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“Para os que se apóiam no infinito sustentador, o dia de hoje está...

Da edição de maio de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


“Para os que se apóiam no infinito sustentador, o dia de hoje está repleto de bênçãos.” Essas são as primeiras palavras no Prefácio de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy. Antes que eu soubesse ler, minha mãe ensinou-me essa frase e lembro-me de que eu a repetia toda manhã, assim que acordava, durante minha infância. Que alegria essa afirmação trazia! Que promessa!

Embora minha mãe estivesse interessada na Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) e assistisse aos cultos duma filial da Igreja de Cristo, Cientista, somente passou a estudar e praticar a Ciência depois que eu nasci. No dia do meu nascimento, o médico disse à minha mãe que eu provavelmente não passaria daquela noite por causa duma grave icterícia. O fato de eu ser bebê prematuro também o fez pensar que eu não conseguiria reter alimento. Acrescentou que, mesmo que eu sobrevivesse, as pernas estavam tão encurvadas (as plantas dos pés haviam estado prensadas uma contra a outra) que eu teria grande dificuldade em caminhar, se é que alguma vez andaria. Meu pai foi à loja da esquina, telefonar a um praticista da Ciência Cristã e a uma enfermeira da Ciência Cristã. (Eu havia nascido em casa.) O praticista concordou em orar por nós, e a enfermeira veio cuidar do que eram minhas necessidades físicas.

Alguns dias depois, vindo a fim de preencher uma certidão de nascimento ou um atestado de óbito, o médico ficou muito surpreso ao ver que eu conseguia mamar e que a icterícia havia desaparecido de todo. Quando cheguei à idade de caminhar, as pernas haviam endireitado perfeitamente e caminhei sem dificuldade.

Crescer num lar de Cientistas Cristãos foi uma experiência feliz. Quando me casei e fui com meu marido para seu treinamento militar, durante a Segunda Guerra Mundial, não senti medo. Uma cura dessa época, destaca-se. Meu marido era cadete da Força Aérea e, durante o início do treinamento, os homens não podiam deixar a base, exceto nos fins de semana. Por isso as esposas dos cadetes alugavam quartos próximas umas das outras, a fim de terem companhia durante a semana.

Certa noite, jantamos num restaurante próximo e depois nos separamos. Voltei para meu quarto, escrevi algumas cartas e fui dormir. Cerca de meia-noite, acordei com muita dor. Estava tão mal que não conseguia mover-me. Pensei que deveria sair e telefonar. Dei-me conta, então, de que não tinha a quem chamar, mesmo que chegasse a um telefone. Podia ligar para meu marido, mas ele não poderia sair em nenhuma circunstância. Meus pais moravam a várias centenas de quilômetros. A cidade em que estávamos tinha uma pequena Sociedade de Ciência Cristã, mas não tinha praticista. Veiome, então, o pensamento: Deus está bem aqui, agora mesmo!

Lembro-me de ter dito em voz alta “a exposição científica do ser”, da página 468 de Ciência e Saúde. Voltava a repetir e ponderar a primeira linha: “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria.” Lembrei-me, então, duma lição dada por uma professora da Escola Dominical. Ela dissera que se enchêssemos um copo com tinta (para representar o erro) e daí começássemos a verter nele água limpa (representando a verdade), logo só sobraria água no copo. O mesmo acontece quando enchemos nosso pensamento com verdades espirituais puras e claras na hora da aflição, dissera. O erro é expelido.

Comecei a relembrar versículos bíblicos que aprendera nos anos em que freqüentei a Escola Dominical. Em cerca de duas horas, embora ainda não conseguisse me mover, todo o medo e a sensação de solidão desapareceram, e adormeci. Pela manhã, estava bem, mas mais tarde, naquele dia, tive de lutar contra recaída. Ao fazê-lo, ative-me à declaração em Ciência e Saúde (p. 228): “Não há poder separado de Deus.” Enquanto meditava sobre isso, a dor cessou e todo mal-estar acabou de vez. Foi aquela a primeira vez em que tomei posição tão firme a favor da liberdade inviolável, espiritual, do homem. A alegria e gratidão que isso me trouxe marcou um ponto decisivo para mim.

Muitas vezes somos protegidos, sem esperar. Gostaria de partilhar um exemplo disso. Logo após meu marido terminar o treinamento da Força Aérea, foi transferido para uma cidade grande, em que fui trabalhar como balconista num magazine. O ônibus da base chegava toda noite cerca de cinco minutos antes que a loja fechasse, e eu me debruçava num balcão, a fim de ver meu marido entrar.

Certa noite, fiquei no meu lugar costumeiro de esperá-lo e então, sem razão aparente, fui para o corredor ao lado. De repente, um grande e pesado espelho, preso a um dos pilares, caiu sobre o balcão de vidro no qual eu havia me apoiado antes. Houve gritos, e veio gente correndo de todo lado. Minha supervisora caiu em prantos ao me ver, mas eu nem sequer fora tocada (nem ninguém). Nas semanas seguintes, agradeci a Deus repetidamente por essa prova de Seu cuidado constante.

Tive muitas curas no decorrer dos anos: dores de dente, tornozelo torcido, doenças infantis, varíola e brucelose.

Quando eu tinha três anos, houve uma epidemia de varíola em nossa cidade. Minha mãe notou manchas no meu rosto, por isso chamou a secretaria da saúde, como era exigido por lei. Quando o funcionário da secretaria veio pôr a placa de quarentena em nossa casa, pediu para me ver. Após examinar-me, disse à minha mãe que era aquele o pior caso de varíola que vira. Mamãe lhe disse que éramos Cientistas Cristãos, que confiávamos em Deus para a cura e que estávamos recebendo ajuda de uma praticista da Ciência Cristã. O funcionário sorriu e disse que, nesse caso, voltaria em dez dias para retirar a placa, mas que podíamos tirá-la assim que as manchas tivessem desaparecido. Uns dias depois, um vizinho ligou para a secretaria da saúde, muito irado, e denunciou minha mãe por ter removido a placa apenas três dias após a visita do funcionário. Mas quando questionado, o vizinho admitiu que minha pele estava limpa e a febre parecia ter sumido. (Isso já havia sido confirmado pelo funcionário da secretaria.) A cura foi completa e permanente.

A brucelose não foi diagnosticada por um médico. Meu pai fora criado numa fazenda e conhecia bem os sintomas da moléstia. Naquele verão, uma colega minha do colégio morreu e a autópsia revelou brucelose. Na mesma época, a esposa de um pastor, nosso conhecido, ficou hospitalizada por meses com esse mal. O médico dela disse que não se conhecia cura para o problema.

Meu pai e minha mãe nunca vacilaram em sua fé de que o tratamento pela Ciência Cristã me curaria de todo. À certa altura, porém, após quase cinco semanas, papai sentiu-se desanimado, e a praticista pediu para falar com ele. Ela ressaltou que sempre havia motivo de gratidão, bem como bênçãos para se aguardar. Após pensar um pouco, papai disse que a única coisa que eu comia quando consciente era melancia, por isso ele estava contente que era época de melancia! Depois, ao contá-lo à mamãe, ambos riram. Naquele dia, mais tarde, a febre cedeu e levantei-me. Houve grande regozijo. Nas semanas seguintes, recuperei o peso. Pude começar as aulas em tempo, assistindo a todas elas, inclusive educação física. Não houve mais problemas.

A Ciência Cristã fornece de fato respostas a todas as necessidades da humanidade. Fico muito grata por ter tido a orientação sábia e alerta de pais carinhosos e muita ajuda de devotados professores da Escola Dominical. A compreensão que obtive por meio de instrução em classe da Ciência Cristã, trouxe-me bênçãos adicionais. Agradeço a Deus diariamente por esta religião sublime e prática.


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