Problemas relacionados com imóveis podem ser resolvidos tão facilmente quanto aqueles que envolvem dificuldades físicas ou falhas morais. A breve receita para oração que Cristo Jesus nos deixou é tão aplicável hoje como quando foi pronunciada séculos atrás: “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:33 (conforme a versão King James).
O grande Mestre asseverou que o reino de Deus está em nós mesmos (ver Lucas 17:20, 21) e se revela quando substituímos o testemunho do sentido material com lógica científica cristã. Partindo da premissa de que Mente é termo sinônimo de Deus, concluímos que o Seu reino e a Sua justiça são a Mente e sua expressão de idéias. As idéias são a verdadeira substância subjacente às coisas acrescentadas.
A Sra. Eddy corrobora o reconhecimento do reino pelo Mestre em sua definição de homem, aqui reproduzida parcialmente: “Ele é a idéia composta que expressa Deus e inclui todas as idéias corretas. ...” Ciência e Saúde, p. 475.
Uma dessas incontáveis idéias corretas é a de lar. Como idéia, o lar é espiritualmente mental. Assim, precisamos dirigir o olhar para além da constituição efêmera, formada por uma estrutura física, por materiais e pertences físicos, voltando-o para as qualidades que se relacionam com sua substância, como, por exemplo, paz, segurança, felicidade, ordem e afeto. A consciência desses atributos imateriais ajuda-nos a compreender que o homem inclui a idéia de lar. E damos prova de que ele a inclui ao incorporarmos nós qualidades espirituais. Pensar que o homem possa estar desprovido de um lar é tão inconcebível como imaginar que um raio de sol não tenha luz e calor. Uma idéia eternamente unida à sua fonte está livre de todo erro em razão da natureza pura de sua substância. Quando percebemos que a Mente sempre mantém suas idéias e nunca as negligencia, é-nos possível provar que o lar não pode ser perturbado, destruído ou abandonado. A avareza, a infidelidade, o orgulho e a ingratidão podem ser evitados ou exterminados.
A oração habilita-nos a contemplar o homem como completo, isento de carência. Se a questão é a de encontrar, vender, comprar, alugar ou arrendar uma casa, um apartamento, um casebre, uma cabana coberta de sapé, ou um trailer, podemos reconhecer e reivindicar qualidades divinas e aplicá-las em nossa vida diária. O casal (ou a pessoa) que desperta para o seu verdadeiro lar verá esse desejo sincero transformar-se numa realidade tangível. O lugar que Deus tem preparado se revela, e a maneira de obtê-lo torna-se clara.
Vamos supor que temos uma casa à venda há um bocado de tempo. A placa Vende-se à frente da casa talvez até tenha criado raízes! Mas, há esperança. Podemos saber que crenças em excesso e escassez, altas taxas de juros e inflação são impotentes para obscurecer ou destronar na consciência a verdadeira idéia de lar. A função de uma idéia é abençoar. Se a venda é adiada, é-nos possível compreender por meio da oração que o lar não é alguma coisa abandonada, não reclamada e sem dono. Uma casa vazia poderia implicar uma pessoa sem lar. Paulo refuta a possibilidade de alguém não ter um lar, com seu lembrete: “Pois nele [em Deus] vivemos, e nos movemos, e existimos” Atos 17:28, o que é outra indicação de que o lar não está confinado a um local em especial, comprimido dentro em quatro paredes, mesmo que gostemos muito dele. O lar está localizado dentro em limites da Mente onipresente. Portanto, em realidade, todos possuem um lar. E esse fato espiritual é demonstrável.
A calma certeza, a expectativa do bem e uma confiança inabalável em Deus dissipam o medo e o desânimo. Rejeitemos a sugestão de que transações comerciais possam ser bem sucedidas apenas em determinadas épocas do ano. A atividade correta não pode ser influenciada pelo acaso, pela superstição ou por estatísticas premonitórias. O controle da Mente é constante. Em conseqüência, nenhum espaço sobra para que fraudes ou desentendimentos se insiram na realidade. A compreensão ativa da lei de Deus protege-nos como escudo contra aquilo que é falso.
Os ventos da economia vacilante sopram em vão quando nossos assuntos são conduzidos de acordo com o invariável Princípio (outro sinônimo com que a Ciência Cristã se refere a Deus). Apoiando-nos em Sua direção infalível, podemos acompanhar uma transação de compra ou venda até o seu fechamento. Cada detalhe pode desenrolar-se para a satisfação e o bem de todas as pessoas envolvidas.
Precisamos exercitar o domínio que Deus nos deu, compreendendo que uma recessão é simplesmente uma suposição coletiva falsa, um conceito errôneo a respeito da natureza divina, imparcial e outorgante do céu. Haver redução na beneficência ininterrupta de Deus é impossível. Como poderia Deus descontar ou reter uma partícula do bem? Seu cuidado perpétuo por Sua criação garante o estado harmonioso do homem.
Jesus ilustrou a provisão contínua do nosso Pai. Em duas ocasiões alimentou sem aviso prévio milhares de pessoas fatigadas (tempo não era fator em seu trabalho). Jesus também recebeu da boca de um peixe o dinheiro para pagamento do imposto. Adotar o amor de Jesus pela humanidade revelará a lei divina com referência a oferta e procura. Jesus trabalhava para o bem de todos a partir do ponto de vista da totalidade de Deus. Prometeu: “... eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” João 10:10. Os perigos coletivos de uma economia perturbada serão ajustados à medida que mais e mais indivíduos reivindicarem a herança de substância inexaurível que o homem tem. Em Ciência e Saúde a Sra. Eddy oferece a seguinte declaração: “Para os sentidos físicos, as estritas exigências da Ciência Cristã parecem peremptórias; os mortais, porém, estão se apressando em compreender que a Vida é Deus, o bem, e que em realidade o mal não tem lugar nem poder na economia, quer humana, quer divina.” Ciência e Saúde, p. 327.
O quanto é prático esse discernimento foi provado quando meu marido recebeu um aviso de que transferido. No início de novembro entregamos nossa casa aos cuidados de um corretor de imóveis. Embora as atividades do mercado estivessem vagarosas, assinamos um contrato de venda pelo valor real de mercado logo depois dos feriados de fim de ano, o que representou o ápice de um número considerável de propostas interessantes.
Uma declaração que me é muito cara, em Ciência e Saúde, descreve o fundamento de uma economia forte e estável: “Na relação científica entre Deus e o homem, descobrimos que tudo o que abençoa um, abençoa todos, como Jesus o mostrou com os pães e os peixes — sendo o Espírito, não a matéria, a fonte do suprimento.” Ibid., p. 206.
Os argumentos associados a condições econômicas adversas com relação ao mercado de imóveis serão rebatidos à medida que comprovarmos que nossa verdadeira propriedade existe na Mente.
