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As vantagens de servir numa pequena igreja

Da edição de janeiro de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


“Então vocês vão iniciar serviços da Ciência Cristã em sua cidade?” perguntaram-nos uns amigos. “Por quê? Há outros Cientistas Cristãos lá?”

Respondemos que não sabíamos se havia outros lá. É que éramos novos na área e não a conhecíamos bem. Mas sentíamos que havia chegado o momento de realizar serviços de modo a que outros pudessem ficar sabendo das verdades sanadoras da Ciência Cristã e ser abençoados por elas.

Em oração, levamos adiante nossos preparativos. No primeiro culto tivemos uma congregação composta de duas pessoas. Posso ainda recordar a grande alegria que sentimos naquele domingo. Que importava o número dos presentes? Essa era uma expressão de Igreja, levando a Ciência do Cristo à nossa comunidade.

Isso foi há cerca de três anos. Nossa congregação desde então cresceu, embora ainda sejamos um grupo pequeno. A alegria de compartilhar a Verdade também aumentou, e a necessidade de alargar o nosso conceito de Igreja é um desafio constante e maravilhoso.

Em centenas de comunidades no mundo inteiro, hã pequenos grupos realizando serviços religiosos da Ciência Cristã. Mesmo quando pequenos demais para que A Igreja Mãe lhes dê reconhecimento formal, estão, contudo, ligados entre si no seu amor pelo Cristo, a Verdade, e em sua devoção ao conceito de Igreja estabelecido pela Sra. Eddy em Ciência e Saúde (ver p. 583).

Nosso motivo ao organizar uma igreja filial, uma sociedade, um grupo de Cientistas Cristãos ou uma organização universitária, é o de levantar o Cristo na comunidade, dar testemunho do poder do Cristo, que espiritualiza o pensamento, cura a doença e abençoa a todos. Esses resultados ocorrem quer sejam poucas quer muitas as pessoas da comunidade que assistem aos serviços, pois a verdade e o amor expressados pelos membros estendem-se a toda a comunidade com poder de curar e espiritualizar. Quando essa verdade e esse amor são sentidos, o pensamento humano é despertado e aqueles preparados para a revelação da Ciência vêm para saber mais a respeito dela. O próprio fato de haver atividade da Ciência Cristã numa cidade ou num campus universitário traz um despertar espiritual aos pensamentos e à vida de muitas pessoas que jamais terão ouvido as palavras “Ciência Cristã” anteriormente.

Embora gostemos de dar as boas-vindas a novos membros em nosso grupo, sociedade ou igreja, sabemos que o nosso propósito real não é só crescer em número. É muito mais o anseio profundo de glorificar Deus e de ver reconhecido mais amplamente o Seu amor e a Sua bondade, os quais cingem a nossa comunidade e o mundo inteiro. Cada culto que realizamos, cada reunião que mantemos, é uma oportunidade para curar. Quando oramos pela congregação reunida, estamos fortificando mutuamente a capacidade de expressar mais do Cristo.

Conquanto um aumento no número de membros seja uma meta importante e evidência de progresso espiritual, poderemos ser desviados do trabalho que diz respeito a nossas reais necessidades quando começamos a procurar mais pessoas. É como se no caso de uma doença estivéssemos por demais preocupados em ver a saúde manifestada fisicamente em vez de em curar a desarmonia na consciência, onde reside sua origem. Esse modo de pensar errôneo e hipnótico, ou magnetismo animal, procura desviar os nossos pensamentos das verdades sanadoras necessárias.

Ao invés disso, é melhor pensarmos sobre o nosso próprio crescimento espiritual e como obter vistas espiritualmente mais claras a respeito de nossa igreja e de nossa comunidade. Finalmente mais pessoas virão aos nossos serviços. Mas esta não é realmente a questão. O crescimento da igreja é o resultado inevitável de nossa visão espiritualmente mais clara e de nosso amor abnegado pela igreja e pela comunidade, assim como a saúde é o resultado inevitável do conceito mais claro de um indivíduo sobre sua identidade espiritual. O crescimento da igreja talvez não ocorra imediatamente, ou todo de uma vez, mas o ponto importante é que ele virá quando o pensamento se tornar suficientemente espiritual.

A Bíblia declara: “Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo salvador do corpo.” Efésios 5:23; Quando vemos o Cristo governando a nós e à nossa igreja, pomos de lado as sugestões de conflitos pessoais ou de responsabilidade pessoal para conduzir adequadamente os assuntos da igreja. O Cristo nos move a espiritualizar o nosso conceito de tudo o que fazemos na igreja ou para ela, mesmo aquelas tarefas que parecem insignificantes ou sem importância. Fazemos tudo para Deus. Até mesmo a incumbência de arrumar as cadeiras para o culto pode ser um pequeno modo de agradecer a Deus por Sua bondade.

De um ponto de vista material se diria que uma igreja é um grupo de mortais cooperando — ou às vezes não cooperando — nos esforços de chamar a atenção de outros mortais que estão muito longe do círculo de Deus. Tal conceito carece de luz espiritual. Mas, como ele é comumente aceito no mundo, poderíamos perguntar-nos às vezes: Vemos nossa igreja ou organização como se fosse um grupo de personalidades, ou de expressões individuais da Mente? Vemos nossa comunidade como pessoas fora da bondade de Deus, ou como membros junto conosco de uma família universal, cada um receptivo à orientação de seu Pai-Mãe Deus?

Ter amor pela nossa comunidade é fundamental para ter êxito. Uma lembrança inspiradora da necessidade de tal amor encontra-se no livro de Jeremias, e refere-se ao povo de Israel que havia sido levado para o cativeiro na Babilônia. Mesmo em tão triste situação a ordem de Deus ao povo foi: “Procurai a paz da cidade, para onde vos desterrei, e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz vós tereis paz.” Jeremias 29:7;

O maior desafio a algumas pequenas igrejas ou organizações talvez seja o seu sentimento de que a comunidade está completamente desinteressada por seus esforços ou lhes é antagônica. Às vezes a melhor pergunta que devemos fazer-nos diante de tal argumento, não é: “Por que a comunidade não nos aprecia?” e sim: “O quanto nós a amamos? Quão interessados estamos em resolver os seus problemas?”

Nossa preocupação sincera nos levará a orar honestamente por uma solução sanadora dos problemas e a apoiar todo bom pensamento e esforço expressados pelos que nos rodeiam. Também nos levará a saber com profunda convicção que não há mente mortal e material que possa fazer os nossos vizinhos resistirem ao Cristo. A Mente divina é a única influência que afeta o homem.

O amor por uma comunidade pode conduzir um grupo a atividades tais como patrocinar uma conferência, distribuir literatura, ou estabelecer uma Sala de Leitura — ou centro de informações — da Ciência Cristã. Uma vez que o motivo é o de curar e abençoar, essas atividades podem ser uma expressão importante do Cristo na comunidade. Nossa expressão de amor será correspondida. Não importa por quanto tempo o progresso de um grupo tenha estagnado, as orações profundas e sinceras, motivadas pelo amor abnegado, trarão resultados.

Em muitas igrejas pequenas ou em grupos parece que um ou dois membros arcam com as principais responsabilidades. Ocasionalmente esses membros poderão sentir-se sobrecarregados ou tentados a ficar ressentidos pela falta de cooperação dos outros. Quando vemos nossa atividade na igreja como um serviço individual a Deus, teremos satisfação em nosso trabalho. Nosso querido Pai-Mãe nos sustenta em cada esforço abnegado.

Também pode ser que, ao orarmos para ver que Deus supre o necessário apoio, verifiquemos que involuntariamente desanimamos outros de tomarem parte mais ativa. Talvez tenhamos subestimado suas capacidades ou tenhamos adiantado assuntos sem esperar pela ação deles. Paciência e maior apreço pelo potencial espiritual de cada um pode capacitar outros a participar mais ativamente.

Mesmo que, sob certo aspecto, alguém seja a única pessoa capaz de estar ativa na igreja, é-lhe possível realizar a tarefa necessária com facilidade e felicidade. Ser-lhe-ia possível tomar como modelo de pensamento a última estrofe da poesia “Cristo, meu Refúgio”, de autoria da Sra. Eddy:

Orando, quero o bem fazer
Por Ti, aos Teus,
Pois vens amor oferecer.
Conduz’-me, Deus! Hinário da Ciência Cristã, hino n° 253;

Quando nosso trabalho na igreja vem oferecer amor, traz-nos muitas bênçãos.

A primeira parte da definição de “Igreja”, dada pela Sra. Eddy, diz: “A estrutura da Verdade e do Amor; tudo o que assenta no Princípio divino e dele procede.” Ciência e Saúde, p. 583; É maravilhoso sabermos que todos estão incluídos nessa Igreja. E, em nossa expressão humana desse ideal espiritual, não somos pequenos grupos isolados lutando por estabelecer-se.

Temos uma base sólida. No “Resumo Histórico”, no Manual da Igreja de autoria da Sra. Eddy, lemos: “A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, sediada em Boston, Mass., destina-se a ser edificada sobre a Rocha, o Cristo; sobre a própria compreensão e demonstração da Verdade, da Vida e do Amor divinos, que curam e salvam o mundo do pecado e da morte; para assim refletir, em certo grau, a Igreja Universal e Triunfante.” Manual, p. 19. Quão maravilhoso é podermos servir a essa Igreja!

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