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A LEITURA EM VOZ ALTA

Qualidade variegada

Da edição de março de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã

Christian Science Journal


A Sra. Eddy esperava que um bom leitor lesse em tom de conversação. Na ocasião em que estava procurando alguém para ler sua mensagem dedicatória de 1906, pedia “alguém cuja voz seja ampla, tenha articulação distinta, e cuja ênfase, pausa e tonalidade estejam de acordo com a conversação — com as leis da compreensão do assunto, tornando-o claro para o ouvinte” Christian Science Sentinel, 5 de outubro de 1946..

Quando trocamos idéias, sentimentos, observações e opiniões com outras pessoas, nossa fala é caracterizada por aceleração e desaceleração, sonoridade e maciez — numa forma de certo modo direta, cada idéia com suas características. Uma boa conversação inclui espontaneidade, uma sensação de “acaba de me ocorrer...”. Um interlocutor responde a outro, e há uma variação natural no ritmo da fala, conforme os pensamentos vêm à mente. A conversação é quase sempre animada; compomos a frase e damos a ênfase espontaneamente a fim de realçar o que estamos dizendo.

Há, por certo, diferença entre a comunicação com dois ou três ouvintes ou com vinte, cinqüenta, cem, ou mais. Para a leitura na igreja queremos um tom de conversação que seja adequado para encher um grande espaço. Deveria contar com todos os elementos de uma boa conversação, adicionada, porém, de mais dignidade, sendo um pouco mais eloquente e mais vigorosa.

Praticamente da mesma forma, poderíamos mostrar uma foto instantânea a duas ou três pessoas, as quais poderiam ver todos os detalhes; mas a fotografia deveria ser ampliada se quiséssemos que cem pessoas distingüissem aqueles detalhes. O mesmo se dá ao lermos ou falarmos em público, quanto maior a audiência, maior a ampliação.

Quanto maior a audiência, tanto mais clara deve ser a articulação dos sons. Naturalmente, a articulação não deveria chamar a atenção por si mesma, ao ser demasiado precisa ou dramática; não obstante, uma fala inintelegível, descuidada, também não seria apropriada.

Para falar em tom de conversação, existem vários níveis. Você diria “Estou indo para a loja” provavelmente em tom casual, afirmando um fato. Entretanto, se dissesse: “Hoje é um dia muito especial, o dia mais emocionante da minha vida”, estaria mais animado e mostraria maior sentimento e envolvimento. Se estivesse repleto de inspiração e gratidão a Deus, devido a uma cura completa, você diria: “Deus é minha Vida” com reverência e profundidade de sentimento — ainda outro grau de intensidade diferente.

De forma parecida, nossa leitura precisa apresentar diferentes graus de envolvimento e intensidade. As narrativas bíblicas, as proclamações, as exposições, as cartas, as orações, todas requerem diferentes abordagens mentais, as quais resultam em diferentes respostas vocais. Variamos a tonalidade, o andamento, a ênfase, a modulação, o volume, e assim por diante, para partilhar a mensagem pretendida.

Como leitores, não devemos dramatizar a experiência, isto é, não nos tornamos nos personagens bíblicos. Mas sim, devemos emprestar à leitura uma nova criação dos pensamentos do escritor. Na medida em que valorizamos esses pensamentos e os fazemos nossos, partilhamos o significado, tanto o conteúdo emocional como o lógico; de outra forma, a leitura seria fria e sem vida. Por exemplo, se estivermos lendo um salmo louvando a Deus, nossa voz refletirá alegria. Se estivermos lendo os acontecimentos que levaram à crucificação, nossa voz refletirá o profundo significado desses eventos. Nossa voz corresponderá naturalmente, de forma parecida, se estivermos falando em qualquer experiência feliz ou comovente.

Um bom teste para a leitura eficaz em voz alta, é ouvir o que nós mesmos lemos e fazer estas perguntas: Saberia o ouvinte se estou lendo ou falando? Deveria soar da mesma forma. Minha leitura é espontânea? O tom de conversação está suficientemente ampliado para alcançar a audiência toda?

[Publicado em inglês no Christian Science Journal, ]

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