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Será que mais dinheiro resolve mesmo?

Da edição de março de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


O dinheiro é mero elemento de troca e não substância verdadeira. O suprimento que procede de Deus não está no dinheiro, tal como a música não está no instrumento musical. Sujeito a drásticas flutuações em seu valor, o dinheiro não significa suprimento nem segurança. Não é poder verdadeiro, embora com freqüência permitamos que nossa vida seja governada por ele. Materialidade implica sempre num conceito limitado de suprimento.

Como jovens pais, meu marido e eu tínhamos prazer em brindar nossos filhos com toda e qualquer coisa que aparecia no mercado. Ao mesmo tempo ficávamos atônitos porque pareciam escassos os fundos para adquirir gêneros de primeira necessidade. Em vez de maior quantidade de dinheiro precisávamos de maior sabedoria, domínio, eficiência e — acima de tudo — de um melhor conceito de valores.

No que estávamos depondo os nossos valores? Ensinar um filho a confiar em maior quantidade de matéria para ser feliz não é mera futilidade, é algo pior, não é mesmo? Pode o dinheiro ser a fonte real de deleite quando o amor ao dinheiro promove a ganância, a autocomplacência e a inveja? Será que o constante anseio por mais dinheiro não frustra a satisfação?

Toda a família começou a expressar mais e a gastar menos. “[De] Teu prazer [ó Deus] nós partilhamos” Hinário, n° 58; era uma mensagem do Hinário da Ciência Cristã em que de fato podíamos confiar. A fonte de toda felicidade é divina. A felicidade, portanto, não fica intensificada nem desgastada pela matéria. Quando compreendemos que Deus é a fonte infinita e sempre presente de todo bem, e que em nosso domínio derivado de Deus está incluído o domínio sobre as limitações inerentes ao dinheiro, é-nos possível inverter a crença de que o dinheiro em si mesmo e de si mesmo possa aumentar, controlar ou limitar nossa atividade.

Deus atende à necessidade humana e não à complacência humana. Em nosso caso, identificamos uma fase da complacência na aquisição voluntariosa de coisas desnecessárias. Para reformular nossa maneira de ser precisávamos de um orçamento que ajudasse a autodisciplina a que havíamos resistido. Confiando em Deus para que nos orientasse, adquirimos melhor sentido de proporções.

O fato de que Deus atende às nossas necessidades não deve promover a extravagância nem o desperdício — quer de energia, tempo ou recursos. É sempre necessária a eficiência. Sabedoria e ordem ao lidar com nossos recursos financeiros fazem parte essencial da boa economia.

Precisamos compreender que só estamos sob a influência do governo da Mente. O homem não é um mortal vulnerável acorrentado a falsos prazeres ou a gastos impulsivos. A Mente infinita é a inteligência do homem, e podemos provar que esta inteligência não se acha ausente, mesmo quando estamos numa maratona de compras.

O esforço que a humanidade faz por aparentar maior afluência, e seu anseio por ela — um carro, uma conta bancária, uma casa que impressione — podem ser sintomas do pensar materialista inflado e de um conceito errôneo de progresso. Quando acumular objetos materiais já não domina o nosso pensamento, começamos a aprender que maior quantidade de matéria não resolve.

O que sabemos a respeito da Mente divina nos pertence. Os recursos infinitos da Mente não são algo que temos de esperar, agarrar, acumular e de que inevitavelmente viremos a ficar em falta. Esses recursos estão sempre presentes e são inexauríveis.

O maná que alimentou os filhos de Israel no deserto não podia ser acumulado. Quando algumas pessoas temerosas tentaram acumular sua abundância, o maná extra deteriorou-se. Duvidavam elas do sustento contínuo do Amor? “Não sobejava ao que colhera muito, nem faltava ao que colhera pouco.”  Êxodo 16:18; Há uma diferença entre provisão sábia para nós mesmos e a ênfase no mero amealhar de riqueza material.

Uma idéia é una com sua fonte. A idéia de Deus, o homem, criada para expressá-Lo, é sustentada dentro da infinidade de Sua substância. A inteireza da criação mantém-se por si mesma. A Vida divina, a única fonte da verdadeira riqueza do homem, implica abundância. “A criação está sempre se manifestando”, escreve a Sra. Eddy, “e tem de continuar a manifestar-se eternamente, por causa da natureza de sua fonte inesgotável.” Ciência e Saúde, p. 507;

Cristo Jesus provou que a oferta bastava, igualando sempre a procura. Cinco pães e dois peixes deram como resultado o alimento de cerca de cinco mil pessoas. “A minha graça te basta”  2 Cor. 12:9;, escreve 3. Paulo. A gratidão, unida ao entendimento esplritual, alimentou e ainda pode alimentar multidões.

O poder do Amor é demonstrado no encontro entre o divino e o humano onde houver necessidade. Como uma idéia inseparável dessa fonte divina, o homem não pode deixar de usufruir da bondade imutável e ilimitável de Deus; e a compreensão disso aparece humanamente como a coisa certa no momento exato — nem cedo demais nem tarde demais, nem em demasia nem em insuficiência.

O homem existe em união espiritual com seu Pai, como filho e herdeiro legítimo de tudo quanto Deus dá. Como expressão infinita da Vida divina, não conhece carência, privação ou diminuição. A abundância infinita e onipresente de Deus se faz a abastança constante do homem, e pelo progresso espiritual podemos perceber tal fartura.

A Bíblia diz-nos: “Confia no Senhor e faze o bem; assim habitarás na terra e verdadeiramente serás alimentado.”  Salmos 37:3 (conforme a versão King James). Confiar em Deus e fazer o bem certamente nos eleva acima do nível mental em que as limitações monetárias se avolumam. Ao deixarmos de lado as restrições enganadoras da matéria e suas exigências incessantes, e captarmos melhor compreensão de Deus e dos nossos recursos espirituais, veremos que esta visão mais elevada resolve mesmo.

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