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Considerações sobre o tratamento pela Ciência Cristã

Da edição de abril de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


Qualquer pessoa que tenha dedicado bastante tempo à oração, logo conclui que oração é mais uma atitude do que a formulação especial de palavras. Satisfazemo-nos com nossas orações, isto é, sentimos que nos aprofundamos seriamente na oração, quando ficamos livres do envolvimento mental bastante comum com o eu humano insignificante e suas circunstâncias, e chegamos ao reconhecimento consolador da real presença de Deus conosco.

Os Cientistas Cristãos referem-se à oração específica que cura a doença e o pecado como “tratamento”. Tal como ocorre com outras formas de oração, o tratamento tem por objetivo abrir o pensamento para a admissão de que Deus é bom e está em toda parte, para o grande significado disso. Seguramente, o tratamento não é algo que, de modo apressado, faríamos por nós, desacompanhados de Deus, enquanto o poder de Deus ficasse aguardando para entrar em ação no final do processo. Assim, o tratamento eficaz não é meramente raciocinar sobre Deus, mas, tanto quanto possível, corresponder à Sua imediata presença.

Provavelmente, a maioria das pessoas concorda com que o único ponto de vista lógico a respeito de Deus é que Deus já é tudo o que Deus deve ser, e que Deus já deu ao homem e à criação o máximo de beleza, integridade e perfeição espirituais. O tratamento na Ciência Cristã
Christian Science (kris’tiann sai’ennss) parte desta posição.

Quando damos tratamento, afirmamos a onipotente lei de Deus para o bem, em termos específicos, com relação à doença ou a qualquer outra aflição humana. Por estar a excelência de Deus presente e expressa no homem que Deus criou, o tratamento nega poder às pretensas condições e leis de uma situação nociva. As duas coisas, afirmação e negação, ajudam-nos a ceder à verdade espiritual, a parar de sonhar que Deus está ausente, e a ver que é o Amor divino a causa única, a única lei e substância de nosso ser.

Deus é supremo. Deus governa o homem com amor e perfeição — agora, e não apenas mais tarde; aqui, e não só nalgum outro lugar. Estas verdades espirituais descrevem em parte o que a Ciência Cristã denomina a Ciência do ser, isto é, a verdade suprema e básica de todas as coisas. Esta Ciência indica que a natureza da vida, em verdade, tem de ser de notável excelência. Os Cientistas Cristãos optam por buscar uma compreensão desta excelência infinita, ao invés de se firmarem nesta antiga e não-compensadora figura insistente, a do mal.

Como Deus existe, deve existir consumada perfeição de vida e de substância criadas por Deus a ser discernida. Onde parece haver moléstia, por exemplo, existe inteireza e saúde para tudo o que diz respeito ao homem e à criação espirituais — uma maravilhosa exatidão que podemos perceber à medida que o pensamento se eleva. No entanto, um certo nível de coerência em ver todas as coisas na luz da perfeição de Deus só começa a vir-nos naturalmente quando vivemos de acordo com o Espírito, Deus — em obediência ao Cristo. Afinal, a vida que levamos é nossa oração fundamental.

Porque a criação de Deus, inclusive o homem, é boa, afirmamos no tratamento o fato espiritual e negamos a mentira dos sentidos materiais. Deus é, não só Espírito e Amor, Deus é a Verdade que define toda a realidade. Mary Baker Eddy explica o método do tratamento pela Ciência Cristã ao escrever em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Tratamos o erro pela nossa compreensão da Verdade, porque a Verdade é o antídoto do erro. Se um sonho cessa, fica destruído por si mesmo, e o terror acaba.” Ciência e Saúde, p. 346.

E, o que dizer se, no decorrer de um tratamento, não compreendemos plenamente a Verdade divina? Será desonesto afirmá-la? Não, não é. Desonesta é a sugestão do mundo de que ninguém pode realmente estar convicto da verdade espiritual. O que se verifica, com freqüência, é que à medida que avançamos com a verdade, a momentânea sensação de não saber se mostra ilegítima. Constata-se que tal sensação é algo imposto e sequer uma estimativa correta de nossa própria experiência de fatos espirituais e de curas já ocorridas. Mas a Sra. Eddy oferece este reconfortante parecer: “A Verdade tem efeito curativo, mesmo que não seja de todo compreendida.” Ibid., p. 152.

Provavelmente muitos já foram tentados a crer que tratamento é algo como arremessar argumentos da verdade contra um alvo material, na esperança de acertá-lo com força suficiente para causar um impacto! O esclarecimento dado pela Sra. Eddy em seus escritos, baseado em sua própria experiência de anos na prática da cura, tem muito mais sentido. A Sra. Eddy explica que a vida mortal é, toda ela, nada mais que um só e simples sonho ou pensamento errôneo de que vivemos sem Deus, embora esse sonho esteja povoado com diversas “mentes”. Assim, quando a Verdade é vista em sua glória, e o sonho esmaece, ainda que em pouco, a influência da Verdade toca também o paciente e este obtém a cura. Não são as palavras do tratamento, e, sim, a Verdade o que executa o trabalho, o que realiza a cura. No entanto, reconhecemos esta Verdade que liberta, na proporção em que desenvolvemos ativamente nossa própria salvação, obedecendo continuamente às exigências morais e espirituais do cristianismo do Cristo.

A razão primordial de podermos esperar que o tratamento cure, é a de que Deus é Tudo. Se não o fosse, nenhuma quantidade de pensamentos articulados a Seu respeito poderia auxiliar. Mas, porque Deus é Tudo, o tratamento com base na Verdade divina destrói o erro da percepção física limitada, e o resultado é a cura.

Em contrário ao que a mente humana procurasse sugerir, quanto ao tratamento pela oração, o tratamento não é trabalhoso, é reanimador. Quando nos valemos do tratamento pela Ciência Cristã de maneira adequada — com humildade diante do Cristo, a Verdade, que nos está mostrando o novo mundo de Deus — a nossa inspiração estende-se bem além do que supúnhamos possível.

Afirmações espirituais e negações tornam-se muito mais naturais — expandem-se em resposta às ricas dádivas de Deus. Nosso sentido espiritual inato se faz tangível e acolhemos a inquestionável veracidade do que estamos afirmando. Percebemos que a compreensão iluminada que o sentido espiritual nos propicia é totalmente exata — confiável, muito além de qualquer evidência que se apresente aos olhos ou aos ouvidos. Quando nos dispomos a deixar de tudo o mais e a confiar nesta luz do Cristo, encontramos a cura. Valendo-nos dos termos que Cristo Jesus certa vez usou, encontramos “água viva ..., uma fonte a jorrar para a vida eterna”  João 4:10, 14..

Referências para estudar-se este tema incluem: Ciência e Saúde 410:22 a 430:13; 493:9 a 495:28; Rudimentos da Ciência Divina 8:7 a 13:23; Não e Sim 4:6 a 6:28; algumas “Perguntas e Respostas” de Miscellaneous Writings, capítulo 3.

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