Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Permaneça com a criação espiritual

Da edição de maio de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


A Bíblia começa por dois relatos contrastantes da criação. Um apresenta a criação como verdadeiramente espiritual; o outro expõe os erros básicos envolvidos no conceito mortal de uma criação material. Portanto, são irreconciliáveis. A primeira narrativa descreve o universo e o homem criados por um Ser Supremo ou Princípio divino — Deus — que fez o homem à Sua própria imagem e viu tudo o que havia feito como sendo bom e completo.

Acreditar que este homem espiritual, criado por Deus, tenha alguma vez penetrado na neblina de uma criação material como consta no segundo capítulo do Gênesis, para ser recriado por um Jeová tribal, do pó da terra, é compreender mal a natureza de Deus, o Espírito, e compreender mal Sua criação perfeita e infinita.

João declara ser Deus o único criador. Escreve: “Todas as cousas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” João 1:3. E a injunção de Isaías afasta-nos do segundo panorama material da criação: “Afastai-vos, pois, do homem cujo fôlego está no seu nariz. Pois em que é ele estimado?” Isaías 2:22.

A Bíblia retrata instrutivamente a humanidade, a espécie de homem descrita na segunda narrativa, como entrando num limbo mental — ansiando por saber a verdade mas com maior freqüência aceitando o mal. O homem mortal vagueia no erro, acreditando-se separado de Deus, o bem. Mas tendo comido da árvore do conhecimento do bem e do mal, constata que sua existência humana é indigesta. Não se torna como um deus, como lhe havia prometido a serpente. Ao invés, perde, em crença, o domínio a ele dado por Deus e tropeça num ermo de confusão e desilusão.

Ao corrigir o conceito sobre o homem que apresenta a este como um mortal doente ou pecador, Jesus deu prova de que o homem espiritual é o único homem criado por Deus. Jesus compreendia que o homem, como o reflexo de seu Criador, é perfeito e eterno e nunca pode estar separado de Deus. Cristo Jesus disse: “Eu e o Pai somos um.” João 10:30. E em Ciência e Saúde de autoria de Mary Baker Eddy, lemos: “Um só é o Princípio e sua idéia, e esse um é Deus, Ser onipotente, onisciente e onipresente, e Seu reflexo é o homem e o universo.” Ciência e Saúde, pp. 465–466.

É neste contexto de Deus perfeito e homem perfeito que a promessa de Jesus se confirma: “Aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço.” João 14:12. Se damos uma dentada na maçã do conhecimento material que Eva achou irresistível, encontramo-nos sujeitos ao sonho, banidos do Éden, lavrando o solo do pensamento mortal com Adão. Se permanecemos com o relato efetivo do primeiro capítulo do Gênesis, Deus perfeito e homem perfeito, podemos aprender a realizar as obras de cura que Jesus e seus seguidores realizaram e ainda estão realizando.

No reino do Espírito não existem alternativas materiais. Deus não conhece nenhuma, e Sua semelhança — o homem espiritual, nossa natureza real — não é tentado por nenhuma. O homem não vagueia entre dois conceitos acerca de sua fonte e de sua identidade, nem salta de um para o outro mediante o nascimento material e a morte material. O homem tem relacionamento indestrutível com Deus como a expressão de Seu ser. O homem não pode separar-se de Deus, criar-se ou recriar-se. Habita para sempre na Mente que é Deus como idéia individualizada de Deus.

Curar as crenças e os conceitos errados da existência mortal não é um processo mental intelectual da mente humana. Envolve humildade cristã bastante para aceitar Deus como a única Mente. Não existe outra substância, e o homem é a expressão desta Mente una e única, Deus.

Aceitando o mal como real, como um poder separado de Deus, e essa é a base de muita dedução e desespero humanos, descobrimo-nos e ficamos sujeitos ao azar, ao medo, ao sofrimento mental e físico, ao ódio, à depressão e a duvidar de nós mesmos. Que preço a pagar por acreditar num poder que não tem fonte para criar-se nem Princípio para manter-se!

O livro-texto da Ciência Cristã contradiz a pretensão de haver outro poder e destrói sua aparante credibilidade. Por exemplo: Deus é definido no Glossário como “o grande Eu Sou; Aquele que tudo sabe, que tudo vê, que é todo-atuante, todo-sábio, a tudo ama, e que é eterno; Princípio; Mente; Alma; Espírito; Vida; Verdade; Amor; toda a substância; inteligência” Ciência e Saúde, p. 587.. Esta definição, quando ponderada, entendida e mantida diante do pensamento, alinha-nos firmemente com o relato da criação espiritual dado no primeiro capítulo do Gênesis.

Não temos de ser gigantes metafísicos para superar os temores que nos afligem. A experiência de uma mulher num campo austríaco para prisioneiros de guerra, durante a Segunda Guerra Mundial, ilustra claramente este ponto. Foi-lhe dado um exemplar de Ciência e Saúde e, sem qualquer conhecimento anterior de Ciência Cristã, ela passou a lê-lo.

A mulher escreve: “Tive de súbito um vislumbre do que o homem é: a imagem e semelhança espiritual de Deus. Foi exatamente como se um nevoeiro se tivesse dissipado, e então percebi que o homem — como realmente é — não pode estar detido numa prisão, não pode achar-se confinado num acampamento de prisioneiros, pois é tão livre, e tão ilimitado quanto Deus. Pareceu-me ridículo pensar que se pudesse manter o homem atrás de uma cerca de arame farpado ou preso dentro de alguma coisa.” Um Sêculo de Cura pela Ciência Cristã (Boston: The Christian Science Publishing Society, 1966, 1972), pp. 130–131. À plena luz do dia e diante dos guardas saiu caminhando para fora do campo. Até o final da guerra, ela passou de uma experiência a outra, intocada.

Sempre estamos a salvo no reino de Deus, que está aqui e agora dentro do alcance de nosso pensamento. Não estamos confinados na matéria nem sujeitos a ela. O homem permanece na criação espiritual, descrita no primeiro capítulo do Gênesis, a idéia completa e perfeita de Deus.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / maio de 1984

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.