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Nem magia, nem milagre, nem cura pela mente humana

Da edição de agosto de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


Ao mesmo tempo em que, na atualidade, se verifica o ressurgimento da crença em muitas formas de ocultismo, ouvem-se os termos “magia” e “religião” empregados como se fossem sinônimos. Algumas vezes, até sugerem que ambas as maneiras de encarar o mundo estão baseadas somente nas crenças que se tem sobre o modo com que o homem material luta para controlar seu mundo material.

A Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss), porém, difere radicalmente dos outros sistemas de religião, e da magia, bem como dos sistemas de filosofia e psicologia humanas. Insiste em que os “milagres” bíblicos, inclusive aqueles efetuados por Cristo Jesus e seus apóstolos, foram de fato demonstrações da verdade divinamente científica. Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras Mary Baker Eddy, Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, declara: “Milagres são impossíveis na Ciência, e aqui a Ciência toma posição contra as religiões populares. A manifestação científica de poder provém da natureza divina, e não é sobrenatural, visto a Ciência ser uma explicação da natureza.” E, na mesma página, continua: “Entre a Ciência Cristã e todas as formas de superstição está posto um grande abismo, tão intransponível como o que havia entre o rico e Lázaro.” Ciência e Saúde, p. 83.

Cometer o engano de tomar as crenças que se orientam pela matéria como se fossem religião verdadeira — religião essa que precisa estar baseada no infalível Princípio divino — é cometer um erro pelo menos tão antigo quanto o Antigo Testamento. O profeta Elias teve de lutar contra esse tipo de ignorância. A narrativa bíblica diz que quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal se reuniram, esperaram e fizeram oferendas e apelaram para seus deuses desde a manhã até a tarde, “porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma” 1 Reis 18:29..

Quando Elias clamou ao seu Deus, a multidão dos que estavam presentes viu que a demonstração do poder divino fora tão repentina, tão poderosa e tão convincente que todos “caíram de rosto em terra, e disseram: O Senhor é Deus!” 1 Reis 18:39.

Pois bem, se o poder verdadeiro dependesse da crença em divindades antropomórficas, ou se dependesse da força de vontade humana ou do pensamento positivo, Elias teria estado em situação muito desvantajosa — pois que as pessoas que abrigavam essas crenças de longe o excediam em número. A opinião humana, que abriga a crença em poderes sobrenaturais, não tem nenhuma relação com as obras do poder divino. Com referência a esse acontecimento e outros semelhantes registrados na Bíblia, a Sra. Eddy comenta: “Aquilo que os profetas de Jeová fizeram, os adoradores de Baal não conseguiram; no entanto, o artifício e o logro pretendiam poder igualar a obra da sabedoria.” Ciência e Saúde, p. 83.

Uma crença no mal — em algo separado do bem — é a base da superstição e da magia. A crença na magia, por sua própria natureza, dá a entender que alguém pode ser separado do bem, e, na ausência do bem, sofrer o mal. Desse modo o crente talvez espere que o bem lhe seja restaurado através de magia, à guisa de sorte, hipnotismo, poderes sobrenaturais, ou uma mudança de circunstâncias.

No entanto, a sugestão de que alguém está separado do bem nada mais é do que a crença num poder do mal. “Para onde me ausentarei do teu Espírito? para onde fugirei da tua face?” Salmos 139:7. perguntava o Salmista; e, de fato, para onde se poderia ir a fim de escapar do Ser infinito, a Mente, que enche todo o espaço? Em todo lugar, a toda hora, em toda circunstância, é possível reconhecer a presença dessa Mente e de sua expressão, o homem verdadeiro e o universo verdadeiro.

Mas, acaso “o artifício e o logro” não estarão ainda pretendendo igualar as obras do Amor divino? E, não obstante, as obras do logro, do pecado, do mal, não têm nenhum elemento da verdade, pois toda a verdade é de Deus, e Deus não está na matéria ou numa mente hipotética constituída de matéria. Quando se ama e se compreende Deus, tal como Jesus o conhecia e provava, seguem-se curas, bênçãos e harmonia numa concretização da lei espiritual plenamente reconhecível.

A Ciência Cristã é de auxílio inestimável; mostra-nos como Deus pode ser amado e compreendido. E em vista de que Deus, que é Tudo, é na Ciência divina apresentado como inteiramente bom, não existe — não pode existir — espaço algum para o mal nesse universo infinito que Deus conhece. Deste ponto de vista, é inevitável que cheguemos a compreender não poder o mal ter identidade nem validade verdadeiras, não poder ter mente nem realidade. Quando a crença errônea — o mal — é eliminada da consciência mediante nossa compreensão de Deus, o Princípio divino — a crença se desfaz.

Embora seja verdadeiro que as pessoas não familiarizadas com a cura cientificamente cristã tomem, às vezes, essas demonstrações do poder de Deus como se fossem apenas os efeitos do esforço e da crença humanos, isso não nos deve impedir de saber que todo poder verdadeiro, e, portanto, toda a cura, vem exclusivamente de Deus. A Sra. Eddy, ao apresentar sua descoberta espiritual ao mundo, foi precavida e neutralizou esse tipo de mal-entendido. “Muitos imaginam”, escreve ela, “que os fenômenos da cura física na Ciência Cristã apresentam apenas uma fase da ação da mente humana, ação da qual, de algum modo inexplicado, resulta a cura da doença.” Mas, continua: “Ao contrário, a Ciência Cristã explica de modo racional que todos os outros métodos patológicos são fruto da fé humana na matéria — fé na ação, não do Espírito, mas da mente carnal que tem de ceder à Ciência.” Ciência e Saúde, p. xi.

Todo estudante sincero desta Ciência sabe quanta consagração lhe foi necessária para ceder à Ciência. Mas isso é trabalho de Deus, é negócio do nosso Pai, e traz consigo a recompensa incalculável do Amor. E nós, pelo amor que temos ao Princípio e pela fidelidade que lhe dedicamos, podemos chegar a ajudar, cada qual a seu modo, a elevar o pensamento do mundo para vir a sair da crença mesmérica no mal, caracterizada pela superstição, e entrar na iluminação do ser verdadeiro — ser este que está dentro do Deus sempiterno e pertence ao Deus sempiterno, o qual é nossa Mente vigorosa, amorosa, justa, inabalável.

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