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A forma e a substância no trabalho de igreja

Da edição de março de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


A Ciência Cristã
Christian Science (kris’tiann sai’ennss) é incomparável.

Sua igreja, sua organização, tudo é incomparável.

Sua base e finalidade são espiritualmente científicas e permanecem por si mesmas.

O ideal seria que os cultos, as reuniões e as demais atividades da Ciência Cristã tivessem uma base tão espiritualizada que a Igreja, a divina idéia de Deus, se tornasse cada vez mais evidente — ou, digamos, que a cortina do sentido pessoal, material, fosse descerrada a ponto de deixar que por ela penetrasse a luz sanadora e natural da Verdade e do Amor. Na medida em que os membros das Igrejas de Cristo, Cientistas, perceberem e aceitarem essa função essencial da Igreja, suas atividades não estarão sujeitas a tomar caminhos errados. Não correrão o risco de se enrolarem nas formas da organização a ponto de possuírem apenas um sentido indistinto de qual é a substância genuína da Igreja.

Mary Baker Eddy deu-nos a Ciência da Verdade e do Amor. Deu-nos uma religião divinamente científica. Embora usemos algumas formas religiosas tradicionais — temos hinos, comumente nossos prédios de igreja são convencionais, etc. — em essência, a Ciência Cristã e a igreja são singularmente distintas. “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”  Mateus 18:20;, disse Cristo Jesus.

Nossa igreja não é uma comunidade composta principalmente de freqüentadores de igreja dotados humanamente de mentalidade semelhante, mas é uma comunidade formada de pessoas que se esforçam por aceitar a Mente de Cristo como sua Mente e que procuram expressar essa Mente na vida diária. É uma comunidade composta de indivíduos que sustentam a Igreja (a inicial maiúscula tem importância), em vez de serem meros freqüentadores de igreja. É composta de uma família integrada por aqueles que reconhecem ser a Igreja, fundamentalmente, a manifestação do Amor divino, da Verdade e da Vida. A substancialidade de uma igreja filial é medida pelo grau em que essa manifestação ocorre. E a substancialidade espiritual da igreja está em conexão direta com o grau de cura que lhe é associado.

“Afinal, que é o trabalho de igreja?” podemos perguntar. A Sra. Eddy, nossa Líder e a Fundadora da Igreja de Cristo, Cientista, faz implicitamente distinção entre a forma e a substância do que estamos realizando, ao escrever em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Nosso Mestre não ensinou mera teoria, doutrina ou crença. Foi o Princípio divino de todo ser real que ele ensinou e praticou. O cristianismo do qual deu prova, não foi uma forma ou um sistema de religião e de adoração, mas sim a Ciência Cristã, que elabora a harmonia da Vida e do Amor.” Ciência e Saúde, p. 26;

A organização se faz necessária à missão da Ciência Cristã. A Sra. Eddy constatou a veracidade dessa afirmativa no seu tempo, e ela ainda é válida hoje em dia. Entretanto, como nossa Líder torna plenamente claro, as meras formas exteriores de religião ou de organização não consubstanciam a essência de nossos interesses e atividades como membros da igreja. O objeto de nosso interesse é a Ciência Cristã — a revelação e a lei do Amor e da Verdade. Esse interesse traz vida e dinamismo à instituição. Temos igrejas da Ciência Cristã porque o nosso ser real foi percebido nesta era pela Sra. Eddy e, mediante seus escritos, inclusive o Manual de A Igreja Mãe, ele tornou-se universalmente disponível. Não somos membros de igreja apenas para estarmos só religiosamente envolvidos em acontecimentos humanos, em comissões e nas estruturas e nos métodos materiais. Somos membros para que estejamos espiritualmente envolvidos nas verdades divinas e inspirados por elas. Essa é sempre a nossa primeira e maior prioridade. Se adotada, dá força espiritual às nossas igrejas.

Os ensinamentos e as obras de Cristo Jesus deram à religião o seu grande influxo de espiritualidade e cura. E a Sra. Eddy, ao revelar a Ciência do Cristo, deu a Ciência à religião. Hoje, graças à vida e aos ensinamentos de Cristo Jesus e à obra da Sra. Eddy, o conceito de religião ficou plenamente realizado. Na medida em que vemos esses pontos e sua singularidade no que concerne a nossa igreja, já não corremos o risco de passar por alto a verdadeira razão intrínseca do trabalho de igreja. Na seguinte declaração, a Sra. Eddy explica o porquê de toda e qualquer resistência em que possamos tropeçar (mesmo que só no nosso pensamento) para levar avante os encargos da igreja: “A razão humana e a religião chegam lentamente ao reconhecimento dos fatos espirituais, e por isso continuam a apelar para a matéria a fim de remover o erro que só a mente humana criou.” ibid., p. 173;

A razão humana, as aparências humanas e os métodos humanos são de todo deficientes e não oferecem uma base estável em que nossa igreja possa assentar. À medida que vai esmorecendo todo e qualquer sentimento de que a nossa igreja filial não passa de um grupo de pessoas dotadas de mentalidades humanas semelhantes, e que se admite a necessidade de ela ser uma comunidade integrada por pessoas que se interessam pela Ciência Cristã, cessamos de nos voltar à matéria — de confiar nos modos materiais — para fazermos o que é necessário em nossas igrejas.

Ao lado da nota de margem “Missão da Ciência Cristã” nossa Líder diz-nos: “Graças à Ciência Cristã, a religião e a medicina ficam imbuídas de uma natureza e essência mais divinas; novas asas são dadas à fé e à compreensão, e os pensamentos se familiarizam inteligentemente com Deus.” ibid., p. 107. Essa pode ser considerada uma descrição hábil de quais são as atividades da igreja, e do que deve resultar delas: pensamentos que se familiarizem inteligentemente com Deus. Claro está que a missão da Ciência Cristã e a missão de nossa igreja são inseparáveis.

E quais seriam as conseqüências práticas de se depor maior ênfase na substância e menos na forma das atividades de nossa igreja?

Por exemplo, os membros, como um todo, podem estar enfrentando com inteligência o caso — e isso não é nada incomum — de estarem dedicando demasiada atenção, tempo e energia, para manter um edifício de igreja que é por demais velho, grande e mal-projetado para ser o prédio certo que atenda às necessidades presentes e às condições atuais. Com uma consciência cada vez maior da importância espiritual do trabalho de sua igreja, talvez venham a dar-se conta de que não se aliaram, na formação de um quadro social, para se envolver atarefadamente com a preservação e a manutenção de um prédio, mas que se reuniram para glorificar vitalmente a Deus — para ser uma transparência à realidade espiritual, para ser um centro de genuína inspiração e cura, um ponto de referência para os que buscam a Verdade nos dias contemporâneos.

Talvez dêem-se conta de que as atividades de igreja não devem ficar à mercê da preocupação com a organização humana e do prédio que a abriga. Mas devem interessar-se pela missão da Ciência Cristã, de que a religião e a medicina fiquem “imbuídas de uma natureza e essência mais divinas”. E assim desenvolver instalações mais adequadas à igreja.

Maior espiritualidade fará com que a organização seja antes uma bênção do que um fardo. O problema nunca é da organização em si, mas de materialismo, sentido pessoal, conservadorismo mortal e medo que freqüentemente entravam o funcionamento da organização. Os objetivos espirituais e a atividade espiritual precisam ter preponderância no nosso pensamento a respeito da igreja. Quando isso ocorre, essa espiritualização resulta naturalmente em relacionamento organizacional adequado e melhores maneiras de fazer as coisas.

O Cientista Cristão espiritualmente alicerçado — e haverá outro tipo? — enxerga o futuro de nosso movimento e com confiança vê seu crescimento em espiritualidade e em curas, o seu sentido amadurecido de propósito, as suas demonstrações sempre melhores da visão que Mary Baker Eddy tinha do papel que A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, situada em Boston, e suas filiais em todas as partes desempenham no mundo atual, ligadas em comunhão uma a outra por A Igreja Mãe, e circundando o globo.

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