Confirmo o testemunho de meu marido. Aquele período foi de muitos desafios para mim. Acabávamos de chegar a uma cidade nova com dois filhos pequenos e morávamos com parentes que eu não conhecia muito bem, mas que também enfrentavam dificuldades. O que me deu coragem foi a certeza profunda de que o amor de Deus não nos traria tão longe para que os meninos ficassem órfãos de pai e para deixar a mim sem sua companhia e seu apoio preciosos. Eu sabia que, se chamasse um médico, como foi sugerido por parentes aflitos e bondosos, eu estaria rejeitando a oportunidade de provar “a vida harmoniosa — como o é eternamente a Vida”. [O trecho completo da página 495 de Ciência e Saúde pela Sra. Eddy diz: “Não deixes que o medo ou a dúvida obscureçam tua clara compreensão e tua calma confiança de que o reconhecer a vida harmoniosa — como o é eternamente a Vida — pode destruir toda sensação dolorosa daquilo que a Vida não é ou toda crença naquilo que ela não é.”]
O problema de meu marido querer morrer tinha de ser encarado e firmemente negado, usando verdades espirituais capazes de aniquilar a autocomiseração, o desânimo, o medo. Eu sabia que tais sugestões mentais agressivas tinham que ser encaradas como mentiras, sem poder nem autoridade, como nulidades. Eram estranhas à sua natureza. Desde que o conhecera, meu marido sempre fora um lutador. Aquela não fora a primeira vez em que tínhamos, juntos, enfrentado grandes desafios.
Certo dia, quando eu estava muito desanimada, abri a esmo minha Bíblia num trecho de que não me lembrava tivesse lido antes (Isaías 54:5): “O teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos é o seu nome.” O sentido espiritual desse trecho se me iluminou. Compreendi claramente que nunca poderia ficar separada de Deus e, por isso, eu e minha vida nunca poderíamos ficar separadas do sentido divinamente espiritual de “marido”. Aquilo constituiu um marco para mim. Houve daí para a frente progresso constante, até meu marido ficar completamente bom.
Conheci a Ciência Cristã nos meus primeiros anos de adolescência. Minha mãe tinha falecido havia pouco tempo e uma empregada provisória (que era Cientista Cristã) estava ajudando a dirigir a casa e a cuidar de minhas duas irmãs, de meu irmão mais moço e de mim. Naquele período, eu passava por muitos dos chamados problemas da adolescência, tais como espinhas, excesso de peso, rebeldia e, acima de tudo, um problema de fala (uma gagueira que tinha tornado miseráveis os meus dias na escola). Um dia, percebendo minha necessidade, nossa empregada contou-me a história de quando a Sra. Eddy caiu no pavimento gelado, a admirável cura que resultou de sua oração, e a subseqüente descoberta da Ciência Cristã. Essa história me fez querer saber mais sobre a Ciência Cristã. No domingo seguinte, fui à Escola Dominical da Ciência Cristã. o que marcou um momento muito importante da minha vida.
Durante aquela primeira visita à Escola Dominical, obtive um vislumbre mais espiritual do significado de família. Até aquele dia, embora sem estar realmente consciente disso, eu estava precisando de um conceito mais amplo de família. Anos mais tarde, a compreensão de que Deus era de fato meu Pai-Mãe e de que minha família real era a Sua família universal, trouxe à minha experiência, com o passar do tempo e em países distantes, “pais, mães, irmãs e irmãos”.
Meus problemas de adolescência não desapareceram da noite para o dia, mas a cura sobreveio quando os desejos humanos cederam a objetivos espirituais. O problema de fala foi curado enquanto eu aprendia a viver as qualidades cristãs de humildade, bondade, paciência, tolerância, humanidade, alegria. Aprendi que as restrições não nos são impostas por Deus. Estudei e sinceramente procurei absorver o espírito da declaração de Cristo Jesus (João 5:30): “Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo porque não procuro a minha própria vontade, e, sim, a daquele que me enviou.” Essas palavras deram-me muita força, equilíbrio, liberdade, e reconheci, nas palavras de S. Paulo (Filip. 2:13), que “Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”.
O nascimento de nosso primeiro filho foi assistido por um médico, em nossa casa, e por uma enfermeira da Ciência Cristã. A praticista da Ciência Cristã que orou comigo durante os meses anteriores ao nascimento, estava em nossa casa na hora do parto. O médico disse que tudo estava bem e que o nascimento deveria dar-se logo. Porém, estive em trabalho de parto nas trinta e seis horas que se seguiram.
Durante a gravidez, a praticista e eu tínhamos trabalhado com esta afirmação contida em Ciência e Saúde, a qual acompanha o título marginal “Obstetrícia científica” (p. 463): “Para assistir convenientemente o nascimento da nova criatura, ou a idéia divina, é preciso separar o pensamento mortal de suas concepções materiais, de tal maneira que o nascimento se faça com naturalidade e segurança. Embora reúna novas energias, essa idéia não pode causar dano a seu ambiente útil durante o trabalho do nascimento espiritual.” Estávamos sendo chamados a provar que a tínhamos entendido.
À certa altura, tornou-se-me subitamente imperativo fazer força, embora o quadro físico aconselhasse agir de outra forma. Minha obediência ao chamado deu à luz a criança, cujo cordão umbilical apertado ao redor do pescoço a impedia de fazer movimentos normais. Continuamos a orar, louvando nosso Pai-Mãe Deus por Seu maravilhoso amor e cuidado. Em seguida a criança chorou e tudo estava bem.
Por alguns anos, um de nossos filhos sofreu de estrabismo. Desde o começo apegamo-nos com firmeza ao seu direito de ter, como filho de Deus, visão perfeita. Quando se nos apresentava a sugestão de visão imperfeita, ele e eu declarávamos com firmeza que havia uma única Mente, Deus, e que esta Mente era a Mente dele.
Houve períodos de visão dupla e, mais tarde, nosso filho queixava-se de dores de cabeça. Como estas persistissem, levamo-lo a comprar óculos, mas ele os usou apenas um dia e depois livrou-se deles. Continuamos firmes com a Ciência Cristã.
Chegou o dia em que a visão dele ficou clara e assim permaneceu. Na adolescência, quando tirou fotografia para um passaporte, ficou evidente que seus olhos estavam corretos e sua visão, normal. Agora, há pessoas comentando com freqüência o quanto seus olhos são bonitos.
As curas aqui partilhadas dão apenas exemplos de como a Ciência Cristã afetou nossa vida, libertando-nos do medo e trazendo-nos verdadeira certeza de que Deus realmente satisfaz às nossas necessidades. Sou grata por amizades maravilhosas e duradouras, e pelas oportunidades de demonstrar que a Vida é harmoniosa, ilimitada, cheia de alegria e paz. Muito agradeço a esse Deus de amor infalível!
Wynberg, Província do Cabo, República da África do Sul
