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A certeza de termos o de que necessitamos

Da edição de dezembro de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Podemos estar certos de ter o de que necessitamos. Esta não é uma promessa leviana.

“Não temais, ó pequenino rebanho”, disse Cristo Jesus a seus discípulos (e o Cristo está sempre dizendo-o a cada um de nós); “porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino.” Lucas 12:32.

Enfrentar e superar o medo é um elemento que abre a porta ao de que necessitamos. Cobiça e ambições temerosas por “mais”, resultam em medo, medo do amanhã ou mesmo desta hora. Medo de que se não temos uma montanha, ou mesmo um montículo, de coisas materiais, então talvez nos sintamos infelizes e incompletos.

Um estado perpétuo, ou apenas uma fase transitória, de não termos bastante daquilo de que realmente necessitamos é, na sua raiz, uma expressão, cheia de medo, da crença mortal de que o bem seja finito. É um estado mental mortal em vez de simplesmente ser uma questão financeira. Mas desse fato podemos criar coragem. Podemos sobrepujar tais estados mentais mediante a compreensão e o crescimento espirituais.

A Ciência Cristã não se dedica a abstrações ocas. As verdades da bondade de Deus e da coexistência do homem com Deus melhoram a contextura de nossa vida na medida em que lançam luz no nosso pensamento. Não existe uma só verdade puramente cristã que não se aplique ao estado humano e que não esteja pronta a ajudar-nos e apoiar-nos, e a desfazer as nossas ansiedades. E, quando isso acontece, pagamos nossas contas mais prontamente, ou o que quer que seja. Nossas necessidades humanas serão, de alguma forma, mais amplamente supridas.

Medo envolve a crença de que o homem seja carnal. Vencer esse medo é uma das chaves do reino, ou consciência de todo o bem, a que Jesus se referiu. Necessitamos é de percepção espiritual aliada à disposição de seguirmos para onde essa percepção nos leva; e ela nos levará pelo caminho em que a inveja e a cobiça vão sendo reduzidas; pelo caminho de menos materialismo e mais espiritualidade coerente, de menos egotismo e de mais amor estável. Demonstrar a substância do Espírito mediante a Ciência Cristã não se limita apenas ao ganho de algo. Envolve a perda de algo: a perda do sentido material e vulnerável do ser.

Dizer que precisamos deflacionar nosso medo à inflação não é um trocadilho. Como todos os estados destrutivos, a inflação nunca será vencida se formos meramente motivados pelo medo a ela. Na realidade do ser, tudo é Espírito e espiritual. Compreendendo isto, temos uma arma singular para brandir contra os males econômicos. O Salmista estava convicto da provisão abundante de Deus para nós: “São muitas, Senhor Deus meu, as maravilhas que tens operado, e também os teus desígnios para conosco; ninguém há que se possa igualar contigo. Eu quisera anunciá-los e deles falar, mas são mais do que se pode contar.” Salmos 40:5.

Para extrair o dente da serpente do medo precisamos despertar do mesmerismo. Carência crônica pode ser o resultado do pensamento mesmericamente ligado à matéria, em vez de unido à substância do Espírito. “O sono e o mesmerismo explicam a natureza mítica do sentido material”, nossa Líder, Mary Baker Eddy, diz-nos. Mais adiante ela acrescenta esta ilustração: “Sob a ilusão mesmérica da crença, um homem pensará que se está congelando, ao passo que está com calor, e que está nadando, ao passo que está em terra firme.” Ciência e Saúde, pp. 490–491. Sob a ilusão mesmérica, uma pessoa talvez pense ser um mortal atemorizado e desprovido, em vez de ser a idéia de Deus, o homem muito amado. É nossa consciência da lei e da presença da Mente que arrasa a ilusão mesmérica, e deve estar aliada a uma vida orientada para os valores espirituais e desprendida do sensualismo.

“Viver dentro dos limites de nossas posses” pode, às vezes, parecer uma sábia medida humana. Pode também indicar a necessidade de expressarmos maior pendor espiritual. O pensamento mortal vê o mundo material de insuficiência. Deixa-nos num nível em que retiramos coisas finitas (objetos materiais ou serviços) de um reservatório finito. Contrastando, o Cristo mostra que as idéias espirituais inumeráveis, idéias que são mais do que se pode contar, pertencem à criação verdadeira. Elas têm uma fonte infindável, Deus. Apesar da utilidade humana do dinheiro como veículo de troca, notas de dólar ou de cruzeiro, ou as moedas, não podem medir quanto temos da bondade de Deus a nosso dispor. O dinheiro, podemos dizer, fala apenas aos mortais. Contudo, Deus nos fala, através do Cristo, de Seu amor e substância imutáveis. Nossa demonstração da substância do Amor, da Verdade, num viver de contentamento espiritual (não cheio de si mesmo!) torna mais visível a bondade de Deus aos que nos cercam.

O viver corretamente alicerçado ajuda-nos a ter uma receita adequada. Mas vermo-nos como seres numa boa situação financeira, “considere-se rico e seja rico”, nunca é o caminho que leva ao de que necessitamos. Aquilo de que necessitamos é uma consciência crescente de que o homem e o universo são espirituais, a prova imortal da presença e da substância do Espírito. Essa consciência expulsa as falsas crenças que nos tornam apreensivos, preocupados e frustrados. Desperta-nos da ilusão adâmica de vivermos num “jardim” material, numa existência que é ao mesmo tempo bela e feia, e definitivamente finita. Eleva-nos para fora da ilusão de levarmos uma vida confinada ao que é físico, onde todas as boas coisas “vêm de baixo”, ou da matéria. Cessamos de procurar o de que necessitamos no lugar errado e da maneira errada. O de que necessitamos genuinamente, quer se trate de abrigo, alimento, ou transporte, origina-se realmente no Espírito, o Amor imutável.

É tão essencial vencer o medo para demonstrar a substância como o é para comprovar a verdadeira saúde. A Sra. Eddy escreve: “Não deixes que o medo ou a dúvida obscureçam tua clara compreensão e tua calma confiança de que o reconhecer a vida harmoniosa — como o é eternamente a Vida — pode destruir toda sensação dolorosa daquilo que a Vida não é ou toda crença naquilo que ela não é.” Ibid., p. 495. Carência não redimida é uma sensação dolorosa. Sacudamos de nós esse sentido amedrontado e falso e o parco viver a que ele pode induzir. Podemos desafiar e, pouco a pouco, negar o mesmerismo da mortalidade e encontrar acesso ao amor e à substância do Espírito. Então o rio de nosso viver purifica-se e livra-nos como águas congeladas que na primavera correm livremente.

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