Grande parte da humanidade foi levada pela educação a aceitar a crença de que o homem é um mortal que adoece devido a coisas tais como clima, dieta, idade, acidente, hereditariedade, contágio ou, talvez, alguma disfunção inexplicada do corpo.
Muitas pessoas não levam em consideração o efeito do pensamento individual sobre a saúde. A base mental da enfermidade freqüentemente permanece inexplorada. O tratamento metafísico, que cura exclusivamente com espiritualizar o pensamento e colocá-lo em consonância com a realidade divina, não é levado em conta.
Mary Baker Eddy, Descobridora e Fundadora da Ciência CristãChristian Science (kris'tiann sai'ennss), tendo ela própria sofrido de séria enfermidade durante muitos anos, diz, porém: “A causa de toda suposta moléstia é mental, um medo mortal, uma crença errada ou convicção de haver necessidade de má saúde e de esta ter poder; é também um medo de que a Mente seja incapaz de defender a vida do homem e incompetente para governála.” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 377.
Alguém que está disposto a reconhecer que a doença é um estado mental a ser vencido por mudar-se o próprio pensamento, pode começar de imediato a realizar a cura. Não pode fazê-lo, porém, com recursos humanos. A verdadeira cura que regenera, só se realiza mediante a oração científica, como ensinada na Ciência Cristã e demonstrada por Cristo Jesus.
Tal oração reconhece que as leis espirituais mantêm eternamente toda a criação em perfeita harmonia. Como filhos de Deus, foi-nos outorgada herança espiritual, não material. Bem-estar inalterado vem com ela. A doença, portanto, reduz-se a uma crença ilusória, errônea, da mente humana. Para nos curarmos de tal crença, podemos ir diretamente ao Amor divino. O amor de Deus guia, governando, corrigindo, esclarecendo, expandindo o pensamento, até que vejamos algo de nossa integridade nascida nos céus. Com aptidão, a Mente desvenda, mediante o Cristo em nossa consciência, os fatos exatos de nossa identidade espiritual que colocam um ponto final ao domínio da mente mortal. Com o pensamento divinamente retificado, o corpo exala saúde.
O processo de orar pela cura e de aprender mais acerca de como a Mente governa o corpo não pode ser estereotipado nem reduzido a uma fórmula. Cada um de nós aprende lições diferentes mediante vitórias individuais sobre as tentações do pecado e o temor a doenças. Mas existem alguns pontos gerais que podem ser tomados em consideração ao desenvolver-se a habilidade de curar.
Negar a realidade da doença
Quando ocorre uma enfermidade, talvez procuremos descobrir qual é o problema, o que o causou, quão sério é, quanto tempo irá durar, e assim por diante. Mas aprendemos a evitar esse beco mental sem saída e a nos voltar à Verdade, afirmando que Deus é tudo e que estamos espiritualmente imunes à doença. Então estaremos obedecendo à ordem de Jesus: “Lançai a rede à direita do barco.” João 21:6. Posicionados no lado correto, olhamos de frente para a crença fictícia de que a doença é verdadeira e negamos cientificamente sua presença. Isso não significa tapar a cabeça para não ver o perigo. A negação nos sustenta até que possamos ver que doença não é real e nunca o pode ser. Uma posição firme reforça a intuição espiritual que nos impede de ceder à ilusão de doença.
Não dar crédito aos sintomas
Sintomas parecem consubstanciar a sugestão de que a enfermidade está avançando e não pode ser detida. Sintomas, porém, não passam de ineficazes sugestões dos sentidos materiais, as quais temos a liberdade de rejeitar vigorosamente porque não têm base na realidade. Não provêm de Deus, e não há necessidade de temê-las. Ao invés, podemos tomar a posição inegável de que, em realidade, somos idéias espirituais inatacáveis e incapazes de deteriorar, idéias a salvo no reino divino. Essa atitude dá-nos domínio e aguça as armas mentais com que combater a doença.
Descobrir que Deus nos quer curar
Quem dentre nós já não duvidou, por vezes, da onipresença de Deus e de Sua capacidade para resolver nosso problema em particular? Ou, talvez não tenhamos duvidado de Sua habilidade, e, sim, de nosso vigor e compreensão. Em tais momentos, quão reconfortantes são declarações tais como esta feita pela Sra. Eddy: “Dize aos doentes que eles poderão fazer frente à doença sem medo, se apenas se compenetrarem de que o Amor divino lhes dá todo poder sobre toda ação e condição físicas.” Ciência e Saúde, p. 420. Descobrir que o Amor está gentilmente dando a cada um de nós o poder do conhecimento e da inspiração espirituais que curam pode vir de um momento para o outro, ou somente depois de esforço devotado e persistente. Mas somos sábios em nos volvermos com sinceridade para Deus que sabe tudo o que há, em realidade, para saber a nosso respeito. E não precisamos dar ouvidos às sugestões diabólicas que sutilmente sugerem, ou descaradamente gritam que o homem, o bem-amado de Deus, é incapaz.
Discernir que a doença é mental
Precisamos reconhecer claramente que a doença é mental. É raro a mente mortal aceitar prontamente essa novidade. E, por vezes, falar ou ler a respeito desse fato parecerá mais fácil do que comprová-lo, quando pensamos estar-nos o corpo a dizer que estamos doentes. Mas tais sugestões, embora descaradas, realmente nunca procedem do corpo, mas da mente mortal. “Quando se supõe que o corpo diga: 'Estou doente', nunca te reconheças culpado”, escreve a Sra. Eddy. “Como a matéria não pode falar, deve ser a mente mortal que fala; portanto, enfrenta essa insinuação com um protesto.” Algumas linhas mais adiante, diz: “A moléstia não tem inteligência para declarar que é algo e para declinar seu nome.” Ibid., p. 391. Mesmo que uma posição inflexível se faça necessária quanto a esse ponto, precisamos continuar a declarar nossa unidade com nosso Pai-Mãe, o Espírito. Lidando em pensamento para remover as concepções humanas errôneas que nos iludem, deixamos que a Verdade aumente nossa visão espiritual, até estarmos livres. Isso desativa o aparente poder do corpo de fazer voltar-se a atenção para o seu estado físico e deter nosso impulso rumo ao Espírito.
Denunciar como falsa a falsa evidência
Sendo a doença uma concepção errônea, qualquer aspecto de qualquer doença, em qualquer estágio, dá falsa evidência. Por vezes, bem depressa detectamos e desarraigamos as crenças materiais que incitam à doença. Então a evidência falsa, geralmente chamada de testemunho do sentido corpóreo ou físico, que caracteriza a doença, dissipa-se imediatamente. Outras vezes, muito crescimento precede o silenciar total da evidência falsa. Nesse ínterim, o cuidado de enfermagem na Ciência Cristã pode ser conveniente. Mas quer alguém se ache procurando a verdade para vencer um resfriado quer uma doença alegadamente fatal, não deve cooperar com qualquer anormalidade corporal pensando nela, examinando-a, ou remoendo-a. Podemos cessar de nos sentir postos contra a parede até mesmo pela mais obstinada falsa evidência, quando aderimos meticulosamente à verdade do grande amor de Deus por nós, de Seu cuidado infindável para com todos, verdade que impede absolutamente a possibilidade de doença. Nada nos anima, conforta e tranqüiliza tanto, como a convicção de que o Amor divino é onipresente, enchendo o universo. A doença não tem de onde provir, porque o Amor é Tudo. Esse vislumbre traz animação, sustentação e gentil orientação ao nosso tratamento. Capacita-nos a nos esquivarmos firmemente de toda tentativa do erro de buscar autenticidade.
A doença será por fim eliminada, quando a humanidade cessar de identificar-se com o ponto de vista adâmico e ganhar a perspectiva espiritual que Paulo descreveu, quando disse: “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vós.” Romanos 8:9. Esse declínio da doença não pode vir por meio de pesquisa médica nem por qualquer outro método humano, porque tais esforços estão baseados na matéria.
Fazemos nossa parte em apressar a remoção de toda doença, se disciplinamos pacientemente o pensamento, diariamente, para refletir sobre nossa gloriosa perfeição como obras de Deus, do Espírito. Isso reduz a tendência de nos preocuparmos com o corpo, de condescender com ele, de falar nele, ou de mimá-lo.
Quando nosso interesse estiver mais freqüentemente focalizado em ver no homem o representante da Alma, sempre sadio e santo, poderemos nos afastar com maior rapidez da crença na doença e aceitar a consciência divina, onde Deus revela eternamente as alegrias da perfeição espiritual. E nesse estado do ser, mesmo que este por ora se nos torne tangível apenas por curtos períodos, vencemos a enfermidade de maneira completa e permanente.
Olha para Sião, a cidade das nossas solenidades;
os teus olhos verão a Jerusalém, habitação tranqüila,
tenda que não será removida,
cujas estacas nunca serão arrancadas,
nem rebentada nenhuma de suas cordas. ...
Nenhum morador de Jerusalém dirá: Estou doente.
Isaías 33:20, 24