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Conquanto eu tivesse freqüentado a Escola Dominical da Ciência Cristã*...

Da edição de novembro de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


Conquanto eu tivesse freqüentado a Escola Dominical da Ciência CristãChristian Science (kris´tiann sai´ennss) nos anos de crescimento, perdi o interesse por seus ensinamentos na adolescência. Não foi senão após a Segunda Guerra Mundial, enquanto trabalhava em meio à falência física e moral da Europa do após guerra, que comecei a procurar respostas às perguntas com que me debatia. Explorei muitos caminhos que, ao final, se revelaram insatisfatórios. Então, por fim, quando de licença na Inglaterra, fui ver um praticista da Ciência Cristã. O que este me disse era simples, mas convincente. Comecei a estudar outra vez esta Ciência, não com o sentimento de haver desperdiçado anos, antes com a verdade que este versículo bíblico manifesta (Jeremias 31:33): “Na mente lhes imprimirei as minhas leis.” Pela primeira vez apreciei o fato de que meu contato inicial com este sistema de cura tinha realmente me impedido de aceitar qualquer outro ensinamento.

Pouco depois, fui levado a um hospital militar na Alemanha por estar sofrendo de difteria. Telegrafaram a meus pais dizendo que eu me encontrava na lista dos doentes em perigo, e mandei um telegrama ao praticista que eu havia originalmente contatado na Inglaterra, pedindo sua ajuda. Na manhã seguinte, quando os testes da doença deram resultado negativo, o pessoal do hospital reconheceu, de bom grado, a eficácia da Ciência Cristã na realização dessa cura.

Nos anos que se seguiram, primeiro no Exército e no Serviço de Inteligência, e, mais tarde, no comércio internacional, constatei ser esta Ciência a resposta às minhas próprias necessidades e às de outros. Presenciei casos de cura de doenças, de ossos fraturados, problemas financeiros e uma miríade de pequenas coisas que foram corrigidas.

Houve, faz poucos anos, um caso que se destacou. Viajava eu de automóvel para Londres certa tarde, pensando num problema de negócios que precisava ser resolvido. A certa altura, devo ter ido para o lado oposto da estrada, pois tudo o de que me recordo é que houve dois choques: o primeiro ao abalroar e demolir um automóvel parado, e o segundo ao bater contra uma árvore, a qual demoliu o meu próprio carro.

Depois de conseguir sair dos destroços, algumas pessoas gentis me levaram a sua casa. Eu tinha uma série de ferimentos, inclusive alguns cortes profundos no rosto, por isso foi chamada uma ambulância. Quando esta chegou, me foi dito que cada um dos cortes precisaria de muitos pontos. Agradeci, mas disse que preferia ir para casa por minha própria conta. E assim o fiz, mas nas três horas que se seguiram não consegui entrar em contato com alguém que pudesse vir e ajudar a cuidar de mim. Eu sabia que algo devia ser feito, mas me sentia mal equipado para enfaixar meus próprios ferimentos. Por isso, decidi andar até um hospital das redondezas, pensando em pedir que apenas limpassem o meu rosto e, talvez, me dessem os pontos.

Quando comecei a subir os degraus do hospital, repentinamente me veio o pensamento: Que é que estou fazendo? Tem Deus a capacidade de me curar ou não tem? Voltei para casa e, desta vez, consegui entrar em contato com um praticista. Seguiu-se uma maravilhosa noite. Penso não ter pegado no sono uma só vez; ao invés, pus-me a contemplar simplesmente a noite toda a inteireza do ser espiritual. Até certo ponto, tratava-se de perceber o verdadeiro significado das palavras de Paulo (2 Cor. 5:8): “Estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor.” Vi que o ser real não tem costura nem rasgão — não tem sinal de conserto, porque em verdade nada existe a ser consertado. Compreendi também que o praticista e eu não estávamos orando para restaurar algo que havia saído errado, mas estávamos nos regozijando no fato de que, do ponto de vista da Mente divina, nada havia de fato alguma vez saído mal. Realmente, a criação existe e funciona perfeitamente — agora e sempre.

Pela manhã, o entorse no pulso se normalizou, o pé que na noite anterior apresentava forte descoloração havia reassumido sua tonalidade normal, o grande inchaço num dos joelhos estava diminuindo e os cortes na face começavam a fechar. Durante dois dias, no entanto, senti dor proveniente de algumas costelas machucadas e não conseguia dobrar-me. Mary Baker Eddy escreve (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 120): “... Estará doente um homem, se os sentidos materiais indicam que ele está de boa saúde? Não! pois a matéria não pode impor condições ao homem.” Quando me lembrei disso, fui capaz de abaixar-me e calçar os sapatos. No dia seguinte, caminhei algumas milhas por terreno irregular no País de Gales. Não perdi uma hora de trabalho sequer. Duas semanas mais tarde, meu rosto estava completamente curado e, hoje, não existe nele um traço sequer dessas cicatrizes. Isso contrasta com uma experiência ocorrida alguns anos antes, quando fui levado a um hospital com ferimentos no rosto e recebi pontos. A cura foi rápida, mas aquelas cicatrizes permaneceram.

Há vários anos, tive uma cura que não foi rápida, mas com a qual aprendi muito. Eu havia voltado de uma viagem ao Extremo Oriente e estava sofrendo de úlceras numa das pernas. Por não ser capaz de andar nem de tomar conta de mim mesmo, passei três semanas num Sanatório para Cientistas Cristãos. (Jamais poderei dizer o suficiente quanto ao desvelo com que ali me trataram e quanto ao trabalho que está sendo feito nesses Sanatórios.) Quando saí de lá, as feridas estavam parcialmente fechadas, mas eu só era capaz de andar com a ajuda de uma bengala ou de um aparelho ortopédico sobre o qual me apoiava. Durante uma semana recebi ajuda adicional do serviço de enfermeiros visitadores.

Durante esse tempo pensei muito nas implicações do relato que consta no Novo Testamento sobre o fato de Cristo Jesus ter ido ao encontro de João para se deixar batizar. Conquanto o ministério de Jesus tivesse começado com essa concessão humana, ele terminou com a plena demonstração da inteireza espiritual do verdadeiro ser. Percebi que é a Verdade divina quem diz do Cristo (Mateus 3:17): “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.”

Se isso é verdadeiro, pensei, preciso agir como se o fosse. Era o dia de Ação de Graças, por isso dirigi o carro para a igreja naquela manhã, deixei minha bengala no carro e assisti ao culto. Daí por diante, os sintomas começaram a enfraquecer até que, por fim, desapareceram por completo, deixando-me inteiramente livre e bem.

Recentemente um tipo incomum de desafio forçou-me a ver a verdade desta declaração da Sra. Eddy (Miscellaneous Writings, p. 26): “A única conclusão lógica é que tudo é Mente e sua manifestação, desde a rotação dos mundos no éter mais sutil, até um canteiro de batatas.”

Eu vinha usando certo veneno para dar fim numas macegas, pois estava preparando um pouco de terreno virgem para plantio na primavera. (Esse herbicida é um líquido altamente tóxico que, a cada aplicação, esteriliza o solo por um período de três meses.) Ao anoitecer, certa ocasião, um dos meus familiares regou inadvertidamente com uma lata desse líquido a estufa cheia de mudinhas e plantas de casa. Quando percebemos o que acontecera, os Cientistas Cristãos que estavam hospedados em nossa casa lembraram imediatamente este versículo bíblico de Marcos (16:18): “Se alguma cousa mortífera beberem, não lhes fará mal.”

Nas duas semanas que se seguiram, trabalhei diariamente para ver que o que essa situação aparentava ser não era realmente como de fato se apresentava; que ao invés de plantas materiais estarem expostas a dano num local físico, ali estava simplesmente a presença da Mente que conhece, constitui e socorre suas próprias idéias. Da vez seguinte em que visitei a estufa, constatei que cada uma das plantas estava viçosa.

Sou muito grato por tudo o que estou aprendendo, por aqueles que me ajudaram ao longo do caminho e por compreender que toda circunstância pode ser encarada à luz da sabedoria e da solicitude de Deus. Para mim, porém, a Ciência Cristã é muitíssimo mais do que um meio de resolver problemas, embora os problemas inevitavelmente se desfaçam quando ela é aplicada conscienciosamente e com compreensão. Esta Ciência é antes a revelação de que a Vida, aqui e agora, não é nem nunca está limitada pela mortalidade, mostrando-nos que muito do que nos ensinaram a crer com respeito à vida não passa de um conceito errôneo. O bem é mais do que uma meta; é o fato real do ser neste momento. Por um lado, a Ciência que nossa Líder, a Sra. Eddy, descobriu é a explicação de toda ciência e de acontecimentos universais, históricos, políticos e econômicos; por outro lado, porém, é o poder do bem que atende às mínimas necessidades humanas com uma ternura que levou aqueles que andaram mais perto de Deus a falar nEle como Pai, Mãe e Pastor.


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