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O toque do amor de Deus

Da edição de maio de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Muitas vezes, quando nos sentimos solitários, dizem-nos que devemos expressar, nós mesmos, mais amor. E geralmente é verdade que precisamos ser mais genuinamente amáveis com os demais. Mas, o que acontece quando já fazemos o melhor possível em expressar verdadeira gentileza e, não obstante, ainda nos estamos sentindo sós? Talvez haja uma lição mais profunda a aprender.

Em Ciência e Saúde a Sra. Eddy levanta uma questão que talvez nos desafie duramente: “Ser-te-ia a existência, sem amigos pessoais, um vazio? Virá então a ocasião em que estarás solitário e privado de simpatia; esse aparente vácuo, porém, já está preenchido pelo Amor divino. Quando chegar essa hora de desenvolvimento, ainda que te apegues a um sentido de alegrias pessoais, o Amor espiritual te forçará a aceitar o que melhor promover teu crescimento.” Ciência e Saúde, p. 266.

Será uma “hora de desenvolvimento” encontrar-se alguém sem amigos pessoais? Deus, que é Amor, não está ausente, nem Se retirou de nossa companhia, pois Deus está sempre presente. Mas nosso sentimento de solidão pode dar-nos boa oportunidade de afastar o olhar da crença de que nossa felicidade depende profundamente das idas e vindas de outras pessoas. Somos capazes de ver com maior clareza a necessidade de olhar mais para cima, para o amor de Deus, para aí encontrar as alegrias que Deus concede a cada um de Seus filhos.

Por vezes, quando nos sentimos solitários ou desprovidos de amor, está nos tentando a crença de que somos indignos de ser amados. O amor de Deus por Sua idéia, o homem, é incessante, a todos abrange, está sempre presente. O Amor divino nada sabe de falhas humanas, pois, como diz a Bíblia a respeito de Deus: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a opressão não podes contemplar.” Habac. 1:13. Deus mantém Sua manifestação, o homem, em perfeição digna de ser amada. Deus não nos conhece nem nos vê em qualquer outra forma, exceto na de Sua semelhança exata. Podemos apoiar-nos em Seu amor, nele repousar, contar com esse amor e dele desfrutar. Deus nos conhece como verdadeiramente somos — afetuosos e dignos de ser amados.

Mas, para sentir o amor de Deus, precisamos primeiro aceitar que é verdade o amor de Deus pelo homem. O homem não é um mortal, uma figura solitária, que busca o amor de um Deus distante e que procura relacionar-se com outras pessoas de modo mais amável. O homem é a expressão muito amada de Deus. Isto é verdadeiro com respeito a cada um de nós. Portanto, em realidade, nunca podemos estar separados de Deus ou uns dos outros. Precisamos, no entanto, reconhecer que Deus é Amor, identificar-nos como expressão do Amor e, então, envidar todos os esforços no sentido de expressar nossa individualidade genuinamente afetuosa para com todos aqueles com quem travamos relações. Eis a forma pela qual o Amor divino atende, ternamente, tanto às nossas necessidades como às de outros.

Haveremos de sentir definitivamente o amor de Deus quando aprendermos a manifestar, em nosso modo de viver, as qualidades espirituais e as morais do amor que atingem a todos. Gentileza, consideração, misericórdia indicam que nos importamos genuinamente com os demais. Expressar o amor de Deus também torna-nos atraentes aos outros porque com isto superamos as preocupações pouco interessantes e desagradáveis de pensar só em nós mesmos. E, quando nosso afeto não se dirigir exclusivamente a nós ou a um grupo seleto de amigos, seremos capazes de ver as oportunidades mais amplas de expressar o afeto e a compaixão que inevitavelmente nos presenteiam com numerosas amizades.

Existem inúmeras maneiras de expressar em maior grau este amor que a tudo inclui. É realmente um amor mais solícito. O amor espiritual para com os demais poderá começar pela oração diária em prol da humanidade, a oração na qual afirmamos que em verdade cada pessoa, no mundo, é a idéia de Deus e que, portanto, ela está abrigada, nutrida e é amada por Deus. Talvez tal oração nos leve a oferecer ajuda para solucionar problemas da nossa comunidade, a convidar alguém sem família para jantar conosco, a darmos uma palavra de conforto e cura a um vizinho. Logo, nossa oração talvez se amplie e se transforme no desejo de colocarmos nosso tempo ao dispor dos que desejam que oremos especificamente em seu favor.

Seja qual for o modo pelo qual a Mente divina nos dirija, descobriremos a satisfação de realmente ter o toque do amor de Deus e de ser amigos de toda a humanidade. A Sra. Eddy escreve: “O Amor universal é o caminho divino na Ciência Cristã.” Ciência e Saúde, p. 266.

Começando a aceitar a verdade a respeito do parentesco que existe entre o homem e Deus, e não só de nosso valor espiritual individual mas também de nossa capacidade de manifestar o amor de Deus, sentir-nos-emos mais seguros, mais consolados, mais amados. Então descobriremos uma coisa maravilhosa: que já não precisamos de amizades pessoais para reforçar o que pensamos acerca de nossa própria valia. Sabemos que somos queridos de Deus.

Isto não significa que deixaremos de amar os amigos chegados ou de ocasionalmente apreciar horas aprazíveis com eles; estaremos, isto sim, mais livres para incluir a todos em nosso amor e sentir algo do amor que Cristo Jesus deve ter sentido pelos demais quando disse a seus discípulos: “Como o Pai me amou, também eu vos amei.” João 15:9.

Não podemos predeterminar como essas oportunidades de manifestar o amor de Deus surgirão; mas, confiando em Deus e permitindo que nossa vida seja o reflexo brilhante de Seu amor, sentiremos Sua amável presença em toda parte.

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