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Está tudo na Mente

Da edição de julho de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


Está tudo na Mente, Deus.

Sim, há uma Mente só e tudo o que realmente existe está nesta Mente e dela procede. E como esta Mente é Espírito puro, e totalmente boa, segue-se que qualquer outra sugestão de inteligência ou poder, tal como nos é apresentada pela mente humana mortal, não é válida. A mente humana está sujeita a impulsos bons ou maus, desempenho brilhante ou medíocre, desenvolvimento físico ou deterioração. A Mente divina, por sua vez, não produz efeitos variáveis, nem tampouco inclui qualquer elemento que pertença condições condições terrenas.

A Mente existe; e porque a Mente existe, o homem existe, e o universo existe. E nada que esteja fora desse infinito Tudo é real; e como idéias da Mente temos conhecimento apenas da totalidade da Mente. Precisamos nos identificar com essa verdade e não permitir que velhos hábitos mentais obscureçam a transparência do cristal.

Em determinada época eu tinha por hábito, ao defrontar-me com um desafio, reconhecer que o erro não tinha realidade afora em minha própria mente, que tudo existia somente em meu próprio pensamento, porque não havia outro lugar em que pudesse existir. Para mim, Cientista Cristã inexperiente, tal raciocínio parecia muito bom. E realmente era, até onde chegava. Descobri, porém, que não ia muito longe — isto é, não era suficientemente profundo para estabelecer a verdade da situação.

Certamente que é melhor argumentar seguindo aquela linha de pensamento do que aceitar um mal físico — ou qualquer outro problema — como real. Reconhecer o pecado, a escassez — o mal de qualquer espécie — como um conceito mental é pelo menos uma atitude mais iluminada do que aceitar sua aparência persuasiva como verdadeira.

Afinal, a que estamos nos referindo quando admitimos que, em última instância, tudo está na mente? Que mente? Há na realidade só uma, a Mente divina, Deus — onipresente, onipotente, Tudo. Na Verdade absoluta não há mente mortal onde algo possa estar.

Estaremos, portanto, deduzindo que a doença, o desemprego, os efeitos de acidentes, a decadência moral, na realidade existem, mesmo que seja como resultado do pensamento da mente mortal? Se assim for, estaremos aceitando a validade do erro enquanto aceitarmos a mente mortal como um suposto poder autônomo.

Se examinarmos com mais profundidade a expressão “tudo está na mente”, veremos que está incompleta. A mente mortal, o pensamento material e o testemunho dos sentidos são uma só e a mesma coisa: irreais e não reconhecidos por Deus; não há lugar em nenhuma destas sugestões onde a falsidade possa criar raízes e estabelecer-se. Segue-se, então, que, pelo fato de uma determinada manifestação do mal não poder existir na mente mortal inexistente, também não pode se expressar pela matéria inanimada, que supostamente é o quadro exteriorizado do pensamento mortal.

Então, onde existe a manifestação do mal?

Para aqueles que se defrontam com a angústia do sofrimento humano, o erro ou a doença têm toda a aparência de realidade. Como devemos, então, lidar com aquilo que nunca é verdadeiro, mas que causa tamanho sofrimento à humanidade? Em primeiro lugar, podemos concordar que tudo na realidade existe na Mente, na Mente divina, a única Mente que há. A partir daí podemos afirmar que essa totalidade, que é a Mente infinita, não inclui nenhum elemento do mal, nenhuma sensação de erro, nenhum traço de matéria, porque a Mente é Deus, e Deus é outro nome para o bem. Deus é também Espírito, e assim podemos declarar que tudo o que realmente existe emana do Espírito, é totalmente espiritual, eterno, e é tão perfeito como a fonte de onde se origina. Nada existe fora da totalidade que é Deus e Sua autoexpressão.

Ao corrigirmos e expandirmos, dessa maneira, o nosso raciocínio, chegamos a afirmações da verdade; e à medida que compreendemos a Verdade, vemos aproximar-se a iluminação espiritual, seguida da cura. A Sra. Eddy escreve: “A Ciência Cristã é absoluta; não está nem aquém do ponto da perfeição nem está avançando em sua direção; encontra-se neste ponto e a partir dele precisa ser praticada.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 242;

Qualquer coisa que for estranha a Deus, o criador de tudo o que existe, só pode surgir da crença em mais de uma Mente — não na mente pessoal propriamente dita, pois esta tem apenas uma existência hipotética. E a crença em tal mente é eliminada pela compreensão individual de que a única Mente que qualquer um de nós tem é Deus. Aquilo que parece ser uma mentalidade mortal não tem nem realidade, nem a capacidade de manter qualquer coisa em si mesma, nem mesmo um conceito material errôneo.

Na verdade, tudo existe na Mente, mas este tudo não inclui nada que possa pecar, sofrer ou morrer. Quando dizemos que “tudo está no pensamento”, precisamos completar a idéia com a clara compreensão de que esta afirmação significa que o erro na realidade não se encontra em nenhum lugar, não havendo, portanto, realidade em nenhum pensamento que não se origine em Deus, a Mente única.

É-nos útil relembrar que o homem não é uma entidade que luta para alinhar com uma inteligência super-humana os seus próprios processos mentais limitados. Ele não se constitui num ser humano cujos pensamentos contêm toda espécie de erro, que poderá, ou não, ser manifestado em seu corpo físico. O homem é a expressão ativa e imortal da Mente onipotente, refletindo a inteligência suprema, que está consciente da totalidade de Deus, o bem, e de nada mais. Ele nunca pode estar separado desse conceito espiritual e completo acerca de si mesmo.

Emanando de Deus como idéia e refletindo todas as qualidades e os elementos de seu criador, o homem incorpora espiritualmente tudo o que Deus é. “O reino de Deus está dentro em vós” Lucas 17:21., disse Cristo Jesus aos fariseus, e está claro que nenhuma personalidade humana, nem tampouco um corpo mortal, poderia conter tão vasto e ilimitado domínio. Só no verdadeiro ser do homem, na semelhança de Deus, está presente o reino de Deus. Nessa realidade do ser não há qualquer espécie de identidade mortal, nem crença mortal — nem mesmo sob a forma de ilusão nebulosa.

Em minha própria experiência constatei que trocar a afirmação superficial de que “tudo está na mente” pela compreensão da verdade de que tudo está na Mente, provou ser uma fonte contínua de desenvolvimento espiritual. Nunca mais tentei a cura pela mera e simples rejeição de uma aparência maligna ou de uma sugestão como se existisse apenas na mente — em meu próprio pensamento ou no pensamento de alguma outra pessoa. Posso acrescentar que seguir em frente e afirmar os fatos espirituais trouxe um progresso mais elevado ao cenário humano. Com essa experiência senti como se uma porta, que anteriormente estivesse parcialmente fechada, tivesse sido totalmente aberta.

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