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Em minha família têm ocorrido tantos casos de proteção e cura, que...

Da edição de maio de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


Em minha família têm ocorrido tantos casos de proteção e cura, que é impossível enumerá-los todos neste testemunho. Certa vez, minha filha e eu saímos andando ilesas de um carro que acabava de ser abalroado e destruído por um trem. As assim chamadas doenças infantis foram rapidamente curadas. Um de nossas filhos sofreu fratura no nariz, mas logo este ficou ajustado perfeitamente, mediante oração. Outro filho fraturou uma perna num acidente de esqui. Ficou no gesso apenas três semanas, ao invés das seis semanas preditas.

Cedo, em meu estudo de Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss), tanto enxaquecas como a tendência de contrair resfriados foram desaparecendo naturalmente. Minha Compreensão das Escrituras também tem sido esclarecida. Um trecho em particular ficou comprovado, em minha vida, quando eu necessitava grandemente receber orientação com autoridade. Diz (Isaías 30:21): “Quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele.”

Minha paz, alegria e confiança foram arrasadas há cerca de quinze anos pelo suicídio de um de meus filhos — um jovem de vinte e poucos anos; um jovem de grande potencial. Quando isto aconteceu, culpei-me por não tê-lo amado o suficiente, por não tê-lo ouvido o suficiente e por não ter tido a sabedoria de proporcionar-lhe orientação adequada. Não conseguia dormir, detestava encontrar amigos e chorava toda vez que estava a sós, apesar de sinceramente estudar os escritos de autoria de Mary Baker Eddy e de ler os periódicos da Ciência Cristã. Naquela época eu era Primeira Leitora numa igreja filial e minha reação inicial foi a de pensar que eu devia pedir demissão do cargo. Mas uma praticista da Ciência Cristã ressaltou que isto significaria curvar-se perante o erro e não perante Deus. Então, continuei no cargo. O tempo dedicado a preparar os cultos forneceu períodos de liberdade em que eu não pensava em mim mesma. E a leitura dos trechos da Bíblia, e de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria da Sra. Eddy, que se revelavam para as reuniões de quartas-feiras, foram úteis, tanto para mim como para a congregação.

Uma noite que passei sem dormir fui à cozinha (onde ninguém me poderia ouvir) e permiti-me abandonar todo autocontrole. Enquanto chorava alto, esmurrando tudo, ouvi uma voz dizer: “Você não pode continuar desse modo.” Senti o toque do Amor. Instantaneamente me acalmei, me controlei e disse: “Que posso fazer?” Rapidamente veio a resposta: Devo mandar meu filho mais novo a uma escola particular, renovar minha licença de professora e voltar a lecionar. Mas, vi-me a argumentar que naquela altura do ano a escola não aceitaria um novo aluno; e provavelmente minha licença não poderia ser renovada após eu ter deixado de lecionar por trinta anos; e, quem iria contratar uma professora que estava às vésperas da aposentadoria? Esse diálogo repetiu-se três vezes antes que eu me convencesse de que tinha de seguir as instruções. Então voltei para a cama e dormi.

Cedo, na manhã seguinte, fui à Secretaria de Educação para ver o que eu precisava fazer para renovar minha licença. Na verdade, eu não tinha de fazer coisa alguma — pois foi renovada na hora. No fim da semana seguinte, meu filho e eu tivemos uma entrevista com o diretor de uma escola particular, o qual foi muito compreensivo. Disse estar previsto que um jovem iria deixar a escola após o Natal, o que tornava possível aceitar meu filho. Àquela altura fui tentada a entrar em pânico, pois não tinha nenhuma oferta de emprego. Mas Deus proveu isso também, pois muito em breve fui convidada para substituir, numa escola secundária, certo professor que deixaria a escola no Natal.

Quando recordo essa experiência fico maravilhada com a facilidade com que todos os passos foram dados. Inicialmente a situação parecia impossível, mas, como diz-nos a Bíblia (Mateus 19:26): “Para Deus tudo é possível.” Durante os seis meses seguintes estive tão ocupada que não tive tempo para autopiedade e autocondenação, ou para insônia. Essa trégua do modo de pensar mortal trouxe melhoras. Ser aluno interno colaborou muito para que meu filho vencesse a falta de confiança em si mesmo; e a classe que lecionei fez bom progresso, embora por vezes fosse difícil.

Muita de minha tristeza, porém, ainda continuava sem ter sido curada, estando soterrada sob tal coberta de atividades que quase não havia tempo para eu realmente pensar. A fadiga era a principal razão de eu dormir profundamente à noite.

Muito tempo depois de meu emprego de professora haver terminado, fiquei a debater-me com questão da vida após a morte. Saber que problemas não resolvidos aqui precisam ser resolvidos no além não me servia de consolo algum. Eu pensava na decepção que meu filho provavelmente teria tido e do seu desespero ao constatar que não havia fugido de seus problemas; de sua rebelião ao cientificar-se de que ainda se esperava que ele os superasse; de sua frustração contínua a respeito do estado de crueldade vigente no mundo. Imaginava eu se ele havia cometido esse ato para desforrar-se de mim e daquilo que eu havia tentado ensinar-lhe. Derramei muitas lágrimas em noites que passei acordada.

Por fim, a luz da Verdade inundou minha consciência e dei-me conta de que minha responsabilidade não havia terminado como eu acreditava. Eu ainda podia ajudar meu filho ao negar o quadro que sempre havia parecido tão real — o quadro de um filho supersensível, medroso, cheio de dúvidas e excessivamente analítico. Era-me possível afirmar a verdadeira semelhança de meu filho como reflexo perfeito de Deus, que nunca havia sofrido de depressão. Eu podia libertá-lo para o seu Pai-Mãe real — o nosso Pai-Mãe Deus. Um grande peso foi levantado, e não houve mais pensamentos mórbidos, cheios de infelicidade. A felicidade que havíamos partilhado (e houve muita); a alegria que ele irradiara (e ele fora capaz de ajudar muitas pessoas em momentos de tristeza); a inteligência que expressara (e em seu trabalho ele havia tido muitos triunfos) eram e são as qualidades que mais reais me parecem a respeito dele.

No Salmo 119 lemos (versículo 105): “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos.” Quanta liberdade encontramos quando captamos o significado espiritual da Escrituras!

Oh, quão grata me sinto pela Bíblia, os escritos da Sra. Eddy, os periódicos da Ciência Cristã, as Salas de Leitura e os cultos da igreja! Deus, por certo, nos está mostrando o Caminho, mediante os ensinamentos de Cristo Jesus, as explicações inspiradas que a Sra. Eddy deu desses ensinamentos, e as atividades da Igreja de Cristo, Cientista.


Na condição de filho da Sra. Bowman, e recordando as dificuldades em que nos encontrávamos, sou capaz de apreciar a maneira suave pela qual tudo foi resolvido. Todos os que tiveram parte nos acontecimentos de então foram muito prestativos, exatamente como minha mãe contou, como se alguma mão governante estivesse colocando as peças no seu devido lugar. Minha mãe, uma viúva, sempre mantivera a família unida pelo amor e a compreensão, especialmente quando mais difícil parecia ser dar essas qualidades e quando mais se faziam necessárias. Que alegria é ser seu filho, pois nenhuma quantidade de bens pode comparar-se com o que ela me deu.

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