Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Traga para a igreja a criança que você é

Da edição de outubro de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


Como tive a oportunidade de viajar por muitos países, compareci a cultos em igrejas, sociedades e grupos da Ciência Cristã, na maioria dos continentes. Fiquei surpresa ao constatar que, de modo geral, os grupos menores pareciam-me ser aqueles que expressavam um conceito mais elevado de igreja. Quis saber por que seria.

Quais eram algumas das qualidades desses grupos pequenos? Minha lista incluía afeição calorosa; alegria profunda; grande vitalidade em realizar qualquer trabalho de igreja; a comunicação espontânea, carinhosa, entre um membro e outro; e a expectativa natural do bem. Vi essas qualidades brilhando nos Leitores, nos indicadores e membros. Tanto entusiasmo!

Ao repassar a lista, constatei que a maioria dessas qualidades podia ser relacionada com qualidades infantis. Era a característica infantil o que não se exprimia tão abertamente — assim me pareceu — em igrejas e sociedades maiores. Vieram-me, então, à lembrança as palavras de Cristo Jesus: “Se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.” Mateus 18:3.

Também me lembrei do que a Sra. Eddy diz em Ciência e Saúde sobre a educação das crianças: “Deve-se permitir que as crianças permaneçam como tais nos seus conhecimentos e que se tornem homens e mulheres só pelo desenvolvimento na compreensão da natureza superior do homem.” Ciência e Saúde, p. 62. Acaso isso não poderia aplicar-se aos nossos grupos, sociedades e igrejas? Certamente, estes são capazes de alcançar a maturidade sem perder suas qualidades infantis.

É evidente que aquilo que uma igreja expressa só poderá ser manifestado por meio de seus membros. E isso nos traz aos motivos por que freqüentamos a igreja. Por que é que vamos lá? Será que só vamos para achar a solução dos nossos problemas? Nesse caso, ficaremos tão preocupados em conseguir uma resposta que não nos aperceberemos das necessidades de outros. Ou, sem tê-lo percebido, acaso estaremos considerando a igreja como um lugar para encontrar amigos queridos? Se assim for, sentir-nos-emos tão felizes em conversar com os membros da nossa igreja, não só antes mas também depois do culto, que talvez não percebamos o visitante que vem pela primeira vez, o qual se sente solitário e ignorado entre esse grupo feliz, porém fechado. Acaso não precisamos dizer a ele que sua visita é bem-vinda e apreciada?

De que modo pode uma igreja expressar em maior proporção as qualidades infantis? Quando cada membro traz consigo, para o culto, a criança-que-ele-é, e deixa que suas qualidades infantis se expressem na igreja.

É óbvio que não podemos levar essa “criança” para a igreja aos domingos e às quarta-feiras, se esquecemos dela durante o resto da semana. E também não precisamos criar a criança em nossa consciência; ela já está aí. Qualidades infantis estão inerentes na identidade espiritual. E, assim como acontece com qualquer outra qualidade espiritual, as qualidades infantis não são passivas, estão em ação permanente, expressando-se constantemente. Precisamos nos aperceber dessas qualidades e permitir que apareçam na nossa vivência.

Isso pode ser feito diariamente. De manhã cedo, podemos estabelecer nossas metas. Podemos decidir, por exemplo, que hoje expressaremos mais alegria — alegria que não depende de condições exteriores, mas simplesmente do fato de que Deus nos ama e de que, como Seus filhos amados, somos capazes de expressar Seu amor. Ou, talvez, nossa meta de hoje consista em expressar maior expectativa do bem enquanto estivermos a caminho do trabalho; ou estivermos no escritório; enquanto estivermos caminhando na rua; e depois, quando estivermos de volta a casa. O bem espiritual infinito constitui o ser verdadeiro do homem, o qual é nosso ser real, bem como o de outros. Abriremos nossa visão e nosso coração a esse ser verdadeiro. Então, quando chegar o domingo ou a quarta-feira, a criança-que-existe-em-nós estará preparada para assistir ao culto, trazendo para ele o amor puro que enaltece o pensamento e cura.

O sorriso carinhoso dos Leitores; a alegria dos indicadores ao dar as boas-vindas a todas as pessoas na congregação; a expectativa dos membros de que o bem certamente se manifestará e a convicção profunda de que o culto da Ciência Cristã cura; numerosos testemunhos espontâneos de gratidão; as boas-vindas carinhosas, discretas, com que são recebidos os que comparecem pela primeira vez — tudo isso irradiará alegria pura. E é isso o que a Sra. Eddy esperava de todo membro da igreja. Nossa Líder diz em Ciência e Saúde: “Nossa igreja está construída sobre o Princípio divino, o Amor. Só nos podemos unir a essa igreja à medida que nascemos de novo do Espírito e alcançamos a Vida que é a Verdade e a Verdade que é a Vida, produzindo os frutos do Amor — expulsando o erro e curando os doentes.” Ibid., p. 35. O resultado de trazer para os cultos nossas qualidades infantis se verá em orações enaltecedoras e inspiradoras para a congregação. Tais orações despertam e curam.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / outubro de 1982

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.