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Você não pode ser possuído pelo mal

Da edição de agosto de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Durante vários meses, cada vez que eu passava por certa casa, sentia imperioso pressentimento de algum mal. De fato, a sensação de malignidade era tão perturbadora que sempre me punha imediatamente a orar.

Eu afirmava a absoluta supremacia do bem, a dominante potência do Amor divino. Sabia ser isto o que a vida de Cristo Jesus significava. Negava mentalmente que o mal pudesse ser uma presença ou ter o poder de opor-se a Deus. Não aceitava a idéia de que o mal pudesse possuir alguém ou alguma coisa, pois sabia que Deus, o bem, é quem possui tudo.

Durante dois meses, orei dessa maneira cada vez que passava por ali. Então, certa noite, voltando a pé para casa, ouvi enorme estrondo e vi alguns rapazes correndo para fora daquela residência. Uma jovem senhora enraivecida saiu gritando. Aparentemente, os rapazes já a haviam provocado com atos de terror por uma semana e acabavam de arremessar um tijolo contra a casa.

Foi a última gota que fez transbordar o copo dessa mulher. Ela despejou uma narrativa de infortúnios de quebrar o coração. Por mais de um ano, tragédias e estranhos acidentes haviam flagelado aquela família. Ao ouvi-la enumerar todas as coisas terríveis e estranhas que vinham acontecendo, poder-se-ia pensar que um conto de horror estava sendo recitado. Ela achava que sua vida estava possuída por um mal terrível.

A situação pareceu-me tão injusta que não pude me privar de falar-lhe a respeito do poder que o amor de Deus tem. “Você não precisa conviver com esse mal”, insisti. “A Bíblia diz: ‘Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.’ Tiago 4:7. É seu direito divino o estar livre do mal! É a lei de Deus.”

O amor de Deus simplesmente extravasou e invadiu o silêncio que se seguiu àquelas observações. Iluminou nossas faces, encheu a casa e, incontido, inundou os arredores. Pude senti-lo. Pude notar quando a sensação de uma presença malévola se desfez. Falamos então na oração e no poder da oração.

A vida daquela mulher mudou em conseqüência desse encontro com o Cristo, a Verdade. Não há mais ali aquela sensação de malignidade. Também o vandalismo cessou imediatamente. O poder restaurador do Cristo fez novas, de certa maneira, todas as coisas. Esta é a natureza do Amor.

“Resiste ao mal — ao erro de toda espécie — e ele fugirá de ti”, escreve a Sra. Eddy. Acrescenta: “Podemos elevar-nos, e finalmente nos elevaremos, até que, em tudo, possamos nos valer da supremacia da Verdade sobre o erro, da Vida sobre a morte e do bem sobre o mal, e esse crescimento continuará até chegarmos à plenitude da idéia de Deus e não mais temermos adoecer e morrer.” Ciência e Saúde, p. 406.

Posse diabólica é a declaração agressiva de uma mentira — a mentira de que o homem possa ser possuído pelo mal. É um sintoma da crença de que o mal seja uma entidade verdadeira que pode dominar e escravizar uma pessoa, roubando-lhe a razão e a consciência. Quer seja chamada de espírito mau, diabo, psicose ou insanidade, essa mentira não tem legitimidade, autoridade nem base alguma dentro da realidade do Cristo.

Cristo Jesus trouxe à luz a integridade e a santidade inviolável da consciência individual outorgada por Deus. Na realidade em que Jesus viveu, a mentalidade e a vida do homem não são vulneráveis aos ataques e apresamentos do mal. A consciência e ação individuais são o próprio reflexo de Deus, a única Mente divina.

O endemoninhado geraseno foi salvo pelo poder regenerativo do Cristo, a Verdade. Desmascarada como ilegítima pelo amor de Deus refletido por Jesus, a mentira de haver uma mentalidade malévola que se cognominava Legião, foi autodestruída. Ver Marcos 5:1–15. O mal não pode achar refúgio seguro na presença da compreensão espiritual de sua inexistência na criação inteiramente boa de Deus. O mal é uma imposição mental; não é uma realidade. Pode apenas parecer ter autoridade e vida, enquanto acreditamos nele e negligenciamos aceitar que o homem é imune ao mal, imunidade esta que Jesus ilustrou como sendo a realidade.

E, porque a realidade não muda, o poder do Cristo, poder que adquirimos mediante compreensão da verdadeira natureza da realidade, está sempre acessível.

O mal não nos pode possuir. Antes que o mundo era, Deus reivindicou-nos como Seus próprios filhos. Somos dEle e ninguém, e coisa alguma, nos pode separar de Seu amor, do amor e da proteção que encontramos em Cristo.

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