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Despedaçando as cadeias das dívidas

Da edição de janeiro de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


Você dá uma olhada às suas contas e outra ao seu saldo bancário. Os totais nem mesmo se aproximam. Que é que você faz? Tenta novamente imaginar quem receberá pagamento desta vez? Ou decide que já é tempo de deixar de vez de ter dívidas? A escolha é sua.

Medite neste trecho da Bíblia: “Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo?” Isaías 58:6; Todo jugo de escravidão, inclusive o estar endividado, pode ser despedaçado. O Apóstolo Paulo nos tranqüiliza dizendo: “Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.” Filip. 4:19;

A Ciência Cristã ensina que não precisamos tolerar a carência que tantas vezes é a principal razão das dívidas. Podemos curá-las quando deixamos a Deus suprir todas as nossas necessidades. Isso não quer dizer que fiquemos sem fazer nada, esperando por uma bonança. Nem iremos apressados às lojas, a apresentar todos os nossos cartões de crédito e a dizer que Deus tomará conta de todas as coisas.

Deixar que Deus supra nossas necessidades requer que despertemos — espiritualmente. A Sra. Eddy ajuda-nos a despertar mediante esta afirmação que nos faz pensar: “Inteiramente separada desse sonho mortal, dessa ilusão e desse engano dos sentidos, a Ciência Cristã vem revelar que o homem é a imagem de Deus, Sua idéia, coexistente com Ele — Deus dando tudo, e o homem tendo tudo o que Deus dá.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 5;

O simples fato de vislumbrar com maior clareza que o homem — nosso ser espiritual e verdadeiro — tem mesmo “tudo o que Deus dá” começa a despedaçar a crença mesmérica em carência. Estamos despertando “desse sonho mortal” e vendo que não é da natureza humana ser atormentada ou ficar empobrecida. O homem, o homem que realmente somos, “a imagem de Deus, Sua idéia, coexistente com Ele”, tem tudo o que Deus dá, e Deus, que é Espírito infinito, dá tudo, imparcial e continuamente.

Deparamo-nos com dificuldades quando mentalmente permanecemos nesse sonho mortal e olhamos para a matéria como a fonte de nossas finanças, de nossas capacidades, de nossas oportunidades e de nosso bem-estar geral. Começamos com uma fonte finita, limitada, e depois ficamos admirados de nos sentirmos, tão rapidamente, depauperados. Mas quando despertamos e começamos a reconhecer o Espírito infinito como a única fonte do suprimento real, estamos despedaçando as cadeias que nos empobrecem e nos levam a contrair dívidas. Permitimos que a lei de Deus prepondere em nossa vida. Veremos que somos possuidores, em abundância, de tudo o que necessitamos. E seremos levados a tomar as medidas corretas para saldar quaisquer dívidas que tenhamos no presente.

O Espírito infinito não pode, de jeito nenhum, ser algemado, não pode ser privado ou restringido em qualquer direção, porque o Espírito não está na matéria. E o Espírito também não depende da matéria. Também não é o Espírito afetado pela matéria que se exibe como lei na nossa consciência. Uma vez feito na semelhança de Deus, o homem também não está na matéria, nem é o homem tocado por qualquer lei material de oferta e procura, nem por flutuações cíclicas do mercado de ações, ou por tempos duros. O homem é espiritual, em união com seu criador, o Espírito infinito, e assim está para sempre suprido abundantemente de todo o bem.

Em que consistem alguns desses bens que Deus dá? Esses bens incluem alegria incessante, verdadeira realização, paz interior, oportunidade ilimitada e utilidade perpétua.

O homem vive, move-se e existe unicamente no reino de Deus. Não depende da criação que lhe deram, ou da educação, da raça, da nacionalidade, da hereditariedade ou de uma história de nunca ter o suficiente, e nada disso lhe impõe limitação. O homem está continuamente suprido de todo o bem, porque os seus bens não se baseiam na matéria perecível mas na substância espiritual, que é inesgotável e completa.

Dar-se conta disso e aceitar sua veracidade despedaça a garra com que a pobreza nos sujeita. Descobrimos que podemos usar em maior proporção as capacidades e os talentos que Deus nos deu. Encontramos modos de melhorá-los e utilizá-los. Tornamo-nos mais receptivos à sabedoria divina para fazer o que é certo. Expressamos mais atenção e habilidade. Já não ficamos mesmerizados com crer que nosso sustento está limitado a um simples pedaço de papel chamado cheque de pagamento ou cheque de aposentadoria. Volvemos o olhar unicamente para o Espírito infinito como a fonte de nosso suprimento.

Tal despertar espiritual não nos deixa fora, no frio da carência sofredora, na limitação e em dívidas que se acumulam. Abre a porta para experiências maravilhosas, de progresso e de enriquecimento espiritual. Permite ver que nossas necessidades foram abundantemente providas, muitas vezes em formas que nunca, antes, havíamos tomado em consideração.

Alguns anos atrás minha mulher e eu fizemos uma lista de todas as modalidades em que nosso suprimento diário havia chegado a nós durante certo período de escassez. A lista se estendeu por muitas páginas. Nossa receita havia minguado e era mero gotejar, mas nós nos recusávamos firmemente a limitar os canais pelos quais o bem podia vir a nós. E o bem chegava sem cessar às nossas mãos.

Durante aquela época estivemos orando, principalmente para compreender melhor que a bondade e a disponibilidade de Deus estavam sempre presentes e podiam sempre ser utilizadas. E logo pusemos em prática essa oração, ao começar a expressar mais amor e bondade para com outras pessoas, aprendendo a repartir desprendidamente o que tínhamos, sendo agradecidos e dando de nós mesmos. Cristo Jesus disse: “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão.” Lucas 6:38;

Assim, se julgamos necessitar de mais fundos, podemos olhar ao redor em nossos lares e nossas igrejas, nossa vizinhança e nossa comunidade, para ver em que mais podemos ajudar a outros. Descobrir a alegria de servir a outros com desprendimento abre-nos o pensamento para suprimento ilimitado. Começamos a dar mais valor ao bem que vemos nos outros e ao bem que eles estão fazendo. Por exemplo, acaso damos suficiente valor ao trabalho de um praticista, ou será que fazemos desaparecer essa conta no monte de contas não pagas, raciocinando: “O praticista há de compreender. De qualquer maneira, realmente não precisa desse dinheiro.” Talvez não precise. Mas qual é o valor que atribuímos à ajuda e à cura recebidas? O mesmo, por exemplo, que damos ao trabalho de um advogado ou de um encanador?

Estaremos pondo na nossa vida as primeiras coisas em primeiro lugar — o nosso próprio progresso espiritual, a nossa compreensão de que Deus é Tudo-em-tudo, a nossa participação ativa na igreja, o apoio e a assinatura dos periódicos, toda a nossa atitude melhorada para com a própria vida? Se é isso o que estamos fazendo, então estamos adquirindo melhor domínio sobre aquilo que a substância real vem a ser. Não estaremos mais escravizados a dívidas, seja qual for o emprego que ocupamos ou a situação econômica em que estamos. E tal iluminação e compreensão de nossa parte ajudará a destruir a crença universal em dívidas crescentes, não apenas na nossa vida, mas também na vida de outros.

Já não temos de ficar sentados junto ao endividamento e aceitá-lo, do mesmo modo que não temos de ficar sentados com a doença e aceitá-la. Ambos podem ser curados. Temos a promessa bíblica de que o homem tem o direito divino de estar livre de toda escravidão: “O Senhor te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas jamais faltam.” Isaías 58:11. Como podemos estar gratos por ser Deus supremo em todas as fases de nossa vida diária! Sabei que Ele está na vossa vida e que Ele de fato supre “cada uma de vossas necessidades”, com abundância.

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