Um filme sobre a vida na selva a que assisti na televisão mostrava uma pata selvagem cujo ninho fora feito numa árvore. A pata chocou os ovos. Quando chegou o tempo em que os filhotes estavam prontos para acompanhá-la até um lago ali perto, a pata selvagem voou até o chão e os chamou para que a seguissem. Os patinhos, no entanto, não sabiam voar como a mãe, por isso, um a um, todos tiveram de saltar para baixo, caindo ao chão desajeitadamente, mas valeu a experiência.
O último patinho relutou muito em saltar e ficou para trás durante algum tempo, enquanto a mãe continuava a chamá-lo insistentemente. A câmera mostrava o panorama que o filhote via desde o ninho e certamente parecia haver uma distância enorme até o chão. Mas, por fim, o patinho atendeu ao chamado da mãe e também pulou a salvo, seguindo os outros patinhos até à água para dar o seu primeiro mergulho.
Todos nós, vez ou outra, somos obrigados a dar grandes saltos na vida. Com um novo empreendimento comercial, talvez deixamos para trás um ambiente de conforto, a companhia de entes queridos, e fazemos novo começo numa área desconhecida; ou, talvez, precisamos assumir um cargo — ou aceitar uma responsabilidade — para o que não temos tempo nem disposição e para cujo desempenho não nos consideramos suficientemente qualificados; ou, ainda, talvez seja-nos preciso enfrentar e resolver um problema renitente que vimos tentando evitar ou ignorar.
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