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E nossos filhos?

Da edição de maio de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Inúmeras horas e muitos milhões de dólares estão sendo gastos à procura de um meio para resolver problemas causados pela escassez cada vez maior de recursos naturais. Tal procedimento provavelmente esteja certo.

Mas, e os nossos filhos? Não constituem eles recurso primordial? No entanto, parece que, às vezes, as crianças do mundo são tratadas com menor atenção do que o petróleo ou o gás. Há pais e outros adultos que as exploram e maltratam. Por exemplo: Será que a indústria de diversões não tira, às vezes, vantagem — por frio lucro — da fascinação mórbida de alguns jovens por atos imorais ou ilegais?

O lar proporciona tradicionalmente proteção, oferece um lugar em que os pais ajudam os filhos a tomar decisões sábias e os impedem de agir erroneamente. Mas, e os jovens que não contam com lares ou têm lares infelizes? Considerando que formamos todos uma só família humana, todas as crianças são nossos filhos. O que é que nós podemos fazer?

Podemos optar por sustentar organizações de boa reputação que trabalham eficazmente a fim de ajudar a geração mais jovem. Mas, podemos fazer ainda mais. Podemos orar. A oração desempenha papel relevante. A necessidade básica individual é a de que cada um de nós obtenha a convicção de ser Deus seu Pai-Mãe e de ser cada pessoa o filho precioso de Deus. Obviamente, existem necessidades práticas: de comida, roupa, moradia, bem como de afeto, orientação, disciplina, educação, ocupação. Mas, acima de tudo, a criança precisa sentir a presença de Deus.

Quando uma criança começa a perceber, por meio da Ciência Cristã, a presença de Deus, suas demais necessidades são atendidas na forma que melhor se adaptar à sua compreensão no momento. Cristo Jesus prometeu: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino [o reino de Deus] e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:33. Na oração está o modo de procurarmos Sua justiça. A oração tem efeitos práticos.

Muitas pessoas que lêem este artigo viveram situações, ou ouviram falar em situações, aparentemente desoladoras, mas que deram certo no fim, devido à oração. Quando eu estava cursando o 2° ciclo, tive grave infecção nos pés. A praticista da Ciência Cristã que minha mãe chamou, estava calma ao vir à minha cabeceira. Fiquei impressionado com seu carinho. Lembrou-me de que Deus é Tudo, de que Deus estava ali comigo todo o tempo, zelando por mim. Dentro em breve, eu estava de pé e são.

O que fora removido, porém, não havia sido meramente a infecção. Fora, essencialmente, o medo que existira em meu pensamento e no de minha mãe. Algumas crenças de doença e mortalidade profundamente enraizadas cederam um pouco à verdade cientificamente cristã de que o homem é o filho de Deus. Ao mentalmente nos elevarmos e, aceitando-o, andarmos com esse fato sagrado, meu corpo lhe obedeceu.

As crianças do mundo necessitam desesperadamente de um amor espiritual prático. Os adultos podem aceitar e ponderar verdades científicas, tais como o fato de que Deus é o único criador, que faz Suas idéias perfeitas e que mantém tudo harmonioso sob Seu controle absoluto. O que parece ser crianças manipuladas ou que manipulam, violência juvenil ou dirigida contra as crianças, são conceitos errôneos sobre o ser real, crenças falsas que Deus nunca fez e que, portanto, nos é possível provar serem carentes de poder.

Nossas orações têm que ser mais do que pensamento positivo, ou do que idealizações baseadas na nossa própria noção do que está certo ou errado. Por meio da oração, podemos discernir que Deus perfeito e homem perfeito estão em toda parte. A batalha básica, por fim, dá-se na arena mental. Podemos ater-nos a verdades espirituais específicas. Os filhos de Deus Lhe obedecem, têm-se amor mútuo e são atraídos só pelo Espírito. E podemos rejeitar as sugestões mortais de que os jovens sejam facilmente influenciados pelo mal ou que sejam violentos por natureza. Quando assim oramos, enfrentamos o inimigo no campo de batalha, ao invés de agitar uma bandeira de ressentimento no topo da montanha errada.

“Mas,” talvez pensemos às vezes, “não posso simplesmente ficar sentado e orar. Tenho que fazer algo.” Talvez seja esse o caso. Ou talvez fosse alguma outra pessoa quem deveria fazê-lo. Ou talvez esse algo já está sendo feito. A questão é que, quando oramos cientificamente, nossos olhos se abrem à Verdade, cuja lei sustenta o que é sábio e bom, qualquer que seja sua origem. O bem é o resultado para todos os envolvidos.

Os pais têm a responsabilidade especial de treinar os filhos moralmente de modo a serem membros úteis da sociedade. Os pais também precisam animar o pendor natural, espiritual, de suas famílias, que às vezes parece ameaçado por pressões de colegas sugestões perniciosas. Abordados corretamente, tais encargos não são difíceis. Podem, porém, exigir que os pais gritem e resmunguem bem menos com os filhos e orem bem mais a Deus.

Nossa responsabilidade mais importante como pais, mesmo em um lar desfeito, é a de ver tanto a nós como às crianças como pertencentes a Deus — como sendo Seus filhos espirituais. A identidade real é sábia, obediente e bela. Nossa Líder, a Sra. Eddy, escreve: “Lembra-te nitidamente de que o homem é o descendente de Deus, não do homem; que o homem é espiritual, não material; que a Alma é Espírito, está fora, nunca dentro, da matéria, e nunca dá vida e sensação ao corpo.” Ciência e Saúde, p. 396.

Essa visão crística, amada e vivida, diminui, e, finalmente, desfaz elementos caóticos tais como a teimosia e o egoísmo, em ambas as gerações. O Cristo universal, a Verdade, traz a todo lar, em qualquer cultura, qualidades tais como paciência, alegria e afeição mútua. Essas qualidades fazem com que os pais sejam mais razoáveis nas exigências feitas aos filhos, faz com que os filhos se tornem mais obedientes. Sob a autoridade do Cristo, disciplinar os filhos deveria ser menos necessário e mais eficaz, porque motivado pelo desejo altruísta de despertar e curar, em vez de pela necessidade egoística de punir ou de prover bálsamo ao orgulho ferido.

Pais que obedecem com sinceridade aos mandamentos de Deus não precisam ficar ansiosos nem oferecer desculpas por esperarem que a família também lhes obedeça. Sabem que os mandamentos precisam ser obedecidos para que se possa ser bom cidadão e para que se possa demonstrar, com coerência, as leis divinas da saúde.

E nossos filhos? E as crianças do mundo? Do ponto de vista da realidade divina, não são vulneráveis nem estão, muitas vezes, sujeitos a maus tratos. Cada qual, e cada adulto também, é filho de Deus.

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