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Desiludido? Não desista!

Da edição de março de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


A desilusão magoa. Ver nossa grande admiração por certo indivíduo, ou instituição, desmoronar-se pouco a pouco pode abalar-nos profundamente.

Quando isso ocorre conosco, como acaba acontecendo com quase todos numa ocasião ou noutra, é importante considerar como reagimos diante dela. Podemos deixar-nos dominar pela depressão e a indiferença, ou podemos nos impor ao choque, aprender a lição que cada experiência traz consigo e tornarmo-nos mais fortes. A Ciência Cristã, que nos urge a focalizar o que é bom e de valor, dá-nos força para escolhermos esta última solução.

A Sr.a Eddy escreve: “Sabei, então, que possuís poder soberano para pensar e agir corretamente, e que nada pode despojar-vos dessa herança ou traspassar o Amor. Se mantiverdes essa posição, quem ou o que poderá levar-vos a pecar ou fazer-vos sofrer?” Pulpit and Press, p. 3;

A Ciência Cristã ensina que a única força governante do universo, inclusive o homem, é Deus, o Princípio divino — e nada mais além dEle. Nunca há um momento em que Sua lei onipotente de Vida não está em ação, nem um momento em que estamos privados de seu poder. O homem a reflete continuamente. À medida que compreendemos melhor esse fato, concedemos menor poder ao que é indigno ou mau nos assuntos humanos.

Certa feita quase afastei-me da igreja. Havia alguns anos, eu sentia-me perturbada com a atitude de outros Cientistas Cristãos. Na minha confusão, reagi. A seguir, a desilusão me envolveu. Sentir-me dessa maneira já era bastante desagradável, mas cheguei ao ponto de duvidar de minha fé na Ciência Cristã! Não percebi esse fato na ocasião, mas meu conceito acerca do que a Ciência Cristã era, estava, de certa forma, concentrando-se em demasia no qeu seus adeptos faziam, ou deixavam de fazer, como indivíduos.

A mudança em meu ponto de vista não se processou do dia para a noite, mas com o auxílio de um dedicado Cientista Cristão — e de estudo profundo de minha parte — finalmente consegui sair do campo de areias movediças que é a confiança na mera personalidade. A Bíblia apresenta-nos esta pergunta: “Vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade?” Gálatas 5:7; O que foi que, na realidade, impedira meu claro discernimento espiritual, a não ser minha preocupação com a personalidade humana?

Depois de adquirir compreensão melhor, passei a apoiar-me menos em pessoas e mais no Princípio divino. O sentimento de desilusão — apesar de devastador quando aconteceu — inverteu-se, tornou-se uma rocha, um fundamento para a edificação espiritual posterior. A lição permanece até hoje. A desilusão não retornou.

Ao final do Sermão do Monte, Cristo Jesus adverte-nos a não edificarmos sobre a areia. É exatamente isso o que fazemos, no entanto, quando idolatramos alguém — não importa quão exemplar essa pessoa possa ser.

É importante não medirmos a eficácia da Ciência Cristã unicamente pelos homens e mulheres que procuram vivê-la. Poucos de nós conseguimos manter-nos sempre fiéis aos nossos mais elevados ideais. Nunca devemos admitir que alguém — não importa o quanto falhe no tentar viver de acordo com seus elevados ideais — faça arrefecer nosso entusiasmo e fé na Ciência divina. Nem tampouco devemos permitir que a autojustificação nos leve à indignação; pois, ao assim agirmos, poderemos ser induzidos a abandonar nossos próprios ideais, para a desilusão de outrem.

Tampouco devemos cair na lógica fraca de que “se fulano não pratica, por que devo eu me preocupar”? A falta alheia não é desculpa para que nós nos afastemos. Somos responsáveis perante Deus pelo que nós fazemos.

Paulo aborda uma questão que devemos manter firme no pensamento: “Refreio o meu corpo, e o controlo, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.” 1 Cor. 9:27 (Conforme a Bíblia inglesa); Será que desejaríamos que nosso exemplo abalasse o incentivo e o entusiasmo de outros?

A Ciência Cristã oferece uma maneira de eliminarmos de todo nossa amargura e de curá-la — fazendo-se a separação entre as atitudes injustas, ou capazes de causar desapontamentos, e a pessoa que pensamos nos tenha decepcionado. Essa mesma regra se aplica também à autodesilusão. Pois não importa quão mal nós ou alguém outro tenha se comportado, permanece o fato de que, em nosso verdadeiro ser, ainda somos o homem criado por Deus. Como diz a Sr.a Eddy em Ciência e Saúde: “O homem é, e sempre foi, o reflexo de Deus.” Ciência e Saúde, p. 471;

Aquele que se desviou pode ser auxiliado e apoiado por nossa clara perspectiva acerca de sua natureza espiritual e real — e por nossa irrestrita compaixão, ou encorajamento, e por nosso perdão. A Bíblia recomenda: “Fazei caminhos retos para os vossos pés, para que não se extravie o que é manco, antes seja curado.” Hebreus 12:13;

Nada pode apoiar-nos melhor nas areias inconstantes da existência humana do que a Bíblia e Ciência e Saúde. De fato, ao nos volvermos constantemente a essas obras-primas em busca de orientação, inspiração e força, constataremos que nossa vida não mais assenta na areia, porém, cada vez mais e com maior firmeza, na rocha. Pode ser que as pessoas nos desiludam; a verdade contida nesses dois livros — nunca!

Quase todos concordam que indivíduos e instituições necessitam de melhora. Muitos podem necessitá-la com urgência. E é exatamente por isso que não podemos permitir que a desilusão leve a melhor sobre nós — porque os que têm uma visão construtiva e útil a respeito do que o mundo pode e deveria ser, não podem desistir.

O Novo Testamento faz a seguinte promessa: “Aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo.” Mateus 10:22. E podemos acrescentar: será capaz de salvar outros. Poderíamos ter melhor razão para não desistirmos?

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