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A simplicidade da união do homem com Deus

Da edição de julho de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


Numa de suas cartas à igreja cristã em Coriǹto, o Apóstolo Paulo aconselhou seus irmãos a permanecerem alerta — para que não sejam enganadas e “corrompidas as vossas mentes, e se apartem da simplicidade e pureza devidas a Cristo” 2 Cor. 11:3..

O Cristo não é complicado. Jesus provou-o. E compreender a verdade retilínea da união do homem com Deus — a divina filiação que é o direito inato do homem — pode nos livrar de complexidades e confusões na existência humana.

O emaranhado de opiniões, motivos e crenças conflitantes, e os estilos de vida que não satisfazem, tão comuns hoje em dia, resultam primariamente de um ponto de vista dualístico acerca da realidade. Geralmente, a humanidade acredita numa realidade presente tanto do bem como do mal, da verdade como do erro, da vida como da morte, do espiritual como do material. Isso é dualismo, um conceito errado de que a realidade compreende opostos, que Deus cria ou permite um negativo para cada positivo. O Espírito, porém, não forma a matéria; a Vida não dá autoria à terminação do ser; a Verdade divina nunca se mistura com a falsidade.

A Sra. Eddy escreve o seguinte a respeito do Guia, Cristo Jesus: “Jesus de Nazaré ensinou e demonstrou a união do homem com o Pai, e por isso lhe devemos homenagem eterna.” Ciência e Saúde, p. 18. Esse ensino e essa demonstração eram continuamente simples e diretos. Jesus nunca evitou um assunto. Era enfático e resoluto.

“Eu e o Pai somos um” João 10:30., declara o Salvador no décimo capítulo do Evangelho de João. E, no capítulo 11, Jesus demonstra a unidade eterna do homem com seu Criador, ao ressuscitar Làzaro do túmulo, devolvendo-o à vida. O conceito de dualismo — de vida e morte numa combinação inexorável — ficou comprovado ser uma mentira. Sua compreensão de que a Vida é Tudo (a verdade absoluta de uma única Vida divina), que eternamente mantém sua manifestação completa, anula a falsa evidência de que há ausência de vida.

Toda vez que somos confrontados com sugestões aterrorizantes — doença, carência, limitação, pecado e assim por diante — nós também podemos conscientizar-nos das mesmas verdades simples e profundas que Jesus ensinava, a respeito da inseparabilidade do homem e Deus, e proclamá-las. E, na medida em que curamos com a verdade espiritual, seguimos nas pegadas do Mestre, demonstrando o poder ilimitado do Princípio divino, o Amor, para manter o homem dentro de seu terno amplexo.

Toda pretensão de doença ou debilidade, de perda ou desespero, de pecado na experiência humana, haveria de sugerir que estamos, de certa forma, em alguma época, separados de Deus. Aceitar essa crença errônea nublaria nosso reconhecimento da unidade perpétua do homem com o Pai. Por isso, não podemos consentir na mais leve sugestão de separação. Oramos, e estudamos na Bíblia, e em Ciência e Saúde, o livro-texto da Ciência Cristã. Aprendemos do exemplo de Cristo Jesus. Sentimos a presença do Consolador revelado no livro Ciência e Saúde. E aonde nos levam esses esforços? Vezes sem conta, de volta à simplicidade e pureza devidas a Cristo: “Eu e o Pai somos um.” Jamais precisamos aceitar a crença enganosa de que “Eu e o Pai” somos dois. A identidade e o ser do homem nunca podem ser desligados de sua fonte e sustento. Deus mantém Sua criação porque ela é o Seu reflexo contínuo. A Mente não esquece sua idéia. Somos preciosos para Deus e Deus precisa de nós. E nós precisamos de Deus. Se fosse possível nos desligarmos ou separarmo-nos da Vida, isto significaria destruição, completa e sem esperança. De igual modo, se fosse possível estar separados da Mente, isto produziria ignorância e escuridão. Mas isso não pode ocorrer. Ser um com a Vida divina sustenta o ser imortal; ser um com a Mente traz luz infinita, visão e compreensão — nunca enfraquecida nem obscurecida.

Por isto, a Ciência Cristã ensina, hoje, as mesmas lições espirituais simples e puras que Jesus ilustrava. A Ciência Cristã empunha o estandarte bíblico: “Não terás outros deuses.” Êxodo 20:3. Há um só Deus — o Espírito indivisível, perfeito — e Sua manifestação infinita. Uma só causa e um só efeito, uma só Mente e sua idéia, um só Princípio e sua expressão. O solecismo que haveria de sugerir um plural, um inferior, ou uma mente mortal haveria de dar a entender, coincidentemente, a divisão do que é indivisível — a Mente ilimitada, a inteligência perfeita. Em um de seus artigos, como epígrafe de um título, a Sra. Eddy escolhe Mateus 6:24, no trecho em que Cristo Jesus diz: “Ninguém pode servir a dois senhores. ... Não podeis servir a Deus e às riquezas.” Então a Sra. Eddy abre seu artigo com um parágrafo de uma só frase: “O infinito é um, e este um é Espírito; o Espírito é Deus, e este Deus é o bem infinito.” Imediatamente acrescenta: “Esta simples afirmação de unidade é a única versão correta possível da Ciência Cristã.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 356.

A Sra. Eddy não tinha dúvida de que Deus é único, infinito e bom. Sabia, em seu coração, da união inviolável que há entre o homem e o Pai-Mãe. Sua compreensão científica desse grande fato espiritual era constante fonte de vigor e apoio para seus esforços de trazer a Ciência Cristã ao mundo. A própria Igreja de Cristo, Cientista, foi construída como demonstração da própria Sra. Eddy, de que o homem está em união com Deus. A continuidade dessa igreja e a unidade de propósito entre seus membros, hoje em dia, continuam a proclamar ao mundo que essa simples compaixão e compreensão do Cristo, que expressa a inseparabilidade entre o homem e o Amor divino, cura e redime eficazmente — como nos primeiros séculos do cristianismo.

Um dos hinos do Christian Science Hymnal contém esta estrofe:

Se nosso amor fosse mais simples,
Nós aceitaríamos a Sua palavra;
E nossa vida seria toda radiante de luz
Na doçura de nosso Senhor.Hymnal, n° 340.

A doçura de sentir-se em união com Deus, “a simplicidade e pureza devidas a Cristo” — nisto reside o poder e a promessa de salvação.

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