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Conceituando o reino dos céus

Da edição de maio de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


Oh! as vezes em que recorri ao meu lar celestial, em que alegremente me refugiei em minha cidade natal — “a cidade ... quadrangular”  Apoc. 21:16., de que fala S. João!

A segunda frase da Oração do Senhor diz: “Venha o teu reino.” Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, explica-o: “O Teu reino já veio; Tu estás sempre presente.”  Mateus 6:10; Ciência e Saúde, p. 16.

Em um reino terrestre estão incluídos todos os detalhes do viver diário: padrões de tráfego, moradia, negócios, indústrias, escolas, a justiça, leis, bibliotecas, igrejas, lazer — tudo. Cristo Jesus empregava amiúde a palavra “reino” para descrever a autoridade do Princípio divino, Deus, na consciência e vivência humanas. De Jesus aprendemos qual é o efeito purificador e regularizador de obedecermos às leis de Deus.

Para ajudar-nos a compreender o que realmente nos está governando, encontramos esta definição de Deus, no Glossário de Ciência e Saúde: “Deus. O grande Eu Sou; Aquele que tudo sabe, que tudo vê, que é todo-atuante, todo-sábio, a tudo ama, e que é eterno; Princípio, Mente; Alma; Espírito; Vida; Verdade; Amor; toda a substância; inteligência.” Ciência e Saúde, p. 587.

Na verdade, já estamos no reino sempre presente de Deus e, do mesmo modo, aí estão todas as demais pessoas. Trata-se de um reino espiritual e, portanto, infinito. Por sermos criações do Espírito, Deus, não podemos realmente estar fora dessa realidade espiritual. Seja o que for que as ilusões mortais, os conceitos materiais, digam em contrário, permanece o fato indubitável de que Deus governa Seu reino. Como Sua descendência espiritual, todos nós estamos dentro desse reino e dele somos.

Exercer nosso sentido espiritual inato e permanecer, por assim dizer, dentro desse reino dos céus, significa ter, ao nosso redor, atividades harmoniosas, dirigidas por Deus, e recursos divinos. Compreendendo claramente que o homem é inteiramente espiritual, conscientizamo-nos de que não somos apenas súditos nesse reino, mas também filhos e filhas, herdeiros, reflexos constantes de nossa fonte divina. Por sermos reflexos, corporificamos individualmente todos os aspectos daquilo que refletimos. Essa é a verdade de nosso ser.

Em nossa vida diária, porventura estamos aceitando obedientemente o constante fluxo de idéias espirituais e impulsos carinhosos que procedem da Mente divina e que constituem nosso verdadeiro eu? Se assim for, permitimos à inteligência divina, perfeita, governar nossos dias. Sentimos a acolhida e o calor do Amor divino? Então estamos ancorados no verdadeiro sentido de lar. Quando compreendemos a onipotência do Princípio, o bem, e a inevitável totalidade de Deus, vivenciamos justiça e ordem. Quando reconhecemos o fluxo inexaurível das verdades e intuições espirituais que provêm da Alma, e por elas somos impelidos, ficamos supridos e alimentados. E veremos que isso se manifesta de maneira prática. Ocupados com nosso verdadeiro trabalho, que consiste em expressar Deus e em amar a humanidade, temos atividade produtiva e somos recompensados continuamente. A Bíblia diz-nos: “Eis que o Senhor Deus virá com poder, e o seu braço dominará: eis que o seu galardão está com ele, e diante dele a sua recompensa.”  Isaías 40:10.

Subamos ao topo de uma colina figurativa, nesse reino dos céus, e olhemos para os nossos parentes, amigos, sócios, chefes de estado aqui e no exterior, para os povos de países distantes. Ora, todos estamos incluídos nesse reino dos céus! Em verdade, não há outro reino. Deus é Tudo-em-tudo. Deus é infinito, e Suas idéias espirituais são infinitas.

Podemos prazenteiramente tomar conosco a esse conceito de reino dos céus todos os que entram em nossa consciência. É aí que todos vivemos em realidade. É um prazer desfazermo-nos dos mal-entendidos impostos pela crença de haver vida na matéria. Não somos mortais a possuírem vontades humanas separadas, mortais alienados da lei divina. Não somos indivíduos terrenais limitados, nascidos na matéria. Não somos sombras de um eu melhor. O que somos é, agora mesmo, esse eu melhor, e uma clara compreensão disso pode dissipar as sombras do sentido material. Deus está no timão. Em realidade, somos Sua criação e, assim sendo, não temos nem força nem vontade de Lhe desobedecer. Em verdade, amamos e somos dignos de amor, somos escrupulosos, destemidos e íntegros.

Em certa ocasião, tive a oportunidade de dar esse passeio celestial e chegar a esse ponto de vista espiritual. Acamada, eu recebia ajuda de uma praticista da Ciência Cristã. Ela lembrou-me de pôr, a mim e a todos aqueles que me viessem ao pensamento, no reino dos céus. Eu devia permitir à purificadora lei e à benevolência da Verdade fornecerem-me nova perspectiva a meu respeito e a respeito de cada um de meus parentes e amigos, e inimigos.

Deu-se, de fato, um ajustamento em meu pensamento, porque era impossível arrastar quadros de vontade humana, animosidade, perda e medo para dentro do resplendor da lei divina. Aqueles quadros se desvaneciam, porque Deus não os havia criado e, no reino dos céus, Deus havia criado tudo.

Figurativamente, eu estava aí, nesse reino, consciente apenas da realidade sancionada por Deus. A essa perspectiva ajustada, sucedeu-se o ajustamento físico e fui curada.

João certamente estava nessa colina espiritual, quando viu “novo céu e nova terra”. Com esse ponto de vista superior, viu que “o primeiro céu e a primeira terra” haviam passado. Descreveu pormenorizadamente o céu, ou cidade santa, que via com tanta clareza. Disse: “Nela nunca jamais penetrará cousa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira.”  Apoc. 21:1, 27.

Ciência e Saúde pergunta: “Já imaginaste alguma vez esse céu e essa terra, habitados por seres sob o domínio da sabedoria suprema?

“Livremo-nos da crença de que o homem esteja separado de Deus, e obedeçamos unicamente ao Princípio divino, a Vida e o Amor. Eis o grande ponto de partida para todo verdadeiro desenvolvimento espiritual.” Ciência e Saúde, p. 91. E o crescimento espiritual traz harmonia e cura, justamente aqui e agora, em nossa vida diária.

Depois que João experimentou esse grande desenvolvimento na realidade espiritual, adorou a Deus. E assim também a nós cabe agradecer e louvar a Deus, porque tal louvor ajuda a trazer para a luz nosso relacionamento com Deus e com o Seu reino, que engloba e governa tudo.

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