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Quando jovem, provavelmente eu seria caracterizada como otimista...

Da edição de janeiro de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando jovem, provavelmente eu seria caracterizada como otimista, ambiciosa e extrovertida. Tinha orgulho da minha habilidade de pensar rápida e logicamente. Não havia precedente de doenças mentais.

Apesar de ativa numa profissão que muito exigia de mim, eu ansiava profundamente por um lar e uma família. Gostava de crianças e encontrava grande alegria na companhia delas. O casamento veio um pouco tarde para mim, mas parecia oferecer muito do que eu procurava. Tínhamos uma boa casa. Dois maravilhosos enteados, a quem eu muito amava, moravam conosco.

Há uns cinco anos tudo desmoronou. Devido a aborto, perdi um bebê. Seguiram-se sérias complicações físicas e fiquei acamada por muitas semanas. Um negócio que eu construíra com muito esforço ficou virtualmente liquidado, pois eu estava incapacitada de trabalhar. Os empregados foram para outros empregos; fiquei muito endividada. Meu casamento desmanchou-se sob a pressão dessas dificuldades. No dia anterior à Ação de Graças naquele ano, meu enteado foi permanentemente afastado de casa pelo pai, e parecia que eu nunca mais veria nenhum dos meus enteados. Na ocasião fiquei quase imobilizada de tristeza — as circunstâncias pareciam tão esmagadoras.

Minha solução humana foi trabalhar por longas e árduas horas a fim de reconstruir meu negócio. Mergulhei compulsivamente em amizades e atividades sociais que não eram saudáveis nem sábias.

Após diversos meses sob essas pressões parecia que gradativamente eu perdia o controle; minha percepção dos acontecimentos e das pessoas tornou-se confusa. Tomei decisões erradas que só aumentaram meu sentimento de perda e meus problemas profissionais e financeiros. Nenhum diagnóstico médico foi feito, mas a condição mental poderia ser descrita como de extrema depressão com tendências suicidas. A parte mais insidiosa desse mesmerismo era a de que a morte parecia ser uma solução lógica e atraente.

Certo dia, eu sabia que algo precisava ser feito imediatamente. Telefonei para uma praticista da Ciência Cristã que eu mal conhecia e contei a ela que achava que precisava internar-me num hospital para doentes mentais ou tentaria suicidar-me. Ela disse que a decisão de ir para um hospital era minha, mas que estava disposta a ver-me imediatamente em seu escritório. Pouco tempo depois, a oração dessa praticista ajudou a salvar minha vida quando de fato tentei suicidar-me. Sua forte e inabalável convicção de que Deus é a Vida do homem e sua insistência em que a Vida está sendo infalivelmente expressa, resultaram numa maravilhosa cura física. Eu podia sentir que estava sendo impedida de deslizar para a inconsciência pela força impulsora da Mente divina. A cura física foi tão completa que em dois dias, na segunda-feira de manhã, eu estava em meu escritório e servindo na igreja naquela noite sem efeitos posteriores de espécie alguma.

Fiquei tão impressionada com esta evidência do poder do tratamento pela Ciência Cristã, que resolvi volver-me completamente a Deus para a cura da depressão e de outras condições desarmoniosas em minha vida.

Hoje em dia ouve-se falar muito em nascer de novo — aquele período foi para mim de fato um renascimento. Muitas crenças errôneas e mantidas há muito tiveram de ser enfrentadas e retificadas. Particularmente acalentei uma crescente apreciação e amor pelo verdadeiro conceito de mim mesma como filha de Deus. Esse amor por si próprio neutraliza qualquer sugestão de autodestruição, pois ninguém tenta destruir o que verdadeiramente ama. Eu estava sob a crença errônea de que minha existência só podia ser justificada ao assumir falsamente as cargas de outros. Isso gradualmente cedeu a um melhor senso de serviço, pela confiança na orientação divina e no amor de Deus por todos. Uma vontade humana exacerbada e a ambição tinham feito parte de minha aparência humana por tanto tempo que eu estava disposta a tentar destruir minha vida se não pudesse ter o que desejava. Essa mentira destrutiva sobre minha natureza tem diminuído.

A Sra. Eddy declara (Miscellaneous Writings, p. 15): “O novo nascimento não é obra de um momento. Começa com momentos e continua através dos anos: momentos de submissão a Deus, de confiança pura e de alegre aceitação do bem; momentos de abnegação de si mesmo, de consagração, de esperança de origem celeste, e de amor espiritual.”

O profeta concede-nos esta promessa divina (Joel 2:25): “Restituirvos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador.” Isso provou-se verdadeiro para mim. Todos os pensamentos de autodestruição e depressão foram completamente curados. Tenho agora um agradável e amável relacionamento com meus enteados. Meu lar é o mais cheio de amor que já conheci e tem abençoado muitas pessoas. Meu negócio está forte e em desenvolvimento. Tenho boas amizades e conhecidos, mas talvez mais importante que tudo, sou grata por todo momento que tenho para crescer mais próxima de Deus. Estes podem ser momentos de reconhecimento da presença do Amor divino — momentos para nascer de novo.

Sou particularmente grata à praticista que me apoiou tão corajosamente. Sua dedicação, força e amor estabeleceram para mim um padrão constante do verdadeiro significado de ajuda cristã.

Mas meus sentimentos muito especiais de gratidão vão para a Sra. Eddy. Esta mulher, que pôde escrever que “as aflições são provas da solicitude de Deus” (Ciência e Saúde, p. 66), provou esta declaração por meio de aflições que à maioria de nós nunca seria dado enfrentar. Uma nova apreciação de sua vida e das provas que ela nos deu da veracidade de seu ensinamento tornou possível para mim segui-la mais prontamente como ela seguia a Cristo Jesus.


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