadas.

Pelo fato de a maioria das pessoas ao pensarem “eu” identificarem-se inconscientemente com a matéria (seus corpos físicos), parece-lhes difícil contestar a validade dos sentidos materiais; porém o contínuo esforço de sermos melhores, mais honestos, mais desprendidos, mais bondosos, traz à luz o sentido espiritual e reduz a importância do testemunho dos sentidos materiais, até que o bem substitui o mal em nossa vida. Com relação a esse esforço, a Sr.a Eddy insta que nos rebelemos. A nossa rebelião, porém, não deve ser dirigida contra os outros ou contra a vida, mas contra o mal, contra a pretensão dos sentidos materiais de nos pôr em contato com a realidade.

Bem sei que gerações passadas atribuíram à palavra “Deus” um sentido que você não consegue aceitar, e é por isso que você se considera atéia. Você pode ter certeza, no entanto, que o verdadeiro significado do termo “Deus” pode ser explicado com lógica. Na Ciência Cristã seu significado inclui Espírito, Vida, Verdade, Amor. Jesus compreendia integralmente a realidade e a totalidade do Espírito, o poder do Cristo, e isso dava-lhe domínio sobre todas as calamidades — doença, carência, mal, e até a morte. Ele é o modelo que devemos seguir — e podemos segui-lo na proporção de nossa compreensão espiritual. O apóstolo Paulo declarou: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam. Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as cousas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus.” 1 Cor. 2:9, 10.

Estas lhe serão reveladas também, à medida que você continuar na procura de tudo aquilo que é bom e verdadeiro.

Afetuosamente ...

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