Quando eu estava na terceira série, nossa família comprou um cavalo. Seu nome era Asa Vermelha. Era manso e carinhoso. Eu pensava que ficaríamos com ele para sempre. Um dia, porém, mudamos para longe, para um local em que não era permitido manter cavalos. O único lugar onde pôde ficar foi numa cocheira alugada. Ficava a quilômetros de distância, e acabávamos montando o cavalo só uma vez por semana.
Ficou claro que este precisava de companhia, e sabíamos que deveríamos montá-lo com maior freqüência. Nossa família falou em vendê-lo, mas as crianças sempre vetávamos a sugestão bem depressa. Entretanto, todos éramos Cientistas Cristãos e, depois de orar a Deus para que nos dissesse qual a coisa mais acertada a fazer, compreendemos que a melhor solução seria a de vender Asa Vermelha. Sabíamos que ele estaria mais feliz e que Deus cuidaria dele como cuida de Suas demais criaturas.
Meus pais puseram um anúncio no jornal e começamos a receber telefonemas a respeito de Asa Vermelha. Pessoas vieram à cocheira para examinálo, mas ninguém se interessou em comprá-lo. Depois de toda a nossa família orar a respeito, mais outras pessoas responderam ao anúncio. Ainda assim, ninguém o comprou.
Um dia, ao ler uma parte da lição bíblica No Livrete trimestral da Ciência Cristã., como aprendera a fazer na Escola Dominical da Ciência Cristã, encontrei uma frase de Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, que me ficou na memória a semana toda. Diz: “A devoção do pensamento a um empreendimento digno torna possível esse empreendimento.” Ciência e Saúde, p. 199. Percebi que eu estivera relutando em deixar que Asa Vermelha fosse embora, apesar de saber que devia deixá-lo ir; intimamente eu tinha a esperança de que ninguém o comprasse. Durante todo esse tempo, eu estivera trabalhando contra aquilo que sabia ser o melhor! Naquele mesmo instante, decidi entregar o caso a Deus, e deixar que fosse feita a Sua vontade. Afirmei aquilo que é verdadeiro a respeito de todas as criaturas de Deus. Realmente senti que haveria de existir o proprietário certo e o lugar certo para o nosso cavalo. Deus traria a pessoa diretamente a nós, se deixássemos que ela viesse.
De fato, não muito tempo depois, um bom homem se ofereceu para comprar Asa Vermelha. Disse que gostaria de ter um cavalo mansinho para seus filhos. O homem viera de muito longe para ver nosso cavalo; tínhamos certeza de que fora dirigido por Deus! Todos concordamos com que era o proprietário certo, e logo Asa Vermelha estava vendido. A solução não poderia ter sido melhor.
Relembrei algo que lera na Bíblia: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” Prov. 3:5, 6. Isso ensinou-me a confiar em Deus, e não na sorte ou em meus próprios sentimentos. Pensei que essa devia ser a maneira pela qual Cristo Jesus curava e assim demonstrava a Ciência Cristã. Jesus deve ter tido completa confiança em Deus e sabido que Deus o estava dirigindo.
Quando nossa família se apoiou em Deus, ao invés de se apoiar em seu próprio entendimento, Deus endireitou nossas veredas. Sei que tanto nós como o homem que respondeu ao anúncio, e ainda Asa Vermelha, estamos todos mais felizes devido a isso.
