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Enfrentando a alegação de que “nada está acontecendo”

Da edição de março de 1981 dO Arauto da Ciência Cristã


Esta é a verdade absoluta a respeito da existência: O homem e o universo já estão manifestos agora como o efeito necessário à existência completa da única causa, o Princípio eterno. Portanto, tudo o que necessita acontecer, já aconteceu e está sempre acontecendo, independente do tempo e na eternidade. O ser é desdobramento infindável.

Ora, ao sentido humano, que sempre vê de maneira incompleta a criação perfeita de Deus (se é que a vê), afigura-se de contínuo que algo ainda não aconteceu. Ouvimo-nos dizer: “Orei, voltei-me para a Verdade divina, neguei as crenças errôneas a respeito de Deus e do homem.” Então acrescentamos melancolicamente: “Mas nada está acontecendo.” A Ciência CristãChristian Science (kris´tiann sai´ennss) leva nosso sentido limitado das coisas a ceder à visão espiritual e a perceber o que Deus já fez.

Algo fundamental precisa e pode acontecer. Podemos fazer essa troca essencial: aceitar a vida que provém de Deus, descrer da vida que parece provir da matéria e estar na matéria. Quando, de fato, realizamos tal mudança, então algo inevitavelmente acontece. Cristo Jesus disse ao homem que tinha uma mão mirrada: “Estende a tua mão.” Talvez Jesus estivesse fazendo o homem enfrentar o desafio de que algo tinha de acontecer consigo. No caso da mão, o homem “estendeu-a, e ela ficou sã como a outra” Mateus 12:13;.

Quanto ao argumento de que nada está acontecendo, a que tipo de mentalidade essa alegação se apresenta? Que consciência a entretém? A quem parece que algo de bom não está acontecendo? À consciência divina ou ao pensamento humano não esclarecido? Para a Mente, todo o bem está estabelecido eternamente. A própria conscientização de que tudo o que precisa acontecer já aconteceu, vem a ser uma manifestação da Mente divina.

Às vezes não notamos o que está acontecendo. Temos uma visão vivamente delineada do que deveria acontecer, de acordo com o nosso próprio julgamento. Certa vez eu estava desempregado e ia estudar todos os dias numa Sala de Leitura da Ciência Cristã. Meu objetivo era fazer com que se abrisse, de alguma forma, mediante o uso de Concordâncias no estudo da Bíblia e dos escritos de autoria de Mary Baker Eddy, sim, que surgisse, de alguma forma, uma vaga no emprego que eu procurava encontrar. Fiquei desapontado porque nada acontecia. Eu esperava que esse algo que devia acontecer se manifestasse como uma pessoa vindo ao meu encontro e me oferecendo um emprego atraente. Mas, isso não ocorreu. O que estava acontecendo, porém, é que lá no fundo eu vinha espiritualizando o meu próprio pensamento. Por sua vez, isso me levou a fazer, um pouco mais tarde, o Curso Primário de Ciência Cristã.

Consegui emprego. Não era, porém, o que eu esperava, mas algo estava acontecendo. Aprendi mais a respeito de Deus e da verdadeira identidade do homem, mais do que percebia até então. Se um emprego me tivesse caído do céu, se “algo tivesse acontecido” de acordo com os meus próprios termos, duvido que tivesse sido bom para o meu crescimento em geral.

Algo de bom sempre acontece quando reconhecemos que o ser é realmente a idéia da Verdade. Vemos esse bem, quando olhamos por ele de maneira correta, isto é, quando a procura sensória se subordina à visão espiritual. O problema insolúvel sofre uma guinada, passa a ter solução e é resolvido quando nos identificamos mais com o divino do que com o mortal. Chegamos ao ponto crucial quando reconhecemos que estamos envoltos nas realidades do ser, agora mesmo, e que não somos apenas um ente mortal à procura dessas realidades, na esperança de chegar a concretizá-las num futuro indefinido.

Como uma expressão cultural sua, Isaías preservou-nos esta significativa expressão: “Porque a cama será tão curta que ninguém se poderá estender nela; e o cobertor tão estreito que ninguém se poderá cobrir com ele.” Isaías 28:20; Situação essa com a qual alguns de nós, habituados a acampar, podemos identificar-nos! É também um estado com que se pode identificar quem mantém os pensamentos nos parcos recursos do raciocínio humano. O conceito do ser que não está espiritualmente esclarecido nem se assemelha ao do Cristo, é a base mais restrita na qual curar e ser curado e na qual resolver problemas de relacionamento e outras dificuldades.

Suponhamos que estivemos estudando Ciência Cristã dia e noite, para nos sacudirmos, nos livrarmos das teias de algum problema. E que, aparentemente, nada esteja acontecendo. Se procuramos lançar as raízes do conhecimento espiritual numa consciência humana limitada — em vez de aceitar a consciência divina onisciente como a única consciência verdadeira do homem — nosso pensamento tende a confinar-se qual árvore plantada num vaso demasiado pequeno. Estamos ansiosos por aprender e por ver mais, mas não parecemos ter lugar algum para ir. Mediante nossa admissão irrestrita da verdade absoluta do ser, da totalidade do Amor e da inclusão do homem no Amor agora mesmo, veremos que está acontecendo aquilo que de fato é necessário acontecer.

A Sra. Eddy, nossa Líder, adverte-nos francamente: “O objetivo maldoso do poder mental pervertido, ou magnetismo animal, é paralisar o bem e dar atividade ao mal.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 213; É essencial enfrentar e vencer as pretensões da mente mortal de que estejam acontecendo as coisas erradas. Podemos fazê-lo espiritualizando continuamente o nosso pensamento, reconhecendo os puros fatos a respeito de Deus e do homem. A mente mortal não pode encontrar uma tela escura sobre a qual projetar suas sugestões a menos que lha forneçamos, cerrando as portas do nosso pensamento à verdade espiritual. Os quadros do mal só podem se tornar visíveis numa consciência carente de luz. Quando o nosso pensamento está sendo inundado pela luz do Espírito e da Vida, as projeções da mente mortal ou do magnetismo animal causam pouca ou nenhuma impressão. Diga-se de passagem que mente mortal não é um tipo de consciência, mas um termo útil para designar aquilo que pretende ter mentalidade e vida, mas não tem.

A mente mortal pretenderia paralisar o bem. Suponhamos que você tenha um problema matrimonial e abordou esse problema o melhor que pôde, cientificamente, mas aparentemente não houve nenhuma mudança para melhor. Você pode perguntar-se: “Está acontecendo algo em meu próprio pensamento, ao meu próprio conceito de amor? São minhas afeições genuinamente dinâmicas porque sei que o Amor é Vida? E é o meu amor um poder prático porque sei que o Amor é o Espírito invencível? “O amor não pode ser mera abstração, ou bondade sem atividade e poder” Miscellaneous Writings, p. 250., escreve a Sra. Eddy. O amor precisa fluir e não congelar, precisa estar verdadeiramente acontecendo e afastando tudo o que lhe oponha resistência.

Assim, podemos enfrentar a alegação de que “nada está acontecendo”, ao vermos e vivermos as verdades absolutas do ser. Provamos que tudo o que é bom está acontecendo sempre de modo vívido, pois a Vida divina assim o determinou.

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