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Tendo em vista que a demonstração da Ciência Cristã não é tanto...

Da edição de junho de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


Tendo em vista que a demonstração da Ciência Cristã não é tanto uma questão de curas “importantes” ocorridas no lapso de uma vida, mas sim um viver espiritualizado dia-a-dia, está na hora de partilhar outra vez alguns dos maravilhosos frutos que nossa família teve, “.. . para que o meu espírito te cante louvores e não se cale. Senhor, Deus meu, graças te darei para sempre” (Salmos 30:12).

Até certo ponto, cada membro de nossa família provou, nos meses e anos recentes, a eterna presença de Deus ao romper os padrões limitados impostos por um conceito mortal e errôneo acerca do ser. O bem-estar espiritual, derivado da compreensão, na Ciência, de Deus perfeito e homem perfeito, tem-se manifestado em boa saúde contínua, em vida útil e produtiva, em suprimento abundante, tudo isso contribuindo para que cada membro da família se dispusesse a servir ainda mais a Deus e à humanidade.

Ao aprender que o homem é a imagem espiritual da Vida, Deus, a única Mente — nunca como origem ou criador, mas sempre como reflexo de seu Criador — vi-me cada vez mais livre do senso pessoal e errôneo de responsabilidade, ficando livre também da tensão, confusão, pressão, fardo e medo que geralmente o acompanham. Essa liberdade permitiu realizações harmoniosas e sem esforço, na família, na igreja, na profissão e no desempenho de deveres cívicos, sem conflitos ou sensação de exaustão. Também, à medida que nossos filhos cresceram e seguiram os seus rumos, a compreensão de que a Mente divina, o Amor, que sempre sustentou nossos passos, está agora, num certo sentido, “firmando” os deles, me consola, me liberta de preocupações e proporciona confiança na solicitude de Deus. O que eu mais agradeço, porém, é a compreensão mais ampla de que não existem duas criações — eternamente em conflito — mas uma só, a de Deus, o Espírito, o Tudo-em-tudo.

Algum tempo atrás, meu marido e eu estávamos dirigindo dois carros para o outro extremo do país, de mudança para outra cidade. Embora estivéssemos em pleno inverno, o tempo estava excelente, o céu claro e brilhante, e as estradas se encontravam completamente secas, sem neve ou gelo. No final de uma bela e clara tarde, escutava eu algumas fitas gravadas [produzidas por A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, em Boston, Massachusetts] com trechos de Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy. À certa altura, eu estava ponderando a seguinte afirmação que acabara de ouvir (pp. 214–215): “Nem a idade, nem o acidente, podem interferir nos sentidos da Alma, e não há outros sentidos reais. É evidente que o corpo, como matéria, não tem sensação própria, e não há esquecimento para a Alma e suas faculdades. Os sentidos do Espírito são isentos de dor e estão para sempre em paz. Nada pode ocultar deles a harmonia de todas as coisas ou o poder e a permanência da Verdade.” Dei-me conta de que estes não representavam meros pensamentos capazes de elevar, mas fatos espirituais a respeito do ser, presentes em toda parte como lei divina.

Quando o carro chegou ao cume de uma pequena lombada, acheime, sem qualquer aviso, em cima de gelo, que se tornara invisível devido a uma grossa camada de neve que o vento fazia roçar por cima do pavimento, a apenas 30 centímetros de altura. As linhas que marcavam as pistas estavam completamente encobertas por essa cortina veloz. Não me tendo apercebido de que estava rodando sobre o gelo, achei que era melhor reduzir a marcha e passar para a pista extrema, pois assim eu poderia usar a beirada da estrada como guia. No entanto, o mínimo toque nos freios sobre o gelo oculto foi o bastante para fazer o carro rodopiar, o que de fato aconteceu. Mas, no mesmo instante em que o carro deixou de estar sob meu controle, não tive nem sequer um resquício de medo, e veio-me calmamente o pensamento: “Deus está aqui.” Nos segundos que se seguiram, o carro girou e foi da estrada para o amplo valo que ficava entre as duas faixas da rodovia, capotou e parou com as rodas para o ar, atulhado de neve que entrara por uma janela quebrada que funcionara como concha.

Apesar da aparente confusão, eu estava plenamente consciente e perfeitamente bem. Não fiquei desorientada, não tive reação emocional, nem, mais tarde, o que chamam de choque. Além disso, em nenhum momento tive a sensação de estar de cabeça para baixo! Após o carro parar, eu simplesmente desliguei a ignição. Notei que o carro parecia estar cheio de silêncio e paz iluminados pelo sol, e senti a presença do Cristo, uma sensação inefável do amor e do cuidado de Deus.

Quase imediatamente surgiram vozes do lado de fora que indicavam pronta ajuda. “Você está bem?” perguntavam-me repetidamente. A cada vez eu respondia: “Claro que estou”, sabendo que a Verdade divina impõe sua própria autoridade, que é inteiramente aceitável à sua idéia, o homem. As pessoas que me socorreram tentaram abrir a porta que me estava oposta, mas não conseguiram, por isso vieram para o meu lado. Parecia que também não dava para abrir essa porta e, assim pediram que lhes trouxessem pás. Nesse ponto lhes afiancei que podiam abrir a porta e instei com eles para que fizessem nova tentativa. Dessa vez, a porta abriu facilmente e eu saí do carro.

Naqueles momentos de silêncio que precederam a chegada de ajuda exterior, percebi uma voz suave e um tanto distante, que falava em tom bastante comedido. Por fim, dei-me conta de que vinha do gravador — ainda em funcionamento debaixo de toda aquela neve! Eu sabia que as poderosas verdades que aquelas palavras estavam enunciando, e o Princípio puro, perfeito, presente e vivo a que elas se referiam, governavam a mim e a todos. Na realidade, minha consciência da Vida indestrutível que englobava a todos, foi tão completa que durante toda essa experiência nenhuma pessoa mencionou ajuda médica, ou ambulância ou primeiros socorros. Houve simplesmente ajuda pronta e amável.

Quando cheguei ao nosso câmper, que a essa altura meu marido havia trazido de marcha à ré para perto de onde eu me encontrava, o jovem que me ajudara a sair do carro disse: “É melhor a senhora dar uma olhada no seu rosto.” Eu o fiz e constatei que estava sangrando devido a vários cortes diminutos que não havia sentido. Concentrada na consciência completa do poder e da bondade de Deus, eu sabia absolutamente que não havia outra criação a não ser a de Deus, nem um lugar em que um pretenso oposto pudesse existir. Isso eliminou toda sugestão material que se apresentou naquele momento ou mais tarde. Instantaneamente os pequenos cortes pararam de sangrar. Limpei o rosto e, na manhã seguinte, não havia evidência alguma desses ferimentos nem de um outro um pouco maior no pescoço. Não houve também quaisquer outros sintomas posteriores, tais como contusões ou dores musculares.

Àquela altura havia caído a noite com ventos bem mais fortes e, conseqüentemente, menor visibilidade. Carros e caminhões derrapavam, alguns caindo nos valos de ambos os lados, leste e oeste, desse quase meio quilômetro de gelo encoberto pela neve. Um guarda rodoviário profetizou negras conseqüências antes de os caminhões com areia poderem chegar até ali. Outra vez, a consciência profunda do governo absoluto de Deus acalmou os meus pensamentos. Soubemos, mais tarde, que nenhuma pessoa ficou ferida naquela noite, embora os caminhões-guincho tivessem trabalhado muito, socorrendo vários veículos.

Estou profundamente grata pela inspirada, incansável e constante presença de espírito de meu marido. Tomou medidas eficazes que ajudaram a outros viajantes, bem como a nós mesmos.

Essa experiência foi mais uma prova de que “grande é o Santo de Israel no meio de ti” (Isaías 12:6). Todos os dias, tal como a Sra. Eddy descobriu e lealmente demonstrou na Ciência Cristã, as promessas de Deus são cumpridas! Afirma ela (Ciência e Saúde, p. 131): “O fato central que a Bíblia apresenta é a superioridade do poder espiritual sobre o poder físico.”

As leis de Deus continuam conosco em todos os tempos para serem amadas e obedecidas, livrando a humanidade de toda mentira de que existe o mal. Quando as reconhecemos e a elas aderimos, como Cristo Jesus, nosso querido Mestre, ensinou, essas leis revelam, em termos tangíveis, o Amor que é a Verdade e a Verdade que é todo o poder, o único Princípio divino, envolvendo nosso próximo como a nós mesmos e a nossa família, desde o vizinho mais próximo até aos confins da terra.


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