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Fique firme ― espiritualmente

Da edição de junho de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


Lá estava ele muito desanimado: solitário, do outro lado do mundo, longe de casa, em um país primitivo, separado da família que necessitava dele como pai. E ansiava pelo amor e conforto da vida em família.

Seu novo emprego não ia bem. Uma surpresa desagradável após a outra. Algumas semanas antes, na Europa, havia descoberto uma “conspiração” dentro da companhia internacional para a qual começara a trabalhar como executivo. E agora, aqui, num país em desenvolvimento, fora avisado pelos auditores de que seus empregados subornavam funcionários do governo. Também descobrira que os gerentes não estavam pagando as contas da companhia. À sua frente, estendia-se uma série de problemas difíceis.

Ao olhar da janela do hotel para uma cena de perpétua miséria, disse em voz alta: “Meu Deus, que desânimo! E essa gente aí nesses barracos também deve estar desanimada. O que devo fazer? Como devo orar? Dê-me algo a que me apegar!”

Sempre levava consigo, em suas inúmeras viagens de negócios, a Bíblia e os escritos da Sra. Eddy, que lhe davam muitas verdades às quais se apegar: verdades a respeito de Deus, do homem e do significado espiritual da vida. Por isso foi-lhe natural despertar no meio da noite, lembrando-se de algumas dessas verdades. Em seu pensamento estava vívida a revigorante idéia de que o Deus a quem orara não era uma divindade distante que o deixaria desamparado e solitário numa terra logíngua. Pelo contrário, seu Deus estava sempre presente, estava com ele naquele instante e sempre e, como João escreveu, “Deus é amor” 1 João 4:8..

O Cientista Cristão abriu Ciência e Saúde e leu as palavras da Sra. Eddy: “O Amor, o Princípio divino, é o Pai e a Mãe do universo, inclusive o homem.” Ciéncia e Saúde, p. 256. Lembrou-se de como a Sra. Eddy afirma, repetidamente, que Deus é tanto nosso Pai como nossa Mãe. Como é que um Deus de amor, um Deus que é Amor ― nosso Pai-Mãe celestial ― pode nos deixar desanimados e sem esperanças, quando nos voltamos a Ele de todo o nosso coração?

Pela primeira vez, esse indivíduo de fato sentiu a presença maravilhosa de Deus como Mãe! Isso lhe deu paz, esperança e força. Como Cientista Cristão, sabia que o erro a ser vencido era a falsa crença de que ele era um mortal abandonado por Deus. Na realidade, era o filho de Deus, sempre unido a seu criador, levando a cabo a obra de Deus, com o poder de Deus. Com esse fato espiritual, tinha a força, a inspiração, o talento e a orientação de que precisava para cumprir sua missão, enquanto estivesse cuidando dos negócios do Pai, expressando o amor e a inteligência de Deus. Ateve-se a essas verdades durante aquela noite e nos meses que se seguiram.

Ao continuar seu estudo de Ciência Cristã, sentiu-se elevado pela esperança e não esmagado pelo desânimo. Recordou-se de algo que lhe haviam contado anos antes: que o desânimo era a principal arma do diabo. Estudou uma declaração em Ciência e Saúde que lhe foi útil: “São coerentes os indivíduos que, vigiando e orando, ‘correm e não se cansam, caminham e não se fatigam’, que conseguem rapidamente o bem e mantêm sua posição, ou que o alcançam lentamente e não cedem ao desânimo.” E a Sra. Eddy acrescenta: “Quando esperamos pacientemente em Deus e procuramos a Verdade com retidão, Ele nos guia ao longo do caminho.” Ibid., p. 254.

Era-lhe reconfortante saber que não tinha de resolver todos os problemas com a oração de um dia, mas que, se necessário, poderia alcançar o bem lentamente e não ceder ao desânimo. De fato, a cura não foi rápida. O progresso veio passo a passo, à medida que aguardava a direção de Deus e tornava-se mais paciente com ele mesmo. Volvia-se continuamente à Bíblia, encontrando grande apoio, como a declaração poderosa de Isaías: “Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.” Isaías 40:30, 31.

Por meio de estudo e prática, estava aprendendo o verdadeiro significado da paciência: não um insípido sinônimo de cega resignação, não uma desculpa para o fracasso nem uma espera passiva. A verdadeira paciência é uma qualidade ativa que nos habilita a provar o poder e a presença de Deus. É uma exigência espiritual de não ceder ao mal, mas de progredir em face a dificuldades materiais.

A verdadeira paciência leva a resultados concretos, quando “procuramos a Verdade com retidão”. Tiago disse: “A perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.” Tiago 1:4.

Nos seis meses que se seguiram, o executivo demonstrou as verdades que estudara, vencendo cada problema que o confrontava, inclusive a “conspiração”, o suborno, a dívida não paga e a separação da família. Em menos de um ano, foi transferido para uma nova posição em sua terra, onde seus talentos eram mais necessários e onde podia voltar à plena atividade no lar e na igreja.

“Aprender a resolver um problema grave pela oração,” alguém me disse certa vez, “é como aprender esqui aquático. Lá está você, com água pelo pescoço, sem saber ao certo o que fazer. Mas você tem duas pranchas sob os pés, um cabo ao qual apegar-se e uma lancha para puxá-lo. De repente, a lancha começa a mover-se. Você sente um forte puxão e a água começa a revolver-se à sua volta. O que é que você faz? Larga o cabo? Não! Você confia, apega-se firmemente ao cabo que o puxará para a superfície! E lá vai você, deslizando sobre a água, sob o sol brilhante, enquanto não largar o cabo.”

Que comparação útil! Nosso trabalho ― e não é tão complicado assim ― é não largar, não ceder ao desânimo, mas ficar firmes ― espiritualmente.

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