Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

O homem nunca está desamparado

Da edição de junho de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


Para a mente humana, uma das mais desamparadas condições do homem é a da infância. Mas certa mãe provou que, quando o homem é devidamente visto como sendo espiritual, mesmo um bebê não está indefeso.

Essa mãe deixara a filhinha de um mês com parentes, enquanto fazia uma viagem curta até uma cidade a uns trezentos e vinte quilômetros de distância.

Ao voltar, naquela noite, disseram-lhe que o bebê tivera cólicas e que acordava constantemente, com dores. Haviam acabado de fazer a pequena adormecer, mas previam que esta acordaria chorando, em uma hora.

A mãe, que era Cientista Cristã, rejeitou de imediato tal sugestão, baseando-se no poder total do Amor divino. Tivera muita experiência com bebês e o seu nunca tivera problema algum desde que nascera, dormindo durante a noite toda. Confiante, a mãe preparou-se para dormir.

Porém, nem bem adormecera e a criança começou a chorar de dor. O primeiro impulso da mãe foi saltar da cama e correr em auxílio da criança. Como normalmente o faz toda mãe, estava pronta a prestar socorro e a carinhosamente acalmar a filha. Mas, de repente, veio-lhe um pensamento claro, como se alguém lhe dissesse: “Ela não está desamparada.” A mãe esperou um instante, dando-se conta de que tudo quanto o bebê precisava já estava presente, em virtude de seu relacionamento consciente com seu Pai-Mãe, a Mente. O que quer que a criança precisasse sentir ou perceber, Deus, sua Mente e Alma, já lhe estava provendo. A mãe entendeu com clareza que a criança não estava presa em um corpo indefeso de bebê, mas que era saudável, completa e perfeita como idéia, ou reflexo, de Deus, a filha do Espírito.

A criança parou logo de chorar e a mãe certificou-se que havia voltado a dormir calmamente. Nunca mais o bebê sofreu devido a esse problema.

Essa experiência ensinou à mãe muitas coisas. Viu a necessidade de recusar-se a crer em que qualquer pessoa esteja alguma vez desamparada. Percebeu que cada um tem a capacidade, originada em Deus, de, através do seu relacionamento espiritual com Ele, suprir suas próprias necessidades. Tal compreensão aplica-se a todas as alegações do mundo, de que o homem se encontre indefeso. A mãe começou a compreender que o amor verdadeiro por nosso próximo é o potente amor curativo, amor que discerne haver, para o homem real, isenção, completa, divinamente ordenada, de todo mal.

O mundo recebeu o exemplo vívido de alguém que nunca dependeu de meios físicos, e que, no entanto, deixou após si um incrível registro de ajuda ao próximo. Por meios espirituais apenas, o Mestre do cristianismo, Cristo Jesus, curava, de modo eficaz e rápido, todas as formas de males humanos.

Em todas as suas curas, Jesus anulava o que quer que pretendesse tornar o homem indefeso. Seu método era completamente prático. Ensinou esse método a seus discípulos e ordenou a todos os seus seguidores, a todos os cristãos: “Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios.” Mateus 10:8.

Por muitos anos os cristãos praticaram a cura espiritual. O materialismo crescente infiltrou-se, porém, na Igreja, obliterando a cura espiritual até que esta foi restaurada à humanidade, graças à descoberta da Ciência Cristã pela Sra. Eddy.

Por meio de revelação divina, nossa Líder percebeu o método de cura de Jesus. Deu-se conta de que o que parecia ser um homem mortal, numa combinação de qualidades materiais e espirituais, era de fato uma visão errônea do homem espiritual e real que Deus criou.

Raciocinando desde esta nova base, de que o homem real é perfeito e formado por Deus, e percebendo que o homem mortal e pecador era um conceito falso e totalmente irreal acerca do homem, tornou-se-lhe evidente de que modo Jesus e os primeiros cristãos curavam.

Viu que Jesus compreendia que a natureza real do homem era a emanação de seu Pai-Mãe Deus e que essa percepção rompia o conceito hipnótico de que o homem é originário da matéria. Daí resultaram curas. Foi assim que Jesus atendeu às necessidades humanas de maneiras maravilhosas e originais, porém práticas, incompreensíveis à mente humana, mas perfeitamente naturais ao pensamento espiritualizado.

Como cristãos, temos a oportunidade de seguir o exemplo de nosso Mestre e fazer o que ele fez. Desafiemos a mentira de que o homem seja vítima indefesa. Aprendamos a ver, no homem, a própria expressão de Deus e libertemo-nos com o poder da Verdade.

Todos nós temos a obrigação moral de discernir o homem ao qual Deus fez. A Sra. Eddy diz-nos o seguinte sobre o homem real, criado por Deus: “O homem é incapaz de pecar, adoecer e morrer.” Ciência e Saúde, p. 475. Segue-se daí que não há um único instante em que o homem não seja o que Deus o fez ser. Nenhum momento há em que o homem se encontre incapacitado de ser ou de fazer o que Deus lhe determinou que fosse e fizesse.

Crer que o homem possa estar desamparado é, de certo modo, imoral. Por quê? Porque, crendo nisso, aceitamos haver um momento em que o homem não é capaz de fazer o que é direito. Se alguma vez estivéssemos indefesos, incapazes de fazer o que é certo — independente das circunstâncias humanas — então haveria um momento em que Deus não estaria presente e o mal seria real.

Acreditar que o homem possa estar indefeso abre a porta para desculpar-se cada ato mau. Quando admitimos, ainda que só uma vez, que não podemos deixar de fazer o mal, seja por que razão for, econômica, sociológica ou biológica, sacrificamos nossa confiança no Princípio divino sobre o altar idólatra da mente humana, e perdemos nosso poder, conferido por Deus, sobre o mal. Ora, como há só um Deus e este é Princípio onipotente, o homem nunca perde seu domínio e isso pode ser comprovado na Ciência Cristã.

Se de fato amarmos nosso próximo e desejarmos bendizer a humanidade, não aceitaremos a crença de ser um homem desamparado o homem real. Oraremos até concluirmos que o homem tem de agir de acordo com Deus. Nunca nos permitiremos entreter o pensamento imoral de aceitar como homem qualquer coisa inferior ao homem espiritual. Nunca poderemos crer que o homem esteja em qualquer posição que não lhe permita fazer o que está certo. O homem real, o único homem, sempre pode e deve ser e fazer o que Deus, seu genitor, o Amor, o criou capaz de ser e fazer.

Neste mesmo instante, todos nós temos a oportunidade de ajudar nosso próximo, reconhecendo sua habilidade de ajudar a si próprio. Comprovemos, através do poder da verdade (a verdade do homem pertencente a Deus), que não há pessoa desamparada. Então curaremos como o Mestre e veremos a prova das palavras de nossa Líder: “O mal não é supremo; o bem não é impotente. ...” Ibid., p. 207.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / junho de 1985

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.