“Declarei, com firmeza, minha semelhança a Deus como Seu reflexo perfeito e deixei de procurar razões para o erro. Na manhã seguinte, ao despertar, estava livre de todos os sintomas e, desde então, tenho me sentido mais forte e mais disposta a cada dia que passa.”
Quão simples parece a cura quando esta ocorre por meio da aplicação franca dos ensinamentos da Ciência Cristã ao nosso pensamento. A autora das frases acima é uma Cientista Cristã experiente. Através dos anos, ela, sem dúvida, pensou longa e profundamente sobre o que significa ser o reflexo perfeito de Deus — filho criado à Sua imagem e mantido, por Sua lei de harmonia, em Sua perfeita semelhança. Ela percebeu, por várias vezes, que podemos esperar curar toda e qualquer discórdia que pareça atormentar nossa vida diária, curá-la por meio de nossa firme aderência aos fatos espirituais do ser como estão delineados na Bíblia e como foram comprovados de modo tão maravilhoso por Cristo Jesus e seus seguidores.
Esses fatos espirituais incluem a verdade de que Deus, o bem, é Tudo-em-tudo e que não há outra substância ou presença. Não há lei alguma governando o universo e o homem, exceto a lei divina da harmonia. Não há poder contrário — nenhum poder mau — que prejudique ou destrua qualquer coisa feita por Deus. A Vida e o Amor expressam-se invariavelmente no homem e nada pode fazer com que o homem decaia do padrão de perfeição ou com que sua saúde e inteireza sejam abaladas. A crença de que exista um poder destrutivo é um erro que é silenciado e eliminado eficazmente pelo reconhecimento do que é verdadeiro.
A eficácia desse método crístico de lidar com a discórdia foi demonstrado pelo apóstolo Paulo quando defrontou-se com o corpo, aparentemente sem vida, do jovem Êutico, após este ter caído do “terceiro andar abaixo”. Paulo disse aos tristonhos espectadores: “Não vos perturbeis, que a vida nele está.” Atos 20:9, 10; O apóstolo estivera discursando longamente e, sem dúvida, estava inspirado pela compreensão do Cristo ressuscitado e de Deus, a Vida divina, como estando sempre presente. Numa ocasião anterior, enquanto pregava em Atenas, ele declarara: “Nele [em Deus] vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração.” 17:28; Paulo estava bem consciente da verdade curativa e lhe era fiel.
Enquanto os outros aceitavam a crença de que Êutico havia morrido porque caíra pesadamente de uma grande altura, a verdade de que esse jovem jamais poderia estar separado de Deus deve ter predominado na consciência de Paulo. Confiando na bondade de Deus de modo tão completo, Paulo não podia admitir nenhuma causa para discórdia, morte ou erro de qualquer espécie. Sua firme aderência ao Cristo, a Verdade, restituiu Êutico à condição normal de vitalidade e atividade.
Referindo-se ao método científico de lidar com casos de acidente, a Descobridora da Ciência Cristã, a Sra. Eddy, salienta em Ciência e Saúde que causamos discórdias físicas ao acreditar e declarar que estamos feridos. Escreve: “Quando acontece um acidente, pensas ou exclamas: ‘Machuquei-me!’ Teu pensamento é mais poderoso do que tuas palavras, mais poderoso do que o próprio acidente, para tornar real o ferimento.” E continua: “Agora inverte o processo. Declara que não te machucaste e compreende a razão disso; verás que os bons efeitos que daí resultam, estarão em exata proporção à tua descrença em relação à física e à tua fidelidade para com a metafísica divina — à tua confiança em que Deus é Tudo, como as Escrituras declaram que Ele é.” Ciência e Saúde, p. 397;
Os mortais estão propensos a tentar justificar as pretensões do mal; a apoiar seu direito de existir, procurando alguma causa aparente para um ferimento ou uma discórdia. Dessa maneira, perpetuam a crença na dor em vez de aniquilá-la. Quando a causa da discórdia não fica logo evidente, os mortais até mesmo dispõem-se a procurá-la — a identificar a “razão” da existência de uma condição física discordante. A Ciência Cristã, porém, insiste em que não há discórdia no universo de Deus e nenhuma causa para qualquer aparência humana de discórdia. Para nosso próprio bem, deveríamos, antes, negar a própria existência da discórdia e da moléstia — negar que estejamos feridos ou doentes ou privados de qualquer coisa boa — e negar que haja alguma razão de sofrermos por qualquer desses erros.
Deveríamos deixar de nos auto-examinarmos com vistas a encontrar causas para a discórdia. Deveríamos acabar com perguntas como: “O que foi que comi para me dar enjôo e me virar o estômago?” A doença não é real. É contrária à lei de Deus. Não tem causa e nenhum curso a seguir. Deus é a causa única e Sua lei garante a paz.
A exposição a uma corrente de ar frio não é razão para sofrer de dor de garganta. A inflamação não provém de Deus e, portanto, não pertence ao homem, que é o reflexo de Deus. A inflamação não é real e devemos recusar-nos a apoiá-la com alegar que tem causa, sabendo, como devemos saber, que Deus, o bem, é o único poder.
Não podemos com razão atribuir a coxeadura ou a morte a uma queda. Nem é possível que o homem, o reflexo de Deus, fique aleijado ou morra. Nenhuma dessas condições tem fundamento ou realidade. Crer que tenham causa é sustentar uma mentira, pois, na verdade, o homem é sempre reto e harmonioso.
Nossa Líder, a Sra. Eddy, escreve: “Vigiai e orai diariamente para que sugestões malignas, sob qualquer disfarce, não criem raízes em vosso pensamento nem dêem fruto. Examinai-vos freqüentemente e vede se ali se encontra qualquer impedimento à Verdade e ao Amor e ‘retende o que é bom’.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, pp. 128–129. Quando deixamos de procurar razões para o erro e, ao revés, declaramos que não estamos feridos e compreendemos “a razão disso”, os sintomas de discórdia física se desvanecem e, inevitavelmente, ocorre a cura.
