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A fé sob prova de fogo

Da edição de setembro de 1983 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando confrontadas com problemas difíceis, as pessoas talvez sintam que sua fé esteja sendo submetida a uma prova de fogo.

Em tais momentos de provação não basta meramente afirmar que tudo sairá bem porque acreditamos em Deus e em Sua capacidade de nos tirar da dificuldade. Pode ser até que tenhamos boa dose de força para agüentar duras experiências, ou a paciência para cuidar de algum membro de nossa família que está enfermo. Contudo, o propósito final de nossa fé precisa ser sua translação a uma compreensão de Deus. Isso capacita-nos a encontrar soluções que satisfazem e cura completa, de modo que já não nos limitamos a aceitar problemas como naturais e inevitáveis, ou a erradamente procurar ajudar Deus com remédios humanos e, em decorrência, obter apenas resultados parciais.

Fé é busca ativa de compreender Deus e nosso relacionamento com Deus, mesmo quando tudo corre bem em nossa vida. Tal compreensão requer esforço e aprofundamento, quando surgem desafios. Fé é qualidade moral que a mente humana aspira obter e obtém quando ocorre a regeneração.

Cristo Jesus, mediante sua confiança completa e inabalável na onipotência de Deus, não só nos mostrou como curar, mas também ressaltou que as curas resultam de haver fé genuína no coração daqueles que se voltam para Deus.

A Bíblia fala-nos em uma mulher que, depois de muitos anos de enfermidade, foi recompensada instantaneamente quando se voltou para Cristo Jesus. O Mestre correspondeu imediatamente ao seu anseio e à sua fé. Esse conhecimento da existência espiritual manifestou-se na cura dela. A mulher sabia que uma mudança havia ocorrido e se apresentou quando Jesus perguntou quem o havia tocado. Ele lhe assegurou: “Filha, a tua fé te salvou: vai-te em paz.” Lucas 8:48.

A fé é eficazmente demonstrada quando a crença humana no poder de Deus transforma-se em compreensão espiritual, a qual interrompe o curso de alguma doença ou algum pecado e os inverte de modo que não têm mais realidade para o indivíduo que busca a cura ou a reforma.

Mary Baker Eddy teve sua fé provada no fogo em diversas ocasiões, mas não perdeu a confiança em si mesma ou em Deus. Com paciência e coragem, progrediu através de cada experiência. Sua compreensão a respeito de Deus e a confiança total em Deus a levaram a curar outras pessoas e a escrever o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, que revela a essência espiritual da Bíblia. Estabeleceu o método científico das curas realizadas por Jesus de modo que todos os que desejam, podem seguir inteiramente o caminho de Jesus. É uma revelação profunda e ímpar.

No livro-texto a Sra. Eddy diz-nos: “A fé é mais elevada e mais espiritual do que a crença. É o pensamento humano em estado de crisálida, no qual a evidência espiritual, que contradiz o testemunho do sentido material, começa a aparecer, e a Verdade, sempre presente, vai sendo compreendida.” Ciência e Saúde, p. 297.

Certa mulher, nos Estados Unidos da América, recebeu notícias de que seu filho de quatorze anos, que então morava com o pai em outro país, havia desaparecido. A mulher atendeu ao pedido de fotografias recentes do jovem a fim de ajudar a polícia, e, como estudante de Ciência Cristã, orou. Voltou-se para os fatos espirituais sobre Deus e a verdadeira identidade do jovem. O Glossário de Ciência e Saúde explica o que Deus é: “O grande Eu Sou; Aquele que tudo sabe, que tudo vê, que é todo-atuante, todo-sábio, a tudo ama, e que é eterno; Princípio; Mente; Alma; Espírito; Vida; Verdade; Amor; toda a substância; inteligência.” Ibid., p. 587. O livro-texto assim define o homem: “A idéia composta que expressa o Espírito infinito; a imagem e semelhança espiritual de Deus; a representação completa da Mente.” Ibid., p. 591.

A mãe reconheceu que, como idéia do Amor, o menino não estava privado da proteção, da provisão e da orientação do Amor. Como idéia da Mente que tudo sabe e tudo vê, seu filho não podia estar perdido para a Mente nem cessar de ser a representação da Mente. A mãe sabia que Cristo, a Verdade, haveria de revelar o paradeiro do jovem. O fato espiritual era o de que o menino nunca podia desaparecer da Vida, mas que a todo momento estava sendo sustentado por Deus. Com a ajuda dedicada de um praticista da Ciência Cristã, os temores da mãe foram dissipados e em seu pensamento não mais houve dúvida de que o jovem seria encontrado.

Transcorrido quase um ano, a mãe foi informada de que o filho havia sido encontrado e estava a salvo. Ela foi à Inglaterra com o fim de dar os passos necessários a trazer o filho para morar com ela nos Estados Unidos da América. Lá ficou sabendo que, por se ter recusado a voltar para a casa do pai, o jovem teria de permanecer aos cuidados das autoridades locais até completar dezoito anos.

Não estando preparada para essa complicação, a mulher, amargamente desapontada e frustrada por essa impossibilidade, explicou os acontecimentos ao praticista. Graças à ajuda dedicada deste, foi ela rapidamente libertada da ansiedade e de um falso senso de responsabilidade. Seu sentimento obstinado cedeu ao desejo de ver feita a vontade de Deus. Expulsou de si o mero sentimento pessoal de maternidade e, com ele, a pretensão de pessoalmente saber o que era melhor para o filho. Olhando para além do que parecia ser uma situação sem esperança, a mãe começou a sentir profunda gratidão pela proteção que o jovem havia tido.

Os esforços da mulher em levar o filho para casa dela ainda se defrontaram com maiores complicações. Ao orar, certos pontos foram esclarecidos. Primeiro: era desejável que o relacionamento entre o filho e o pai fosse restabelecido; segundo: que o filho retomasse os estudos e adotasse um estilo normal de vida. Como nenhum desses passos pareciam compatíveis com ação legal que ela vinha considerando mover, a mãe decidiu não movê-la.

Embora tivesse anteriormente se oposto à idéia de o filho ir para um lar adotivo, a mãe, depois de haver conhecido a família que estava disposta a acolhê-lo, reconheceu com gratidão que essa era uma provisão do Amor. Decidiu confiar em que Deus é o verdadeiro Pai-Mãe e revelaria tudo o que o jovem precisasse saber e compreender.

O jovem voltou a estudar e então começou a visitar o pai. Quando atingiu os dezesseis anos voltou a morar com o pai e esse relacionamento ficou restabelecido. Aos dezoito anos conquistou várias medalhas. Em seu trabalho escolar e no emprego, o jovem vem progredindo continuamente e em sua vida particular está ajudando outros.

Assistida pelo praticista e por suas próprias orações, a fé dessa mulher suportou a prova de fogo. Capacitou-a a demonstrar o controle de Deus que governava a ela mesma e ao filho.

Nem a esperança nem a fé, qualidade que a acompanha, são passivas. São degraus úteis e necessários que conduzem da crença cega em Deus — crença que realmente está inconsciente do quanto Deus pode fazer por nós — para o ponto em que somos capazes de depositar em Deus nossa confiança total. Aprendendo que Seu poder jamais pode ser desafiado, encontramos salvação de todo tipo de experiências infelizes e perturbadoras.

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