Pedro e outros pescadores haviam labutado durante toda a noite e não haviam apanhado nada. Então, quando Cristo Jesus pediu-lhes que tentassem de novo, “apanharam grande quantidade de peixes; e rompiam-se-lhes as redes”. A pesca foi tamanha que “encheram ambos os barcos” Lucas 5:6, 7.. Como foi isso?
Jesus ensinou seus discípulos a abandonarem o testemunho mentiroso do sentido material e a olharem para as coisas desde o ponto de vista do Espírito, Deus. Certa ocasião, o Mestre declarou: “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até a ceifa? Eu, porém, vos digo: Erguei os vossos olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa.” João 4:35.
A Ciência Cristã ensina que insuficiência de qualquer tipo não é um fato do ser, mas é um erro do sentido material, o sentido falso que alega que Deus onipotente, o Amor, está ausente. Esse sentido mentiroso sussurra que Deus não cuida sempre de Sua amada imagem e semelhança, o homem. Ora, Deus e Sua imagem são inseparáveis. A totalidade do Amor, portanto, impede a carência. A Mente, Deus, nada sabe de insuficiência. Não importa quão complicadas sejam as provas de carência, ou há quanto tempo esta se manifeste, ela cederá quando afirmarmos com constância a verdade presente e potente de que Deus é Tudo.
Admitir a carência como fato, como algo permanente ou temporariamente real em nossa experiência, seria como que reconhecê-la e legitimá-la. Ao lidar com a alegação de carência, é comum termos o pensamento fixo no problema, enquanto tentamos resolvê-lo por repetir verdades sanadoras. Durante todo esse tempo, a crença na realidade da carência fica sem ser desmascarada. Mas crenças discordantes, de qualquer tipo, inclusive de doença, cedem à verdade do ser, percebida e vivida. Em Não e Sim, a Sra. Eddy escreve: “É científico despojar a doença de toda a realidade e para isso conseguir não podeis começar por admitir sua realidade.” Não e Sim, p. 2.
Um hino conhecido reconhece o fato científico:
E quando tudo mais falhar,
Só Tu me restarás;
Que satisfeito possa eu
Teu nome celebrar.Hinário da Ciência Cristã, n° 224.
Por meio do estudo sincero da Ciência Cristã, aprendemos que a abundância, na verdade, independe de emprego, pessoa, carreira, dinheiro, herança e assim por diante. O bem vem diretamente de Deus e não precisa de intermediários. Nada pode desviá-lo, bloqueá-lo nem impedi-lo. Conhecendo essas verdades, podemos provar que não existe poder que possa acabar com nossa presente e constante expressão do bem, sob qualquer forma em que se faça necessária. Deus é nosso provedor, nosso empregador.
O homem de Deus está livre de dívidas. Pode acaso o reflexo de Deus sentir falta de algo? Pode perder o que lhe pertence?
O fato de que os erros dos sentidos pareçam muito reais, às vezes, especialmente durante períodos de grandes transformações no mundo, não os torna reais. Tais erros são miragens e na verdade não estão em parte alguma. Na medida em que pararmos de legitimar esses erros para nós e para nosso próximo, reconhecendo, em oração, o cuidado eterno e onipotente que Deus tem pelo homem, veremos que estamos incluídos na abundância espiritual. O homem está sempre completo.
Deus é o eterno doador e o homem é o eterno receptáculo do bem infalível, invariável, o bem que não conhece lapsos nem limites. Isto já é verdade agora. O homem não o torna real. Deus o fez verdadeiro. Um aluno da última classe da Sra. Eddy lembra-se das seguintes palavras ditas por ela a seus alunos: “Tudo é de Deus; tudo Lhe pertence. Este tudo, vós o refletis.” We Knew Mary Baker Eddy (Boston: The Christian Science Publishing Society, 1979), p. 149.