Nossos dois filhos, um menino e uma menina, mal tinham duas semanas de idade, quando os adoptamos no Brasil. Ambos padeciam de desnutrição e o estado de saúde deles era bastante precário. Contudo, num espaço de tempo relativamente curto e mediante oração na Ciência CristãChristian Science (kris´tiann sai´ennss), foram vencidos os efeitos da desnutrição e onde antes havia feridas, a pele tornou-se lisa de novo.
Depois de regressarmos ao nosso lar, uma doença de pele espalhou-se por todo o corpo da menina. A criança perdeu o cabelo, a pele começou a descascar como se tivesse sofrido graves queimaduras de sol. Assim que uma camada de pele se soltava, uma nova camada aparecia, para logo em seguida descamar novamente.
Embora o aspecto da criança fosse pouco agradável à vista, não houve de nossa parte nem um pouco de dúvida de que haveria cura completa através da oração.
Foi notável que, durante aquela experiência, a garotinha se mantivesse dócil e calma. O estado dela parecia não afetá-la de modo algum, provando-nos que o homem não vive no corpo, mas na alma, Deus. Meu marido e eu trabalhamos com vários trechos de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy — a definição espiritual da palavra bíblica óleo (ver p. 592) e as respostas às perguntas “O que é o homem?” às páginas 475–477 e “O que é substância?” à página 468. Esta última foi-nos especialmente útil. Conscientizamo-nos de que a substância real da criança era espiritual e, em conseqüência, sua proteção era completa — em Deus, não na pele.
Além disso, o seguinte verso do hino n° 123 do Hinário da Ciência Cristã nos inspirou muito:
Se prova de fogo tentar te abater,
Dotado de graça tu hás de vencer.
Não fere a chama crisol ideal;
Consome a escória, refina o metal.
Nossas orações e as de uma praticista da Ciência Cristã, trouxeram a cura completa dentro de poucas semanas. O cabelo cresceu e formou-se pele nova, permanente.
O garotinho encontrava-se num estado particularmente ruim, quando o vimos pela primeira vez. Era óbvio que havia algo errado com o estômago, muito saliente logo abaixo do osso esterno. Também havia-nos sido dito que a criança raramente retinha alimento. (Era rotina darmos-lhe de doze a dezesseis mamadeiras por dia.) Advertiram-nos de que o menino talvez não sobrevivesse. Por isso, pedimos a um praticista local (brasileiro) que orasse por nós. Fizemos em harmonia a viagem de volta a casa em nosso próprio país, de trinta horas, de avião e automóvel. Liberamos então aquele praticista e solicitamos a outra, em nosso país, que continuasse com o trabalho de oração.
Foi este o pensamento com que oramos mais especificamente: Não há rejeição ao bem. Também o medo foi tratado através da oração. Insistimos em afirmar a relação ininterrupta da criança com seu Pai-Mãe Deus. Além disso, reivindicamos seu direito de ser livre, saudável e feliz. O hino n° 382 do Hinário ajudou-nos deveras. Começa assim: “Que vais tu receber? / Herdeiro és de Deus....”
Jamais esqueceremos a transformação que se deu na criança, em poucos dias. O sofrimento evaporou-se e, depois disso, o pequeno era só sorrisos e boa saúde.
Certa vez, quando nossos filhos aprendiam a andar, ficaram com meu marido no jardim, enquanto eu entrei em casa para preparar o jantar — ou, pelo menos, era essa minha intenção. De repente, ouvi um grito bem atrás de mim. Nosso filho de dois anos havia me seguido até a cozinha e conseguira alcançar uma panela com leite fervente que estava sobre o fogão, entornando todo o conteúdo sobre seu corpo. Imediatamente tirei-lhe o blusão e comecei a acalmá-lo, falando-lhe a respeito da presença, do amor e da bondade de Deus e orando em alta voz com “a exposição científica do ser”, que se encontra à página 468 de Ciência e Saúde. Também cantei hinos. Pouco depois, a menina entrou na cozinha e, ao ver o irmãozinho, também ela começou a chorar. Chamei então meu marido.
Assim que ele chegou, afirmamos persistentemente a verdade, sabendo que, em realidade, nem ignorância, nem negligência, nem curiosidade podiam ser considerados causa. Não há acidentes na Mente, a Verdade, já que a discórdia não tem causa real. A seguinte afirmação de Ciência e Saúde veio-me à mente (p. 161): “Dizes: ‘Eu queimei o dedo.’ Eis uma declaração exata, mais exata do que supões; porque é a mente mortal, e não a matéria, que o queima.” Lembramo-nos também deste trecho de Unity of Good da Sra. Eddy (p. 34): “Novamente pergunto: Que prova apresenta a mente mortal de que a matéria é substancial, é quente ou fria? Suprima-se a mente mortal, e a matéria não poderá sentir aquilo que denomina substância. Suprima-se a matéria, e a mente mortal não poderá tomar conhecimento de sua própria substância, assim chamada, e essa chamada mente não terá identidade. Nada restará para ser visto ou sentido.”
O vermelhão logo cedeu, mas ficou uma ferida em carne viva. Por não sabermos como colocar ataduras, para que o menino pudesse dormir, meu marido telefonou a uma enfermeira da Ciência Cristã e pediu-lhe ajuda. A enfermeira prontificou-se a vir imediatamente, embora já fossem então as 21h, a fim de dar-nos toda a assistência necessária.
A ferida foi devidamente vendada, e naquela noite o menino dormiu razoavelmente bem. Sentimo-nos particularmente gratos pela abnegação e compaixão da enfermeira.
Durante a noite, continuamos a orar. No dia seguinte, o menino ficou na cama, ouvindo gravações em fitas cassetes de hinos do Hinário. E quis também que orássemos com ele em voz alta e lêssemos trechos da Bíblia e de Ciência e Saúde.
Mais tarde, ao tentarmos trocar as ataduras, estas estavam coladas à ferida e o menino começou a chorar. Como fazer para removê-las? Em primeiro lugar, oramos especificamente para encontrar paz. A seguinte frase de Ciência e Saúde (p. 124) nos ajudou: “A adesão, a coesão e a atração são propriedades da Mente.” Além disso, afirmamos que a Verdade e o erro realmente jamais se misturam. Outro pensamento com o qual meu marido trabalhou, veio também de nosso livro-texto (Ciência e Saúde, p. 463): “Uma idéia espiritual não contém um só elemento de erro, e essa verdade remove convenientemente tudo quanto é nocivo.”
No dia seguinte, o garotinho estava de pé, brincando no jardim. Que admiração e que alegria, quando o vimos chegar a nós, pouco depois, com a atadura na mão! No prazo de uma semana, o ferimento estava completamente curado. Não resta hoje nenhuma cicatriz ou vestígio da queimadura.
Hamburgo, Rep. Fed. da Alemanha
Eu estava no jardim, arrancando ervas daninhas, quando minha esposa me chamou. Ao perceber o quanto nossa filha tinha se assustado, minha esposa disse-me que a garotinha também precisava de cura. Levei-a para a sala e disse-lhe que o irmão precisava das orações dela. A garota acalmou-se e depois disse: “Tudo está bem. Deus está em toda parte.” (Os dois tinham sido cuidados no berçário durante os cultos em nossa filial da Igreja de Cristo, Cientista. Minha esposa e eu lhes havíamos falado a respeito de Deus e de Sua bondade desde que os adotáramos e a atendente do berçário, aos domingos, compartilhava com as crianças algumas verdades espirituais simples.)
Assim que a garotinha terminou suas orações, dirigiu-se ao irmão, completamente mudada. Calma e serenamente, acariciou o pequeno e repetiu diversas vezes: “Tudo está bem.”
Estamos realmente muitíssimo gratos por ter uma religião tão prática e inspirativa como a Ciência Cristã, e pelas incontáveis vezes em que fomos abençoados por ela.
 
    
