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“Em meio a uma revolução”

Da edição de setembro de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


A mulher no púlpito nada sabe sobre Einstein, Heisenberg ou Bohr, nem sobre os grandes físicos do século vinte, que ainda não surgiram. Está ela proferindo um sermão em Boston, em 1880. Contudo, com segurança afirma o seguinte: “Estamos em meio a uma revolução; a física está cedendo lentamente à metafísica; a mente mortal rebela-se contra suas próprias limitações; cansada da matéria, gostaria de captar o significado do Espírito.” Christian Healing, p. 11.

A mulher era Mary Baker Eddy, a Fundadora da Ciência Cristã
Christian Science (kris´tiann sai´ennss). E algumas décadas mais tarde, livros e revistas de alcance popular lançavam-se com afinco a explicar ao público a extraordinária modificação que realmente vinha ocorrendo nas noções que os peritos em ciências naturais tinham acerca da matéria.

A matéria já não era considerada uma coleção de átomos substanciais. Essa tinha sido a noção adotada no século dezenove. No século vinte, compreendeu-se que a matéria era um agregado de partículas minúsculas, invisíveis e de pouca duração, menores que os nêutrons. Essas partículas, porém, são vistas como uma configuração de acontecimentos subatômicos, eventos que se modificam constantemente, que só se podem descrever em termos de probabilidades matemáticas. E as probabilidades se alteram pelo próprio fato de serem observadas!

Comenta um físico: “As flagrantes similaridades entre a estrutura da matéria e a estrutura da mente não nos deveriam surpreender muito, pois a consciência humana desempenha papel crucial no processo da observação, e, na física atômica, determina em grande parte as propriedades dos fenômenos observados.”  Fritjof Capra, The Turning Point: Science, Society, and the Rising Culture (Nova Iorque: Bantam Books, 1982), p. 86.

As declarações metafísicas da Ciência Cristã a respeito da matéria nunca antes foram tão precisas ou tão proféticas. “A matéria é um conceito humano” Ciência e Saúde, p. 469., escreve a Sra. Eddy em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. Noutra parte desse livro, diz: “A Ciência mostra que o que se chama matéria é apenas o estado subjetivo daquilo que a autora denomina mente mortal.Ibid., p. 114. E observa também: “Que a matéria seja substancial, ou que tenha vida e sensação, é uma das crenças errôneas dos mortais, e essa crença só existe numa espúria consciência mortal.” Ibid., p. 278.

Muitos dos conceitos hodiernos da física apresentam tendência semelhante. Há, contudo, diferença significativa. O físico teórico toma a evidência dos sentidos humanos como fornecendo a definição irrefutável da realidade cotidiana. Poucos físicos considerariam suas teorias sobre a matéria aplicáveis em uso prático imediato. Por certo não pensariam em aplicar suas opiniões sobre a matéria ao próprio corpo ou ao mundo tenso dos negócios, aos espaços para estacionar, ou às relações humanas, como o fazem Cientistas Cristãos!

A descoberta básica da Sra. Eddy ocorreu nesse contexto da vida cotidiana, e não num estudo teórico e enclausurado sobre a matéria. A Sra. Eddy sofrera um acidente que lhe ameaçava a vida, e aprendera que o estado físico aparentemente calamitoso em que estava seu corpo não constituía um fato irredutível. Sob a luz de uma potente e repentina compreensão de que a vida realmente está em Deus, no Espírito, na Mente, ela viu modificar-se o estado da matéria. Aquilo que parecera fisicamente substancial, doloroso e perigoso naquela situação, deixou de existir, quando seu pensamento foi inundado dessa nova noção de que Deus é todo-poderoso e está sempre presente.

Começou a compreender que o estado do corpo material era simplesmente a impressão daquilo a que ela mais tarde classificaria “mente mortal”. Quando essa assim chamada mente, ou esse conjunto equivocado de impressões dos sentidos, se modificou, o corpo também foi modificado.

Finalmente, graças às curas espirituais dela própria, bem como às de outras pessoas, a Sra. Eddy demonstrou, ou comprovou, a revelação que lhe vinha gradativamente, de que Deus é a única Mente real, de que tudo é a expressão impecável dessa Mente divina e de que a matéria não é a substância, a vida ou a inteligência que aparenta ser. Não é de surpreender tenha ela percebido nisso um ponto decisivo para a humanidade, e anteviu que os homens desfrutariam de enorme liberdade devido a essa compreensão precisa, científica, de que o homem é espiritual, e não material.

E as curas continuaram a ocorrer, curas de quaisquer doenças ou condições materiais concebíveis. Com freqüência, acompanham tais curas conclusões fundamentalemente modificadas quanto ao que é real. O tempo, as circunstâncias humanas, o estado físico do corpo, as vicissitudes da vida humana, todos se fazem muito menos básicos porque a realidade espiritual absoluta tornou-se muito mais visível.

Onde ocorre, então, a verdadeira revolução: no campo da física ou no que os homens compreendem acerca de Deus? Trata-se de revolução intelectual, ou espiritual? A revolução a que a Sra. Eddy se referia, ou seja, aquela na qual a física cede à metafísica, a matéria, ao Espírito, evolveu da descoberta de que Deus, a Mente, é Tudo. Essa compreensão espiritual, ou purificação da consciência humana, se reflete em certas modificações produzidas no pensamento do mundo, até mesmo no que os cientistas naturais pensam acerca da matéria. Em última análise, o que está ocorrendo é uma revolução espiritual, é o efeito de pormos de lado os pontos de referência tradicionais dos mortais, e de adotarmos uma nova compreensão do que é divino. É o resultado de, verdadeiramente, “nascer” do Espírito.

No mesmo sermão em que havia falado de revolução, intitulado Christian Healing, a Sra. Eddy disse: “A Ciência metafísica nos ensina que não há outra Vida, substância e inteligência senão Deus. ... Vede, ó Cientistas Cristãos, vós que professastes o nome de Cristo com significado mais elevado, que permaneçais coerentes com vossas afirmações e abundeis em Amor e Verdade, pois, a menos que façais isso, não estareis demonstrando a Ciência da cura metafísica.” Hea., p. 16.

Esta é, afinal, a revolução iniciada pelo próprio Mestre, Cristo Jesus. E ele disse desde logo aos que estavam dispostos a participar dela, que tal revolução requer de nós tudo, e nos dá tudo. Cada passo de inocente obediência em reconhecer o Pai-Mãe Deus, cada cura de pecado e doença, por mais simples, desempenha parte essencial nesta grande revolução que finalmente libertará toda a humanidade.

O que verdadeiramente move a humanidade para diante não é o estudo minucioso da matéria pelas ciências físicas, mas a compreensão espiritual a respeito de Deus e o homem. A grande revolução é espiritual. Impele a revelação da realidade e totalidade de Deus, e seu corolário inevitável, o novo nascimento e a cura. Caro leitor, sua demonstração, sua vida, é necessária. Você faz parte desta revolução capaz de mudar o curso da história.

Um editorial relacionado com este, intitulado “Não pensar mais na matéria” será publicado no mês que vem.

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