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Ouvir espiritualmente — vital para a educação

Da edição de março de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Alguma vez você já desejou lembrar-se de todo o conteúdo de uma conferência sem fazer uso de anotações? Ou dar uma palestra e manter os olhos na platéia — em vez de ficar olhando para os apontamentos a todo instante? Os apontamentos são um instrumento útil, porém o temor de esquecê-los pode escravizar-nos a eles, pode impedir uma cuidadosa escuta que conduz a um nível mais alto de eficácia. Quanto mais escutamos nossos professores e uns aos outros, melhor podemos aprender e melhor elaboraremos respostas precisas.

Existe, porém, um método mais elevado de escutar, que desperta nossa capacidade natural de discernimento. É o método que Cristo Jesus empregava. Ele disse aos judeus: “Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo porque não procuro a minha própria vontade, e, sim, a daquele que me enviou.” João 5:30; Em outra ocasião falou: “Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus.” 6:45; Esta habilidade de escutar a voz de Deus capacitou Jesus a ensinar na sinagoga. Lemos em João: “Então os judeus se maravilhavam e diziam: Como sabe este letras, sem ter estudado?” 7:15;

Quanto mais podemos aprender e compreender durante nossa educação formal se também nos damos conta de que somos “todos ensinados por Deus”.

A Sra. Eddy escreve: “Os exames escolares são unilaterais; não é tanto a instrução acadêmica, senão uma cultura moral e espiritual, que nos eleva mais alto.” Ciência e Saúde, p. 235; E na passagem de Ciência e Saúde intitulada “Tradução Científica da Mente Mortal” ela indica as qualidades morais que fazem a transição de educar a mente mortal para sair de si mesma e alcançar a compreensão espiritual: “Moral: Humanidade, honestidade, afeto, compaixão, esperança, fé, mansidão, temperança.” ibid., p. 115;

Cultivando essas qualidades estaremos mais aptos a escutar e compreender. Por exemplo, se somos honestos, desenvolvemos nossa própria capacidade de colher diretamente pensamentos originais, ao invés de copiá-los de outros, perdendo assim o direito a nossa própria inspiração. Se desenvolvemos afeto por nossos estudos, isso começa a produzir recompensas novas e satisfatórias. Se temos compaixão por nosso próximo, escutamos o que está nos contando e fazemos por ajudá-lo. Nossa mansidão e fé capacitam-nos a estar desejosos de conhecer novos conceitos e saber que eles serão úteis. A temperança, ou moderação nos nossos hábitos de vida mantém-nos despertos e atentos para receber e agir com boas perspectivas e novos conceitos, enquanto que as drogas, inclusive o álcool e os cigarros, amortecem nossos sentidos, especialmente o nosso sentido espiritual. Ao cultivar qualidades morais, tornamo-nos pessoas cada vez mais educadas espiritualmente.

O último grau da tradução científica da mente mortal é a obtenção da compreensão. A Sra. Eddy relaciona estes elementos: “Espiritual: Sabedoria, pureza, compreensão espiritual, poder espiritual, amor, saúde, santidade.” ibid., p. 116.

À medida que praticamos a retidão moral de pensamento e ação, entramos num campo de pensamento mais elevado, que conduz à invenção, excelência artística, retórica brilhante e análise. Mais importante do que isto, chegamos mais perto da compreensão espiritual da natureza verdadeira de todo ser. E não é este o objetivo de toda verdadeira educação?

Conheço um Cientista Cristão treinado nas artes forenses, hábil orador, advogado e professor, que descobriu que podia ir além dos bem-alicerçados fundamentos de sua formação acadêmica, que já se lhe haviam tornado segunda natureza. Antes de proferir uma palestra pública ele pesquisa adequadamente o assunto, mas obtém sua verdadeira perspectiva do tema ao escutar a Mente divina. Então ele focaliza diversos aspectos importantes que deseja enfatizar e profere a palestra sem apontamentos, enquanto fica atento ao que a Mente revela para aquele momento e aquela audiência em especial. Ele tem prazer nisso porque sempre recebe idéias novas e a audiência ouve uma palestra proferida com inspiração renovada.

Conheci outro Cientista Cristão — um engenheiro de aeronáutica que adotou o hábito diário de orar em sua mesa de desenho. Começava agradecendo a Deus pelo Seu cuidado e Sua bondade e reconhecendo seu próprio reflexo da inteligência divina. Então silenciosamente escutava as idéias espirituais, para além dos cálculos matemáticos, que afluíam a seu pensamento. Em diversas ocasiões, conseguiu resolver problemas de engenharia extremamente difíceis, por meio deste método de educação mais elevado.

Houve ocasiões, enquanto estudante, quando depois de fazer cuidadosa pesquisa, eu me voltava de todo coração para escutar a orientação da Mente divina. Atingia aquela altitude de pensamento em que os conceitos com os quais estava trabalhando se dispunham em forma ordenada e satisfatória. Nada pode se comparar à satisfação que senti quando, em certa ocasião, um professor exclamou: “Agora você entende. Você é um verdadeiro crítico literário!”

Após meu primeiro ano na faculdade, decidi colocar minha educação espiritual em primeiro lugar. Tornei-me ativa numa filial da Igreja de Cristo, Cientista, depois de terminar a Escola Dominical e filiei-me à organização da Ciência Cristã numa ótima universidade. Minha carreira acadêmica, inclusive minha capacidade de raciocinar, sintetizar e reter as informações, melhoraram. Como resultado, minha bolsa de estudos foi renovada a cada ano e assim terminei a faculdade sem qualquer dívida. Voltei à universidade alguns anos depois e obtive uma licenciatura e, mais tarde, surgiu a oportunidade de completar o doutorado. Então recebi uma oferta para lecionar numa universidade. Cada passo de progresso seguiu-se ao desejo de escutar a orientação da Mente divina e obedecê-la, e ao esforço para expressar mais inteligência, humildade, altruísmo e consagração. À medida que eu escutava mais a orientação da Mente divina, amplas oportunidades se abriram para ajudar as pessoas espiritualmente. Por meio de meu trabalho conheço alunos que também estão escutando espiritualmente e estão passando por experiências enriquecedoras, obtendo, inclusive, sucesso acadêmico, emprego satisfatório e companheirismo feliz.

Estou convencida de que a boa escolaridade é adquirida por se escutar, não só a fim de entender o que os outros estão pensando, mas para se perceber o que a Mente divina está revelando. Dessa forma, essas pessoas estão adquirindo compreensão espiritual, a mais elevada forma de educação.

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