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Onde há Amor não existe carência

Da edição de maio de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


Desaquecimento ... recessão ... desemprego ... futilidade ... essas sugestões desanimadoras permeiam muito do noticiário atual e assaltam indivíduos e nações como miasma mortífero. No entanto, há resposta a esse contágio eivado de temor e às circunstâncias que parecem justificá-lo.

Com a pura compreensão da Verdade e do Amor podemos enfrentar, baseados no domínio que Deus deu ao homem, a tentação de crer em incertezas pessoais e perigos econômicos. A Ciência CristãChristian Science (kris'tiann sai'ennss) torna claro o que significa para nós a onipotência do Amor divino. Mostranos como dar prova prática da ação da Verdade. Quando compreendemos a Verdade em sua Ciência prática, verificamos que ela afasta o medo, realiza ajustes acertados, substitui a carência pela abundância.

Que a ajuda divina está disponível em meio à escassez e à desordem social é um dos temas principais das Escrituras. Grande turbulência prevalecia nos tempos bíblicos. Contudo, o triunfo do poder espiritual sobre as condições materiais brilha através dos ensinamentos proféticos e é ilustrado repetidamente pelos personagens do Antigo Testamento ao se sobreporem a perigos e adversidades. É ainda melhor iluminado e confirmado inequivocamente nos ensinamentos do Novo Testamento — e, particularmente, nas portentosas provas de suprimento e provisão concedidos por Deus, provas dadas por Cristo Jesus e seus seguidores.

Aquilo que procura ocultar a evidência da abundância de Deus e do Seu cuidado infalível é a idolatria do pensamento mortal — é a determinação de resolver as coisas mediante o raciocínio humano, ao invés de resolvê-las pela compreensão espiritual; é a confiança nos meios e recursos materiais, ao invés de confiar na orientação da Mente divina.

Será que nos voltamos para outras fontes e supostos poderes que não o Amor todo-abundante ou a Mente suprema? O que precisamos é a disposição de fazer da onipotência do Amor divino o ponto de partida de nosso modo de pensar. A receptividade espiritual abre nossa visão para a soberania inexpugnável e a ação salvadora da lei de abundância do Amor. Cristo Jesus indicou o caminho: “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:33 (conforme a versão King James).

O ilimitado universo do Amor caracteriza-se pelo bem que jorra sem cessar. Porque o bem é infinito, ele é infinitamente diverso em expressão. E sendo infinito, todo o bem está em toda parte, assim como todo o bem está exatamente aqui. O bem divino encontra expressão na imensurável abundância de idéias espirituais da Mente. A infinidade dessas idéias dá testemunho da inteireza e da inteligência suprema da Mente. Sua diversidade sem limite dá prova de que seja qual for a idéia espiritual alguma vez concebida como necessária, ela já existe na Mente. Portanto, a carência é desconhecida na presença de Deus.

Além disso, a infinidade e a diversidade das idéias de Deus asseguram a inteireza, o estado impoluto e a perfeição do homem, que é o reflexo completo, ou seja, a imagem, da Mente. A consciência que o homem tem das idéias da Mente é a substância real do homem. Essa verdadeira consciência — a Mente a refletir sua própria natureza, seu conteúdo e sua plenitude — não tem limite. Constitui o reino dos céus, o qual Jesus disse estar dentro em nós — dentro, na verdadeira consciência e no ser do homem.

A Ciência Cristã mostra que essa consciência e substância espirituais estão ao nosso alcance agora, em nossa experiência humana no presente, mediante a compreensão de Deus revelada, e proporcionada pelo Cristo e pela Ciência Cristã. Ao percebermos a plenitude do ser do homem, que lhe foi dada por Deus, temos os meios espirituais para enfrentar eficazmente todas as pretensões mortais de carência.

Por vezes, a pretensão inicial de carência concentra-se em não se saber exatamente o que fazer — falta de um sentido de direção. No entanto, a completa disposição de trabalhar com Deus em espírito de oração, depositando irrestrita e inabalável confiança em Deus, ilumina o nosso sentido espiritual. Então estamos preparados para ouvir a orientação da Mente onisciente; estamos prontos para responder àquelas intuições celestiais que nos mostram o caminho certo a seguir.

Ou então, o obstáculo parece ser uma opinião negativa a nosso próprio respeito: a falta de um sentido de valor. A Ciência Cristã soluciona tal coisa — não com edificar um sentido mortal do eu com base num ego humano, mas com despertar-nos para perceber o domínio, a pureza e a glória da natureza real do homem como representante de Deus.

Quanto mais aprendermos da plenitude e da perfeição do Amor divino, tanto mais claramente reconheceremos a grandeza e o valor do homem como idéia de Deus. E essa é a nossa verdadeira identidade agora, apesar do que o sentido mortal atesta. Realmente não somos entes finitos em luta para progredir, impelidos pelo egotismo ou pelo medo mortal. Dado a ele por Deus, o homem tem um eu espiritual que se desdobra sempre devido ao incessante impulso carinhoso da Alma infinita, ou Mente.

Para o sentido mortal, o que se faz premente parece ser solucionar a falta de emprego. Para o sentido espiritual desperto, porém, há este reconhecimento, como Mary Baker Eddy o coloca: “O homem é a expressão do ser de Deus.” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 470. Claro é que a “expressão do ser de Deus” não pode estar senão empregada — não pode estar senão perpetuamente ativa; nunca está separada do propósito e das capacidades que lhe foram outorgados por Deus nem excluída da oportunidade de expressá-los. O homem nunca poderia ficar separado de realizar o propósito divino, para o qual Deus o criou.

O homem pode parecer estar à procura de maior quantidade de substância. Contudo, a Ciência Cristã demonstra que a substância do homem é imensurável porque é, no seu sentido mais original, o Espírito infinito e o Amor ilimitável. A substância real do homem nunca está confinada à matéria nem cerceada pelas circunstâncias materiais. Irrompe através desses limites ilusórios de concepções finitas, porque existe no Deus infinito e pertence ao Deus infinito. Como a Sra. Eddy explica: “A Alma tem recursos infinitos para abençoar a humanidade, e a felicidade seria alcançada mais facilmente e estaria mais segura em nosso poder, se a buscássemos na Alma.” Ibid., p. 60.

Que dizer de uma aparente falta de iniciativa, de motivação, de vigor ou do poder espiritual que salva e cura? Quem ou o que pode resistir às energias infinitas do Amor? O que poderia, alguma vez, reduzir à inatividade a oniação da Mente, as forças incomensuráveis da Alma? Pontos de vista limitados a respeito de nosso Deus infinito precisam ceder à percepção engrandecida de Sua ilimitada bondade e de Seu ilimitado poder, percepção de que Deus governa incontestavelmente Sua criação, e de que o homem expressa a inteligência e as energias divinas.

A única conclusão possível, na Ciência Cristã, é a de que as energias da Verdade, contra as quais não pode opor-se coisa alguma, estão sempre a se expressar na economia divina — com espontaneidade, de modo frutífero e com poder irresistível. Os recursos ilimitados da Alma manifestam-se para sempre no cumprimento do propósito eterno de Deus de expressar a Si Próprio, e isto pode ser comprovado mediante a Ciência do Cristo, em nossa vivência no presente.

Essa oniação, essas forças espirituais, essas energias divinas, esses recursos ilimitados do bem — todos eles estão agora e eternamente manifestados na própria auto-expressão do Amor divino e essa auto-expressão é o homem. Nessa verdadeira identificação de quem e do que somos e de quem e do que são todos os demais, encontramos a realização de nosso ser individual. A carência cede lugar à abundância, e o medo cede ao domínio e à satisfação espiritual do homem.

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