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A representação natalina

Da edição de dezembro de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


“Imagine só!” A voz de Janice soou com entusiasmo pelo telefone. “Nossa escola dominical vai oferecer uma representação natalina e serei um anjo!”

Janice era minha melhor amiga, mas apesar de eu estar feliz por ela, sentia-me um pouco deixada de lado. Parecia que todos os meus amigos fariam parte de representações natalinas em suas igrejas — uma amiga como Maria, um amigo como um dos magos e ainda outro como pastor.

Eu freqüentava a Escola Dominical da Ciência Cristã, onde não havia nada disso. Eu gostava de tudo o que aprendia nela a respeito de Deus — que Deus não é um ser humano, mas é Espírito infinito; que Deus não está lá longe no céu, mas é Amor sempre presente; que Deus é inteiramente bom e enche todo o espaço. Cada um de Seus filhos é precioso para Deus e nenhum pode estar separado de Seu terno cuidado. E quando escutamos os Seus anjos (Seus pensamentos, assegurando-nos de que todo o poder pertence a Deus) sempre percebemos Sua ajuda.

Eu sabia que todas estas idéias são mais do que pensamentos agradáveis. São verdades poderosas. Elas curam. Fazer uso delas era tão importante que eu jamais as trocaria por nenhuma representação natalina do mundo. No entanto, eu tinha a sensação de que estava perdendo algo.

“Mamãe,” eu disse de repente após desligar o telefone, “por que a Escola Dominical da Ciência Cristã não oferece uma representação natalina? Afinal, o Natal é isto mesmo — o nascimento de Cristo Jesus. Além disso, significaria tanto no Natal. Só o que se faz na Escola Dominical, sempre, é falar.”

Minha mãe não perdeu tempo e me corrigiu de imediato. “Oh, mas é muito mais do que só falar. Trata-se de aprender algo importante! Você está aprendendo a curar.” Ela assegurou-me que eu não podia ser privada de alguma coisa boa ao amar e apoiar minha Escola Dominical, e prometeu-me: “Quando você prestar atenção, e de fato desejar obter um significado mais profundo do Natal, você vai consegui-lo. Espere e verá.”

No domingo seguinte (o primeiro em dezembro), minha professora da Escola Dominical anunciou que em cada domingo daquele mês dedicaríamos algum tempo da aula ao Natal, apreciando sua importância e estudando melhor o seu significado. E pesquisaríamos tudo o que a Sra. Eddy diz sobre o Natal.

No dia seguinte na escola, nossa nova professora perguntou se gostaríamos (em nossa pequena escola do interior) de fazer algo que a escola nunca fizera antes — oferecer uma representação natalina para toda a comunidade. “Sim”, gritamos todos. E então ela nos disse qual era sua idéia: completa com coro, a cena da manjedoura por trás de uma fina gaze, e o diálogo — os primeiros vinte versículos do segundo capítulo de S. Lucas na Bíblia. E imaginem só! Fui escolhida para ser um dos anjos. Mal podia esperar até chegar em casa e telefonar à Janice para contar: “Também vou ser um anjo!”

Como trabalhamos duro para aquela representação! Na noite da apresentação, todos havíamos decorado Lucas 2:1–20. Nossa peça terminava com Maria, José, os magos, os pastores e os anjos ao lado da manjedoura, no estábulo sob a estrela de Belém. O narrador finalizava com: “Voltaram então os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado.”  Lucas 2:20;

Naquela semana, na Escola Dominical recitei orgulhosamente todos os vinte versículos — a história completa do Natal — como consta no Evangelho segundo Lucas. Mas a lição bíblica daquela semana, no Livrete Trimestral da Ciência Cristã, incluía mais este versículo: “Crescia o menino e se fortalecia, enchendose de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.”  v. 40; A professora elogiou-me por eu saber quase toda a história do Natal. Então ela mostrou a importância de se ir além da história da manjedoura e obter o verdadeiro significado do Natal. Mais importante ainda do que seu nascimento, disse ela, era que Jesus crescia continuamente em sua compreensão do Cristo, sua verdadeira identidade como Filho de Deus. Foi este crescimento espiritual que o capacitou a realizar sua missão — revelar a natureza de Deus e o amor de Deus por nós.

Então nossa professora da Escola Dominical continuou e con- tou-nos que assim como os magos e os pastores, também nós contávamos com uma criança para valorizar e amar. E citou estas palavras da Sra. Eddy: “A idéia divina assume, em diferentes épocas, diferentes formas, segundo a necessidade da humanidade. Nesta época ela assume, de maneira mais inteligente do que nunca, a forma da cura cristã. Esta é a criancinha que precisamos acalentar.” Miscellaneous Writings, p. 370; Debatemos como cada um de nós poderia acalentar esta criança, estando cônscios de que a cura é algo natural, o efeito lógico de se reconhecer a Verdade; aguardando a cura para nós mesmos e para o mundo; não aceitando os problemas como se fizessem parte de nós, mas resolvendo-os pelo amor e o reconhecimento do fato de que Deus, o bem, é Tudo e confiando nesse fato; e repartindo com os outros o que aprendemos do Cristo, a Verdade.

Na semana anterior ao Natal, meu tema para a Escola Dominical foi ler o artigo “What Christmas Means to Me” (O que o Natal significa para mim) de autoria da Sra. Eddy. Ela escreve: “Celebro o Natal com minha alma, meu sentido espiritual, e assim comemoro a entrada, na compreensão humana, do Cristo concebido pelo Espírito, por Deus, e não por uma mulher — como o nascimento da Verdade, a aurora do Amor divino a romper as trevas da matéria e do mal com a glória do ser infinito.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 262.

O nascimento da Verdade em nosso próprio pensamento! A aurora do Amor a destruir o mal! Quanta coisa para comemorar, pois em cada dia, no mundo inteiro, esta idéia crística nasce no pensamento das pessoas para curar o pecado, a doença e a morte.

Aprendi muito naquele Natal. A representação na escola foi divertida, mas minha mãe tinha razão. Eu desejava obter um significado mais profundo do Natal, e, por meio do importante aprendizado na Escola Dominical, eu o recebi. E ainda o estou recebendo, porquanto a criancinha, a cura cristã, cresce diariamente em minha consciência, e se fortalece, “enchendo-se de sabedoria”, fazendo com que minha vida seja mais feliz e mais útil.

No ano seguinte, o Natal caiu num domingo e Janice pediu para ir à Escola Dominical comigo. Estar aí no dia do Natal tinha um significado muito especial.

[As experiências de curas nos artigos para crianças, bem como para adultos, publicadas no Sentinel e nos Arautos são cuidadosamente verificadas.]

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