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Iluminando o ensino da Escola Dominical com o fulgor vibrante do Amor

Da edição de maio de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


Lembro-me dos pensamentos que inundaram minha consciência quando me pediram para lecionar na Escola Dominical. Primeiro, pensei que não estivera estudando Ciência Cristã por tempo suficiente para ensiná-la a outros. Em seguida, veio o medo da enorme responsabilidade de estabelecer um forte fundamento espiritual nas mentes dos alunos. E, então, perguntei-me se teria tempo de preparar lições bem planejadas, cheias de inspiração e cura.

Depois de pensar um pouco, vi que o erro — os pensamentos oriundos da mente carnal — fora ouvido atentamente por tempo suficiente. Ao volver-me por completo a Deus, a Mente divina, apenas uma pergunta surgiu: “Você ama a Deus de forma total?” Como poderia responder afirmativamente se estava pensando que só a capacidade pessoal ou a compreensão humana comunicavam as verdades da Ciência Cristã? Ao invés de perceber na Escola Dominical um grupo de professores a transmitir o conhecimento de Deus, de suas mentes para as mentes das crianças, eu tinha de ver que só há uma Mente, Deus. Desde esse plano mais elevado de visão, percebi que podia refletir, de forma natural, a inteligência de Deus, o que me tornaria capaz de lecionar eficazmente. Como Cristo Jesus o disse: “O Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz.”  João 5:19.

Também vi que um pesado sentido de responsabilidade pessoal pelo bem-estar das crianças carecia de base. Percebi que, como idéias de Deus, os alunos estavam constantemente sob Seu cuidado. Como todo pesquisador sincero da Verdade, expressariam a inteligência de Deus e saberiam tudo o que fosse necessário saber para serem sanadores iluminados, ativos e bem sucedidos.

Pode, porém, uma pessoa que tem sua agenda completa, dedicar tempo necessário a compilar uma lição bem organizada? Ponderando sobre essa questão, vi que não podia dar-me ao luxo de não achar o tempo. Servir na Escola Dominical não era apenas atividade valiosa e necessária para apoiar a igreja, era também um ímpeto vital ao meu próprio crescimento espiritual. A pesquisa extra que se faz — o vislumbre adicional da Bíblia que se ganha — cuja finalidade é esclarecer questões à classe, abre tesouros de pepitas espirituais que, de outra forma, talvez não se encontrem.

Comecei a ver a Escola Dominicial não apenas como uma sala cheia de jovens e crianças, mas como um vaso cheio de qualidades infantis como humildade, pureza, receptividade e amor. Trabalhando com um conceito mais elevado acerca da Escola Dominical, encontrei que há uma série de passos práticos para ajudar-nos a obter essa visão elevada.

Chegue cedo. Talvez isso pareça de pouca importância, mas pode estabelecer a diferença entre uma hora bem ou mal sucedida. Esses quinze minutos extras dão a oportunidade de se encontrar os que vêm pela primeira vez, dar-lhes as boas-vindas e familiarizar-se um pouco com eles. Chegar cedo permite ao professor sentir a disposição da classe e discernir qualquer necessidade específica. Saudar cada criança à medida que entra, provê a oportunidade de debater com alguma delas um problema individual que possa ter, mas que talvez esteja relutante ou temerosa de expor perante a classe toda. Se amamos a Escola Dominical o suficiente, nenhuma tentação pode privar-nos desses momentos importantes antes da aula.

Anime a participação das crianças. Há alegria em deixar os próprios alunos explicarem alguns pontos básicos da Ciência Cristã. E o professor pode verificar se há, na classe, qualquer conceito errôneo com relação aos assuntos discutidos em aulas anteriores. O maior amor que podemos conceder a uma criança é contemplar em cada uma o reflexo perfeito da Mente infinita. Isso as ajuda a responder com percepção metafísica.

Seja humilde e flexível. Embora os bons professores preparem as lições em casa e venham para a aula tendo uma visão dos tópicos que planejam cobrir, é importante ter a humildade e a flexibilidade de reajustá-los, se preciso, e corresponder à necessidade do momento. Amor altruísta, não orgulho ou vaidade, é requisito para atender às necessidades dos alunos. Certa ocasião, a casa de uma menina foi assaltada e, enquanto ela contava esse incidente, a professora viu que era essencial alterar sua ênfase e focalizar a discussão na verdadeira identidade do homem. Passaram a aula estabelecendo o fato de que o homem real é honrado e está completamente satisfeito. A disposição de lidar de maneira direta com necessidades específicas tornou a aula frutífera e sanadora.

Expresse amor por Cristo Jesus e por sua seguidora, a Sra. Eddy. É natural, para nós e para as crianças, reconhecer e apreciar o lugar que nossa Líder ocupa na Ciência Cristã e sua obediência ao Mestre, Cristo Jesus. Não requer a própria Sra. Eddy que estejamos alerta para esse fato? Declara: “Será dever de todo membro desta Igreja defender-se diariamente contra sugestão mental agressiva, e não se deixar induzir ao esquecimento ou à negligência quanto ao seu dever para com Deus, para com sua Líder e para com a humanidade.” Manual de A Igreja Māe, § 6° do art. 8°.

Explique a cura pela Ciência Cristã. Traga à luz o aspecto curativo das verdades da Bíblia. Mas, como curamos? Um dos alunos da Sra. Eddy relata que, ao descrever a melhor maneira de curar instantaneamente, ela disse: “É amar! Simplesmente vivei o amor — sede amor — amai, amai, amai. Não conheçais nada além do Amor. Sede totalmente amor. Não há nada mais. Isso fará o trabalho. Curará tudo; ressuscitará os mortos. Nada sede senão amor.” We knew Mary Baker Eddy (Boston: A Sociedade Editora da Ciência Cristã, 1979), p. 134.

Ame o ensino. Deveríamos deleitar-nos completamente em partilhar as preciosas verdades da Ciência Cristã. Se temos gosto em orientar e instruir os alunos em seu crescimento espiritual, eles o sentirão e lhe corresponderão. A classe pode florescer graças ao nosso zelo pela Ciência Cristã.

Ame os alunos. Podemos envolver mentalmente cada criança num manto de amor.

O ingrediente comum a cada um desses passos é o amor. Não é esse um sentido limitado e pessoal de amor, mas o reflexo do Amor divino, que ama de maneira infinita e imparcial. Com esse amor radiante a permear a consciência, toda a Escola Dominical ficará repleta de um fulgor ardente. Far-se-á um lugar em que cada criança será vista como um raio luminoso, vibrante de amor.

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