É uma maravilha neste mundo uma pessoa estar inteiramente destituída de comiseração própria — alguém que não perde tempo queixando-se de aparentes injustiças, privações e outras experiências duras que se passam no cenário do mundo; alguém que faz o melhor possível das situações desfavoráveis e que de bom grado dá os passos necessários para depender de si e estar contente, sem procurar a piedade de outros.
A comiseração própria é uma ladra. Se lhe for permitido fincar pé na nossa mentalidade, rouba-nos a alegria e a satisfação que nos pertencem naturalmente como filhos de Deus — pelo menos as roubaria se tal lhe fosse possível. Mas de fato, não é. A Bíblia diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança.” Tiago 1:17;
Os dons da abundante substância espiritual, da felicidade e da inteireza procedem de Deus, o Espírito. Todas as criações de Deus os refletem e eles nunca podem ser tirados de ninguém. O bem infinito pertence eternamente a cada um de nós. Na verdade, nenhuma circunstância humana, por muito desastrosa que pareça, pode privar-nos de um só elemento do bem, nem obrigar-nos a aceitar a sugestão de que a comiseração própria seja justificável por causa de alguma perda aparente, e não podemos revolutear aí. Isso seria condenar-nos injustamente a um sofrimento desnecessário. Pode-se até infligir esse sofrimento a outros, visto que a natureza da comiseração própria é incrementar e atrair a piedade de outros, alimentando-se da sua comiseração e compaixão.
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