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Trocar o que é pequeno pelo que é infinito

Da edição de março de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


Por que a ficção científica está tão em voga?

Talvez por estarmos procurando um conceito mais rico e variado a respeito de ambiente. Talvez a humanidade esteja intuitivamente ansiando por verificar se todo o cosmos apresenta bolsões de vida.

Quer seja isso ou não, um conceito mais amplo do ser — da realidade — não virá por deixarmos simplesmente nossa imaginação vagar pelo universo até os planetas e as galáxias em bizarras naves espaciais ou em máquinas do tempo. Não virá só com a chegada do homem a Marte. O conceito mais amplo virá mediante o sentido espiritual quando este se move para o universo infinito do Espírito. “Os passos espirituais de progresso no exuberante universo da Mente conduzem a esferas espirituais e a seres sublimes” Ciência e Saúde, p. 513;, é o que nos diz Mary Baker Eddy em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras.

Compreender o “exuberante universo da Mente” significa escapar do que é acanhado, restrito, finito. Aprendemos que o sentido mortal é o que se encerra e confina a si próprio. E, sobre a terra, isso tem conseqüências importantes. Não que o que é infinito seja meramente maior do que o que é pequeno. A infinidade espiritual da Mente não tem tamanho. O que é infinito é, enquanto que o que é pequeno e o que é material não é.

A Ciência CristãChristian Science (kris´tiann sai´ennss) estende o pensamento para muito além das arestas do que foi imaginado e alcançado previamente. A própria visão da Sr.a Eddy elevava-se acima dos limites do pensamento mortal. Ela escreve: “Um conhecimento da Ciência do ser desenvolve as faculdades e possibilidades latentes do homem. Estende a atmosfera do pensamento, dando aos mortais acesso a regiões mais amplas e mais elevadas.” ibid., p. 128;

Como se mostra a praticabilidade de trocar o que é pequeno pelo que é infinito? Suponhamos que financeiramente não estejamos equilibrando nosso orçamento. Talvez pensemos que a única necessidade é estirar de algum modo nosso pequeno saldo bancário e transformá-lo num saldo grande. Todavia, o caminho metafísico e prático para se chegar à suficiência não é primeiro tentar aumentar fundos ou crédito, mas ampliar nossa consciência de substância e suprimento.

O homem é idéia da Mente, todo espiritual. Por isso não devemos pensar em nós como um grãozinho mortal, como uma fração bilionésima de uma humanidade limitada, com acesso (falando relativamente) apenas a migalhas de suprimento. O homem não é finito, tendo disponível apenas o bem finito. Nem é o homem finito, tendo disponibilidade do bem infinito. O homem que pertence à Mente — o nosso único ser genuíno — coexiste com a Mente infinita e, por isso, com o bem inexaurível.

A Ciência Cristã amplia o nosso conceito de nós mesmos, não por edificar sobre o egotismo mortal, mas por eliminá-lo paulatinamente mediante uma consciência mais ampla — sim, ilimitada — do infinito. Alguém que se sinta inferior — uma pessoa muito acanhada ou oprimida — pode iniciar, agora já, a troca do acanhamento, não pelo que é grandioso, mas pelo que é infinito. A seguinte asserção da Sr.a Eddy mostra o verdadeiro estado do homem, e cada indivíduo pode passar a comprovar essa verdade no viver diário: “Deus expressa no homem a idéia infinita que se desenvolve eternamente, que se amplia e, partindo de uma base ilimitada, eleva-se cada vez mais.” ibid., p. 258;

Algumas igrejas estão encolhendo numericamente. O que é preciso fazer nesse caso? Será mudar um pequeno número de membros por um número maior? Não. O modo espiritual e científico de abordar o assunto não é tentar inflar a igreja como organização por meio de campanhas diretas de angariação de membros. Ou crescer modernizando superficialmente os exteriores. O modo espiritualmente válido não é trocar o que é pequeno pelo que é grande mas pelo que é infinito — é ampliar bem o nosso conceito de Igreja como de idéia espiritual do Amor divino. Tal consciência de Igreja apela muito mais aos infelizes, necessitados, doentes, solitários, do que campanhas humanas arraigadas na finidade e numa obsessão por números. Por quê? Porque todo o sofrimento humano é atribuível à crença de que o ser é finito. Esta crença, bem como os seus sofrimentos, é anulada pela demonstração de que o verdadeiro ser e todos os seus elementos (inclusive o homem, a Igreja, o universo) estão isentos de começo e de fim.

O pensador religioso devia estar envolvido em saber a verdade, neutralizando assim o que poderia perturbar a vida humana. Tudo quanto é menos que a verdade científica absoluta oferece aos sofredores, afinal, mera ladaínha. Isto não quer dizer que devemos sair por aí difundindo a metafísica absoluta a tudo e a todos. Mas significa que a igreja representa o crescimento espiritual proveniente da compreensão que os membros têm dos fatos absolutos do ser. A direção a seguir encontra-se nos registros bíblicos dos profetas e vaticinadores e, acima de tudo, na vida e nos atos de Cristo Jesus.

“Não tenho tempo!” É uma exclamação muito comum, e uma desculpa comum para não fazer o que devíamos fazer. A solução não está na aspiração de aumentar o número de horas do dia. Não seria uma resposta satisfatória transformar, de algum modo, um dia de vinte-e-quatro-horas em um de vinte-e-oito-horas, como que estirando um dia pequeno até torná-lo um dia grande. Mas podemos cultivar uma consciência da eternidade que nos dá crescente domínio sobre o tempo curto e outras crenças de vida limitada — induzindo-nos, talvez, a organizar melhor os nossos afazeres.

De que maneira a troca do que é pequeno pelo que é infinito afeta os negócios? As controvérsias sobre consumo e poluição? Podem o comércio e a indústria crescer sem depender da auto-indulgência e do consumo materialistas? Argumenta-se: “... é muito pouco convincente a prova de que um maior consumo de energia resulta sempre num melhoramento da vida humana, ou numa civilização mais interessante. Ainda que este tenha sido o caso no passado, há muitas razões para se pensar que agora estamos chegando ao ponto de rendas minguantes.” René Dubos, “The Despairing Optimist”, American Scholar, Primavera de 1975, p. 174. A promessa da Verdade é, certamente, em favor de expansão — num sentido espiritual — não de contração. Mas a solução harmoniosa não está no envidar todos os esforços para impelir operações relativamente pequenas a se tornarem desmesuradamente grandes de modo que venham a esgotar os recursos, ferir a paisagem, sujar as nossas cidades. Há necessidade de sólido começo em compreender o que realmente são a vida, a ação, o crescimento, a substância e a satisfação. Há necessidade de um conceito espiritual mais amplo a respeito desses e de um conceito mais elevado de propósito.

Os dilemas com os quais se defronta a humanidade hoje em dia podem ser resolvidos mudando-se a razão humana para bases mais espirituais e metafísicas. Nas coisas de menor ou maior importância podemos começar a trocar o que é pequeno pelo que é infinito; encontrar meios novos e eficientes de fazê-las, e realizar novas demonstrações da infinidade do Espírito divino.


Amado, acima de tudo faço votos
por tua prosperidade e saúde, assim
como é próspera a tua alma.

3 João 1:2

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