A compreensão espiritual capacita-nos a reconhecer a atração da pureza e desfrutar de suas recompensas — recompensas bem mais duráveis do que o falso brilho e o glamour de seu oposto. A Sra. Eddy diznos: “O homem é perfeito na proporção de sua pureza; e a perfeição é a ordem do ser celestial, que demonstra a Vida em Cristo, o ideal espiritual da Vida.” Ciência e Saúde, p. 337.
O homem criado na semelhança de Deus é totalmente espiritual e, portanto, puro. Nunca foi nenhuma outra coisa e jamais o será. Temos, porém, de aprender a apreciar esse fato espiritual, compreendê-lo, comprová-lo. Desse modo, obteremos domínio cada vez maior sobre os sentidos físicos e uma consciência mais profunda de nossa unidade com Deus, o bem, como idéia Sua.
A compreensão fundamental de que Deus é Mente e de que existe apenas uma única Mente, ou consciência verdadeira, se faz necessária para vencer impureza de toda sorte. Reconhecemos que, na consciência divina, não existe lugar para a impureza ou seus falsos atrativos. Como reflexo de Deus, portanto, estamos conscientes apenas do bem que está continuamente vindo de Deus.
Crescemos em nossa compreensão espiritual a respeito de Deus e do homem na medida em que discernimos o estado espiritual de nosso verdadeiro ser. Esse reconhecimento protege-nos de tudo o que solaparia nossos valores morais fundamentados no que é espiritual. O ser real nunca foi sobrepujado pelos engodos mais descarados do mal — pornografia, sensualismo, imoralidade de toda sorte. Pode-se constatar que a carnalidade e a depravação remontam às crenças do pensamento mortal egocêntrico, ou uma concepção humana dessemelhante de Deus, o bem; portanto, elas não fazem parte de nosso verdadeiro ser, e nelas não pode haver nenhum prazer genuíno. O pensamento que está emergindo do materialismo é uma vereda para a verdade que cura, ensinada na Ciência Cristã. Cristo Jesus disse a seus discípulos: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.” Mateus 5:8. E então, o Mestre do cristianismo, por intermédio de seu ministério de cura, mostrou-nos a maneira de ver o homem como filho de Deus: incorpóreo, que expressa qualidades tais como alegria, bondade, justiça. A Sra. Eddy diz-nos em Ciência e Saúde: “Jesus via na Ciência o homem perfeito, que lhe aparecia ali mesmo onde o homem mortal e pecador aparece aos mortais.” Ciência e Saúde, pp. 476–477.
O Mestre não aceitava o conceito teológico errado, e nós não precisamos aceitá-lo, de que o homem é um pecador miserável ou de que o homem se origina no pó. Precisamos, sim, identificar-nos corretamente como o homem espiritual. Precisamos ver o homem como a expressão individual de Deus, o bem, e então dar prova de que estamos livres do pecado e das tentações da carne.
Hoje, a tão freqüente condescendência com a impureza, sob uma forma ou outra, nos meios de comunicação, na literatura e, até mesmo, no suprimento de nossos alimentos, pode significar para alguns que a pureza é irrelevante ou uma relíquia do passado. O próprio oposto disso é verdadeiro. O homem real, como a expressão do único Deus, é imaculado, correto. Aplicando tais verdades a nosso respeito, não é podemos ser atraídos nem ficar impressionados pelos engodos do que é sugestivo e degradante; nem por eles podemos ser fisicamente afetados.
Os atributos derivados de Deus, como honestidade, humildade, confiança, gratidão, verdadeiramente vingam numa atmosfera de pureza. Não existe substituto para eles. Quando somos fiéis a nossas responsabilidades, honestos em nossas transações comerciais, compassivos em nossos contatos com outras pessoas, estamos estabelecendo o clima mental certo para o poder curativo de Deus.
Um jovem executivo achava-se bastante complacente. Seu carro, seus encontros, tudo retratava uma vida apressada e estimulante. De repente, porém, um dia, quando os problemas começaram a soterrá-lo — a perda do emprego, dores internas — percebeu que havia sido muito lento e obtuso em compreender as coisas importantes da vida. E que estava perdendo o contato com as idéias poderosas que havia vislumbrado na Escola Dominical da Ciência Cristã, alguns anos antes.
Ao debater a situação com um praticista da Ciência Cristã, deu-se conta do quanto se desviara. Permitira que o pensamento indisciplinado se estabelecesse. Isso afetara não só sua atuação no trabalho, mas também seu bem-estar físico. A pureza de pensamento, a essa altura, parecia meta inatingível.
Trabalhando estreitamente com o praticista, resolveu ver a perfeição espiritual em si mesmo e em todos com quem viesse a entrar em contato. Constatou que fizera novos amigos. Relacionamentos mais sadios se desenvolveram. Ciência e Saúde oferecera-lhe muito alento. Por exemplo: “A purificação do sentido e do eu é prova de progresso. ‘Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus’.” Ibid., p. 324.
O jovem executivo começou a reconhecer que o homem é completo, porque Deus assim o fez. Viu a distinção entre o homem, na imagem de Deus, e o conceito mortal acerca do homem. Começou a identificar-se corretamente a partir do ponto de vista do cristianismo científico. Passou, então, a captar o fato de que o pensamento e o viver com características divinas incorporam o poder da Verdade que vem em apoio à oração e restabelece a saúde e a harmonia. Começou a sentir a atração da pureza. Dentro de pouco tempo, o problema físico desapareceu e lhe foi oferecido novo e desafiador emprego.
É a pureza realmente necessária? Não importa quão evidente, hoje em dia, possa estar a condescendência com a impureza, a pureza nunca pode estar superada. Está aqui para ficar, e comprovar esse ponto é motivo de grande alegria.
