Os leitores de jornais e revistas estão encontrando mais amiúde afirmações deste tipo: “A maioria das pessoas sabe agora que a saúde de uma população não está primariamente ligada aos cuidados médicos disponíveis. Ter muitos médicos e hospitais não torna necessariamente um povo saudável. Uma população sadia é provavelmente aquela que, em primeiro lugar, não adoece, em vez de ser uma que adoece e depois melhora.” The Wall Street Journal, 3 de março de 1980.
Tendemos a não ficar doentes em primeiro lugar quando compreendemos o que a saúde realmente é e entendemos o que a doença pretende ser e fazer. A prevenção da doença resulta da afirmação da saúde com base na compreensão espiritual. Esta se alcança por se negar que nossa mentalidade ou a de quem quer que seja, possa ser mortal e basear-se na matéria ou dela derivar-se; e, por se reconhecer a consciência espiritual como sendo a nossa e a de todos os outros. Cuidamos melhor de nossa saúde quando compreendemos que o Amor divino, Deus, cuida de sua idéia infalivelmente. E eternamente.
Por meio da Ciência Cristã encaramos a vida não da perspectiva de um mortal sujeito a ameaças à sua saúde, mas como a idéia imortal de Deus, o homem. Vemos o verdadeiro ser, nosso verdadeiro ser, em sua integridade isento de dor e de doença. Aquilo que vemos espiritualmente vivenciamos humanamente.
Em geral as pessoas querem sentir-se bem e confortáveis porque presumem que seu pensamento então estará livre de problemas. A Ciência Cristã estabelece aqui uma importante inversão: Boa saúde física por si mesma não é necessariamente a rota para uma consciência verdadeiramente cheia de paz. Mas quando o nosso pensamento está despreocupado, porque estamos colhendo e retendo as verdades imortais e espirituais do ser, isto fomenta a nossa saúde. O ideal é que a saúde física seja uma expressão de nossa aceitação da Vida divina como a única consciência real. “A verdadeira consciência é a verdadeira saúde” Miscellaneous Writings, p. 298., afirma a Sra. Eddy.
Contudo, não é necessariamente o caso de, por parecermos bem e nos sentirmos bem, dizer que estamos pensando espiritualmente. Acreditar nisso poderia tornar-nos complacentes. Mas a saúde é autêntica quando provém da espiritualidade. Saúde, na sua acepção corriqueira — o corpo mortal em bom funcionamento — pode ser uma conseqüência da crença mortal. Como nossa Líder, a Sra. Eddy, explica: “A crença mortal diz: 'Sois felizes!' e os mortais o são; e nenhuma circunstância pode alterar a situação, até que mude a crença em relação ao assunto. A crença humana diz aos mortais: 'Estais doentes!' e esse testemunho manifesta-se no corpo sob a forma de doença. É necessário que, não só uma ilusão de doença, mas também uma ilusão de saúde, seja instruída a sair de si mesma, em favor da compreensão daquilo que constitui a saúde; pois uma mudança numa crença de doença, ou numa crença de saúde, afeta as condições físicas.” Ciência e Saúde, p. 297.
Prevenir a doença é antes um exercício ativo do que passivo. Até o ponto em que aceitamos o pensamento mortal como nosso, aceitamos os vários tipos de medo, as teorias, a carnalidade e as crenças acerca de saúde e doença que circulam a esmo no pensamento mortal, obscurecendo-o. Mas à medida que aceitamos a clara consciência divina como sendo a nossa, aquela consciência que é pura e íntegra, por isso saudável, ajudamos a diminuir as ansiedades no pensamento humano e nos engajamos num programa fundamental de manutenção da saúde. A obsessão atual com a saúde física e a doença física é em si mesma uma forma de anormalidade.
O aspecto profilático, preventivo, da Ciência Cristã ecoa a verdadeira e absoluta natureza das coisas. A consciência divina, a Ciência diz, não admite o erro para depois o expelir. As plumas do ganso repelem a água porque são oleosas. A Mente divina repele o erro porque a Mente é Tudo, e o erro é nada. Essa é a base científica desde a qual repelir crenças mortais que induzem problemas.
Um dos alunos da Sra. Eddy diz que ela, depois de falar no mal, “continuou dizendo que quando o erro bate à porta, às vezes [os seus alunos] abrem-na para ver o que ele quer, mas ela [a Sra. Eddy] não fazia isso; ela sabia de antemão o que ele queria e mantinha a porta fechada; mas que após seus alunos terem aberto a porta, então tinham de expulsar o intruso, e que o mais importante era manter o erro fora.” We Knew Mary Baker Eddy (Boston: A Sociedade Editora da Ciência Cristã, 1979), p. 80.
As reuniões de quartas-feiras à noite nas Igrejas de Cristo, Cientistas, e os testemunhos como os que estão na última seção deste periódico, dão ampla evidência da eficácia da cura metafísica. Podemos presumir que haja muitos outros não registrados e que são testemunhos contínuos da boa saúde que os Cientistas Cristãos estão mantendo graças à compreensão e à demonstração do que a saúde realmente é.
Assim mesmo, podemos ainda agir melhor. Estaremos mentalmente correndo (apressando-nos espiritualmente) ao encontro de uma perspectiva mais espiritual? À medida que o fazemos ganhamos em saúde, na percepção da integridade do homem, a cada dia que passa. Poderemos enfrentar mais eficazmente a pretensão de que o envelhecimento nos encurrale na saúde decadente. Podemos asseverar, em bases científicas e metafísicas, que crescemos em maior saúde, e não em menos saúde, com o passar dos anos.
Não deveríamos nos contentar com apenas algumas poucas verdades preservadoras da saúde que se nos tornaram conhecidas. Verdades novas jorram em nós quando abrimos nosso pensamento à Mente divina. As verdades derivadas da Mente e caracterizando aquela consciência que é a verdadeira saúde, carregam consigo todo o poder de Deus, o bem. Elas arrasam espontaneamente a crença mortal. Ocupar o nosso pensamento com a verdade espiritual não só esconde os erros mortais como, por exemplo, uma enchente esconde os detalhes do terreno, pedras, arbustos, cercas. Ela expulsa a falsa crença.
Cristo Jesus manteve a saúde ideal porque ele estava continuamente consciente do que Deus e o homem são. O exercício de que mais precisamos é a prática desse mesmo cuidado com a saúde. “Jesus via na Ciência o homem perfeito, que lhe aparecia ali mesmo onde o homem mortal e pecador aparece aos mortais” Ciência e Saúde, pp. 476–477., diz-nos a Sra. Eddy. Como a Bíblia esclarece, Jesus conhecia sua unidade com Deus. Ele estava consciente de ser inseparável de Deus, como reflexo de Deus. Ele “via ... o homem perfeito” porque Deus vê o homem perfeito. Jesus sabia, e assim podemos nós saber, que nunca somos o que parecemos ser aos olhos dos mortais, nunca somos entes sensíveis à doença, com estrutura de carne e ossos. Somos, para sempre, o que Deus sabe que somos: Sua perfeita manifestação.
A Ciência Cristã não é apenas a Ciência, ou o conhecimento puro, da cura. É a Ciência da saúde, a Ciência da Vida e da integridade, a Ciência da perfeição imutável, a Ciência do homem, a Ciência de como manter a consciência da realidade. É por isso que ela é o meio de prevenir a doença em primeiro lugar, bem como o meio de erradicá-la se ela parece ter-se manifestado.
Amado, acima de tudo faço votos
por tua prosperidade e saúde,
assim como é próspera
a tua alma.
3 João 1:2