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Por meio da obediência, fortalecer nossa prática de cura e salvação

Da edição de maio de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


A cura é alcançada por meio da fidelidade à lei divina e do reconhecimento científico do efeito regenerador de tal lei em nossa vida. A intensidade de nossa obediência sincera às leis de Deus pode ser determinada, em parte, pela forma com que aderimos, em nosso viver, à manifestação exterior dessa lei. Sem dúvida, faz-se necessária percepção espiritual aguçada para diferençar claramente entre as manifestações exteriores que verdadeiramente se originam da fonte divina e aquelas que são meramente humanas em sua origem e forma.

Assim, é sempre apropriado perguntar: Em que base está estabelecida determinada norma, condição ou exigência? Qual é seu propósito, sua intenção? As respostas a tais perguntas, reveladas pela oração, capacitar-nos-ão a apoiar um governo justo à medida que adequadamente ele se propõe a purificar e a elevar a qualidade da vida humana. E nosso dever de obediência será guiado mais coerentemente a sustentar os padrões espirituais que tal governo patrocina.

Uma forma singular de governo espiritualmente iluminado e divinamente impelido se encontra no Manual de A Igreja Mãe. Além de delinear as atividades essenciais de A Igreja Mãe, os deveres de seus dignitários e as responsabilidades básicas dos membros da Igreja, esse Estatuto inspirado fornece métodos e meios eficazes de partilhar com a humanidade as verdades sanadoras da Ciência divina.

A ponderada obediência à lei divina refletida no Manual da Igreja e a compreensão científica da poderosa influência cristianizadora do Manual nos assuntos humanos podem animar a cura e a regeneração em muitos setores de nossa vida e elevar o desejo de curar os demais. A Sra. Eddy, que escreveu o Manual da Igreja e que claramente discerniu o lugar central e permanente que este tem para governar o ministério contínuo do movimento da Ciência Cristã, declarou: “Disso tenho certeza — de que cada Regulamento e Estatuto desse Manual aumentará a espiritualidade daquele que o obedecer, revigorará sua capacidade de curar os doentes, de consolar os que choram, e de despertar o pecador.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 230.

O aumentar da espiritualidade e o revigorar de nossa capacidade de compreender o poder curativo e regenerador da Ciência Cristã encontram-se claramente colocados no contexto da obediência. Cristo Jesus compreendeu a força espiritual que se manifesta na obediência. Seus ensinamentos sobre a exigência de aderirmos à vontade de Deus estão evidenciados em muitas de suas afirmações: “Está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele darás culto”; “Não procuro a minha própria vontade, e, sim, a daquele que me enviou”; “Eu faço sempre o que lhe agrada”; “Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” Mateus 4:10; João 5:30 e João 8:29; Mateus 6:10.. E a confiança inabalável de Jesus, sua fidelidade à Verdade, é testemunhada por seu insuperável trabalho de cura e redenção.

Dessa forma, se a obediência a Deus e a Sua lei é elemento fundamental na prática da cura espiritual, quais são algumas das maneiras pelas quais a obediência ao Manual da Igreja — que expressa a lei divina — revigora nossa capacidade de curar a doença, de levar conforto e despertar os que se debatem com o pecado?

Em primeiro lugar, consideremos que o Manual estabelece o sistema de educação na Ciência Cristã — educação que prepara o indivíduo para o trabalho e ministério da cura cristã. O ensino sistemático é vital para o estudante, quer este se encontre trabalhando ativamente para se firmar na prática pública quer, talvez, se ache acalentando um desejo, seja o que for que estiver fazendo no momento, de melhor se capacitar a dar ajuda imediata aos demais e a si próprio, por meio da oração científica.

O Curso Primário de Ciência Cristã, baseado na capítulo “Recapitulação” do livro Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy (ver Manual da Igreja, § 3° do art. 27), elucida as respostas a perguntas tais como esta, apresentada no livro-texto: “A Senhora quer explicar o que é a doença e ensinar como deve ser curada?” Ciência e Saúde, p. 493. E, para crianças e jovens, o ensino na Escola Dominical da Ciência Cristã estabelece uma base sólida, fundamentada nas Escrituras, para a cura e o progresso espiritual. “As Escrituras serão ensinadas”, afirma um dos Estatutos, “às crianças da Escola Dominical, e estas serão instruídas de acordo com sua compreensão ou aptidão para apreender os significados mais simples do Princípio divino que lhes é ensinado.” Manual, § 2° do art. 20.

Tanto para o estudante como para o professor, o obedecer e o compreender o significado dos preceitos do Manual com relação ao sistema educacional da Ciência Cristã avivam a capacidade e o desejo de curar a doença e o pecado. Adquirimos nova percepção com respeito ao motivo, ao método e à Ciência da cura espiritual; e faz-se, então, sentir um mais profundo apreço pelas responsabilidades e os deveres do metafísico cristão.

Isso conduz-nos a outra área das inspiradas normas do Manual em que a obediência é absolutamente vital para o trabalho de cura eficaz: a ética da prática da Ciência Cristã. Aprende-se, por exemplo, a moral de não monopolizar o ministério de cura onde quer que se resida, ou na igreja (ver § 30 do art. 8°); de manter em absoluto sigilo o contato com um paciente (ver § 22 do art. 8°); de manter puros o ensino e a prática da Ciência Cristã (ver §§ 9°, 10 e 11 do art. 8°).

Muito também é dito, no Manual, especialmente sob o subtítulo “Para a orientação dos membros”, com relação aos elevados padrões morais e espirituais exigidos para se viver a Ciência Cristã, padrões que, quando seguidos, certamente fortalecem nossa prática de cura e salvação. Lemos: “Na Ciência, só o Amor divino governa o homem, e o Cientista Cristão reflete os suaves encantos do Amor, pela repreensão do pecado, pela verdadeira fraternidade, caridade e perdão.” Ibid., § 1° do art. 8°.

Além disso somos orientados a observar adequada reverência por Cristo Jesus (ver § 3° do art. 8°); a orar diariamente por nós e pela humanidade (ver § 4° do art. 8°); a glorificar a Deus quando damos crédito a uma cura (ver § 24 do art. 8°). Somos advertidos de nos abstermos da má pratica e de não cultivar ódio, animosidade ou inimizade contra os demais (ver §§ 1°, 3°, 8°, 25 e 26 do art. 8°). Somos alertados a orar diariamente para anular as sugestões agressivas da mente carnal (ver § 6° do art. 8°), e aprendemos que a prática da Ciência Cristã deve sempre estar em conformidade com a Regra Áurea (ver § 8° do art. 8°). Podemos ser gratos por serem essas obrigações e padrões cristãos, bem como as muitas outras normas contidas no Manual, inevitáveis, se sinceramente nos esforçamos para andar nos passos do Mestre, Cristo Jesus. E o caminho do Mestre é certamente o caminho de se conhecer Deus e cumprir com Suas ordens.

O que foi dito nos parágrafos acima, porém, mal e mal toca na rica profundeza da experiência e revelação que a Sra. Eddy incorporou ao escrever o Manual e que oferece imensurável inspiração e ânimo àqueles que hoje em dia se esforçam por ser sanadores cristãos. Uma das biografias da Sra. Eddy observa que, como Fundadora da Igreja, esta “havia fornecido a forma.... Mas a igreja, tal como ela a via, ... não estaria completa até que a vida de todos os homens fosse vivida ‘de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte’.” Robert Peel, Mary Baker Eddy: The Years of Authority (Nova Iorque: Holt, Rinehart and Winston, 1977), p. 93. E podemos regozijar-nos por dispormos do Manual e seus Estatutos que fornecem coesão, um fundamento sólido da lei divina. Auxiliam-nos a aprender como usar nossa vida como “pedras que vivem” para o trabalho de construção da igreja que seguramente oferece cura, conforto e regeneração para o mundo. Por meio de nossa união e devoção a Deus, estamos preparados para esse propósito e dever sagrados.

O Manual de A Igreja Mãe tem relevância permanente, não apenas com relação à experiência e ao progresso do Cientista Cristão, mas também para o despertar espiritual da humanidade. Nossa obediência a seus Estatutos, que se derivam do Princípio divino, continua a apoiar o compromisso original de nossa Igreja para com a cura cristã radical e a redenção e salvação universal. E, com sua fidelidade inabalável ao Cristo, a Verdade, cada estudante constatará que seus esforços de curar serão fortalecidos, revigorados, iluminados.

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