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Há alguns anos, estando no escritório e com muita pressa, prendi os...

Da edição de maio de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


Há alguns anos, estando no escritório e com muita pressa, prendi os dedos na porta do cofre. Com a outra mão, consegui abrir a porta, mas ao olhar para a mão que estivera presa, vi ser preciso fazer algo sem demora. Naquele momento, a dor também começou.

Ao orar, a “exposição científica do ser” de autoria da Sra. Eddy (Ciência e Saúde, p. 468) veio-me à lembrança. Repeti a exposição toda, que termina assim: “O Espírito é Deus, e o homem é Sua imagem e semelhança. Por isso o homem não é material; ele é espiritual.” Repeti essa afirmação, em voz alta, várias vezes até que o sentido das palavras começou a despontar acima da pretensão de dor e senti-me completamente livre.

Voltei à máquina de escrever. Mas, ao olhar para os dedos, fiquei horrorizada de novo. Pensei que no mínimo eu perderia algumas unhas. Percebi que tinha de trabalhar mais e, assim, continuei a orar. Ao fazê-lo, veio-me ao pensamento que minha perfeição como criatura de Deus estava profundamente enraizada na Verdade e no Amor; que essa perfeição incluía cada aspecto do meu ser. Sobreveio-me grande paz e vi que podia terminar meu trabalho sem olhar para a mão. À noite, todo sinal do ferimento havia desaparecido e nunca perdi nenhuma das unhas.

Sou muito grata por essa e por muitas outras curas, não apenas de males e ferimentos físicos, mas também de outras formas de discórdia ou mesmerismo.

Após passarmos algum tempo no exterior, meu marido e eu decidimos voltar à nossa terra. Após fazermos a reserva das passagens, de repente nos demos conta de que tínhamos apenas duas semanas para fazer as malas, vender toda nossa mobília e organizar tudo o que tinha de ser feito antes de partirmos. Sabíamos que havíamos tomado a decisão certa e oramos a cada passo do caminho. Em conseqüência, pudemos fazer tudo em tempo, sem o mínimo de correria ou de fadiga.

Uma vez a bordo do navio, descobrimos que membros de uma igreja filial em nosso porto de embarque, haviam colocado literatura da Ciência Cristã a bordo e que o primeiro oficial estava estudando Ciência e Saúde. Obtive permissão para usar o refeitório dos oficiais, pelas manhãs, a fim de estudar a lição-sermão, constante do Livrete trimestral da Ciência Cristã.

Ao chegarmos ao nosso destino, descobrimos que todo o nosso excesso de bagagem havia sido transportado de graça. Nenhum volume foi danificado e nada foi quebrado. Os tripulantes comentaram conosco que nunca haviam tido uma travessia tão calma do Atlântico.

Logo encontramos uma casa de que gostamos e a compramos. No dia seguinte ao de nossa mudança, porém, fomos informados de que havia outro comprador envolvido. Em breve, um homem muito irritado veio à nossa casa e, sem se apresentar, disse-nos que não éramos nós os legítimos donos, e sim que ele o era, e iria despejar-nos. A princípio, ficamos abalados e o medo ameaçava dominar a situação. Mas então percebemos que ali estava uma oportunidade de estabelecer nosso lar numa base espiritual — o fundamento da Verdade — e começamos a orar. Também contratamos um bom advogado, pois a Sra. Eddy diz (Ciência e Saúde, p. 542): “Que a Verdade ponha a descoberto o erro e o destrua do modo como Deus o destrói, e que a justiça humana imite a divina.”

Sabíamos que não tínhamos feito nada de errado e afirmamos que “a inocência e a Verdade vencem o crime e o erro” (ibid., p. 568). Inocência e verdade constituem o homem real, e crime e erro desaparecem à medida que compreendemos e demonstramos esse fato espiritual.

O medo foi vencido ao percebermos que a consciência divina, o verdadeiro lar do homem, está livre de medo — está segura, é bondosa e abarca tudo. Quando a companhia construtora suspendeu nosso financiamento, e as tentativas de nos despejar aumentaram, tivemos de afirmar que o erro não tem poder. Paulo disse a respeito de Deus (Atos 17:28): “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos.” Para mim isso significa que vivemos, nos movemos e existimos em todo o bem e que podemos estar certos de que nenhuma circunstância pode nos expulsar de nosso lar — da consciência do verdadeiro ser, o ambiente da integridade divina. Sabíamos que o lar real do homem é um baluarte, ou fortaleza, contra o qual os elementos do mal, ou o anticristo, não têm poder.

Quando documentos falsos foram forjados, afirmamos, em oração, que não há mentiras na Verdade e que o poder purificador do Amor traz à luz e elimina tudo o que não é verdadeiro. E faz isso por meio da cura.

Assim, quando a hora parecia mais negra, quando o grupo rival parecia estar rindo à socapa, sentimos profunda gratidão por tudo o que possuíamos do ponto de vista humano: boa saúde, suprimento abundante, um lar acolhedor e, acima de tudo, amor pela humanidade. Vimos como uma consciência repleta de gratidão traz à luz pensamentos belos, animando um intercâmbio de amor que envolve a todos.

Então, o erro foi desmascarado e o tribunal atestou que éramos, de direito, os proprietários da casa. Sou muito grata por termos podido acalentar em Amor todos os envolvidos na situação e por nenhum traço de ódio ou de ressentimento ter, em momento algum, maculado a atmosfera do nosso lar.

Que todos os que lerem este testemunho se regozijem conosco por a Ciência Cristã ensinar a onipresença e onipotência do Cristo, a Verdade, que cura toda discórdia, não importa o que pareça ser.


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