A apatia não é solução para o desafio agressivo da pornografia, do incesto, do estupro e de outras formas de abuso sexual. “Arvorai bandeira aos povos” Isaías 62:10., clamou o profeta. A bandeira da pureza e da moralidade precisa ser arvorada por todo cidadão responsável. Individualmente, os cidadãos não devem esperar respostas apenas de governos humanos — embora a batalha contra o mal da pornografia seja, muitas vezes, conscienciosamente travada pelas cortes de justiça e pelos vários departamentos governamentais. O problema fundamental permanece. Até que se perceba que a verdadeira identidade de cada pessoa não é física nem sensual, mas espiritual, e que as pessoas procurem mais o bem-estar da humanidade, ao invés de cuidarem apenas de divertimentos, a pornografia e outras formas de mal continuarão.
Não é nova a preocupação com as questões morais. As cidades de Sodoma e Gomorra foram destruídas devido à imoralidade que nelas reinava. Abraão intercedeu em favor dos justos daquelas cidades, temendo que pudessem ser destruídos junto com os iníquos. “Então disse o Senhor: Se eu achar em Sodoma cinqüenta justos dentro da cidade, pouparei a cidade toda por amor deles.” Mais tarde, isso foi mudado para: “Não a destruirei por amor dos dez.” Gênesis 18:26, 32. Conta-se que a Sra. Eddy teria dito: ”Uma vida ou uma nação é salva, na proporção da pureza que predomina dentro dela, do seu patriotismo, ou de outros motivos justos; e esse é o significado espiritual íntimo da história do pedido que Abraão fez a Deus. Se a cidade de Sodoma tivesse tido valor moral suficiente, teria sido salva, e não de outra forma.” Irving C. Tomlinson, Twelve Years with Mary Baker Eddy (Boston: A Sociedade Editora da Ciência Cristã, 1966), p. 85.
Identificação científica — aceitação irrestrita da definição espiritual de homem e mulher, ao invés da definição material — é a defesa mais segura contra escravidão sensual. Assim como o ouro puro não pode ser imantado, assim a individualidade imortal do homem não pode ser arrastada para o que é material e impuro. Não existe força ignóbil e indigna a atrair o homem real. A única força que age sobre ele é sua união com Deus, com o que é puro e bom. “Nada disponhais para a carne, no tocante às suas concupiscências” Romanos 13:14., disse Paulo.
Cristo Jesus era exemplo do poder da pureza. A Sra. Eddy escreve: “Sua espiritualidade separava-o do sensualismo e fazia com que o materialista egoísta o odiasse; era essa espiritualidade, porém, que habilitava Jesus a curar os doentes, a expulsar o mal e a ressuscitar os mortos.” Ciência e Saúde, p. 51.
A palavra pornografia vem do grego, significando “escrever sobre prostitutas”. Seu intento é excitar as propensões mais baixas. A mensagem do Cristo é: “Acalma-te, emudece!” (Marcos 4:39.) A ação do Cristo em purificar a consciência e regenerar vidas é primordial na Ciência Cristã. Quem hoje quiser ajudar a humanidade a superar os seus problemas terá a responsabilidade de arvorar a bandeira da pureza. Todo pensamento correto, toda oração sincera, toda atitude moral, toda vida pura, tem seu efeito em favor do bem universal.
A condescendência com o gosto pornográfico é, as vezes, retratada como parte normal da vida particular. Mas sobre o que é construída essa condescendência? Traz ela progresso? É evidente que pensamentos ocupados em fantasias sexuais e em prazeres sensórios não são o tipo adequado a curar a humanidade e a elevá-la a novas altitudes de realizações.
Por outro lado, partindo da base de que há uma Mente só, um só Deus, e que essa Mente é pura, santa, inviolável, o pensador tem a possibilidade de voltar-se com segurança para o governo divino, em busca de solução para todos os problemas estarrecedores do dia a dia. Nossa Líder, a Sra. Eddy, declara: “A Mente imortal é Deus; e essa Mente se manifesta em todos os pensamentos e desejos que atraem a humanidade para a pureza, a saúde, a santidade e os fatos espirituais do ser.” Miscellaneous Writings, p. 37. A pornografia haverá de diminuir, na medida em que levarmos cada um de nossos pensamentos a colocar-se ao lado de Deus.
