A missão de ensino e cura próprias do Cristo, o ideal eterno que Cristo Jesus exemplificou, está em ação ainda hoje. A Bíblia define a missão do Cristo, dizendo: “Para isto se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo.” 1 João 3:8.
O que quer que sugira que o homem, a verdadeira identidade de cada indivíduo, é menos do que a semelhança espiritual e perfeita de Deus, é por certo obra do diabo. Ora, o diabo foi classificado por Jesus como sendo apenas um mentiroso (ver João 8:44). Portanto, as obras “do diabo” não passam de mentiras. E toda pretensão diabólica e mentirosa da existência de um poder ou presença separados de Deus, o bem infinito, não tem escolha senão a de ceder perante o cumprimento, divinamente impelido, da missão do Cristo.
Deus, a Verdade perfeita, desconhece tanto o mentiroso como a mentira. A totalidade de Deus não inclui elemento algum de mal e, portanto, não tolera o pecado, a doença ou a morte. O Cristo de Deus, que salva a humanidade do erro, está sempre presente e ao dispor de todos. O Cristo foi exemplificado por Jesus e elucidado na Ciência Cristã.
Todo aquele que perceber em sua vida os efeitos sanadores do Cristo, pode acolher o Cristo em seu coração, mediante a compreensão e prática da Ciência do Cristo. No livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, a Sra. Eddy escreve: “Diz um apóstolo que o Filho de Deus [Cristo] veio para ‘destruir as obras do diabo’. Devemos seguir nosso Modelo divino e procurar destruir todas as más obras, inclusive o erro e a doença.” Ciência e Saúde, p. 5.
Se quisermos ser curados, podemos reivindicar ativamente nosso verdadeiro eu por nos colocarmos de acordo com a onipotência sempre presente da Verdade divina. Podemos atender às exigências do Cristo, tal como Jesus nos mostrou como atendê-las. Naturalmente, as exigências morais do ensinamento cristão aplicam-se a todos, em todos os tempos. No entanto, era comum Jesus também impor exigências específicas àqueles a quem curava — algumas vezes antes, outras após e, ainda em outros casos, antes e após os haver curado.
Um homem que havia estado enfermo durante trinta e oito anos recebeu a seguinte ordem: “Levanta-te, toma o teu leito e anda.” E, tendo-a cumprido, Jesus disse-lhe depois: “Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior.” João 5:8, 14.
Cristo, o ideal eterno de Deus, ainda impõe exigências aos indivíduos que procuram a cura cristã: exigências morais e espirituais que são tão distintas como aquelas feitas no caso citado. Podemos ficar devotamente atentos à correção do Cristo que reconcilia a humanidade com Deus, elaborando a salvação individual. Podemos nos colocar à prova, praticando tudo o que discernimos como passos de progresso à nossa frente. A um indivíduo pode ser necessária uma fé mais forte, a outro podem ser-lhe necessárias a coragem ou a confiança, e um terceiro talvez necessite tomar posição a favor da moralidade. É fácil ver que a mansidão e a obediência sempre são importantes ao indivíduo que dá atenção e se atém às contínuas exigências impostas pelo progresso espiritual, pondo-se assim de acordo com o Cristo que cura.
Todo erro que você enfrentar, haverá de ceder à proporção que você alinhar ativamente seus pensamentos, palavras e ações com a missão do Cristo. Para Deus, essa missão está sempre completa e já inclui a perfeição subjacente a cada cura. Mas até que todas as obras do diabo sejam expostas como mentiras, totalmente desacreditadas e completamente suplantadas pela Verdade demonstrada, a missão de Cristo, ordenada por Deus, continuará disponível à percepção humana. Lemos na Epístola aos Romanos: “Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus.” Romanos 14:11.
A missão divina do Cristo continuará a existir até mesmo quando não mais permanecer nenhuma crença no mal que tenha de ser destruída pela Verdade. Ciência e Saúde diz: “A personificação da idéia espiritual teve duração muito breve na vida terrena de nosso Mestre; mas ‘o seu reinado não terá fim’, pois o Cristo, a idéia de Deus, regerá finalmente todas as nações e todos os povos — de modo imperativo, absoluto e definitivo — com a Ciência divina.” Ciência e Saúde, p. 565.
Cada cura realizada por meios somente espirituais manifesta a onipotência do Espírito, Deus, o bem. Por isso, cada cura reduz, até certo ponto, a soma total da crença no mal. Portanto, satisfazer, sem ajuda material, a cada necessidade de cura, é algo imprescindível ao cumprimento da finalidade do Cristo. Nenhuma necessidade humana é demasiadamente insignificante para subtrair-se à cura cristã. E não existe nada sofisticado ou entranhado demais para resistir à missão do Cristo, que é a de salvar a humanidade. Realmente, na missão do Cristo acha-se incluída a cura de que você necessita. E é seu o prazer de comprová-lo.
